Home Audiodramas Crítica | Aventuras do 8º Doutor – 2X07: Sisters of the Flame

Crítica | Aventuras do 8º Doutor – 2X07: Sisters of the Flame

por Luiz Santiago
88 views

Equipe: 8º Doutor, Lucie Miller
Espaço-tempo: Escritório da Zarodnix Corporation, Gallifrey, Karn, 3520

Depois do encontro do 4º Doutor com a Irmandade de Karn em The Brain of Morbius, as coisas não parecem ter caminhado para um futuro muito promissor. Mesmo ambos tendo unido forças (apesar das dificuldades para o lado do Doutor nesse meio tempo), vencido Morbius e uma chama de cumplicidade tendo se acendido entre o Doutor e as irmãs, o tempo parece ter reservado algumas surpresas para ambos os lados. É dentro dessa perspectiva que Nicholas Briggs explora no roteiro desse ótimo episódio das Novas Aventuras do 8º Doutor.

Ao lado de sua companion Lucie Miller, o Time Lord vive uma aventura que termina (aliás, recebe um ótimo cliffhanger para o episódio final da temporada, The Vengeance of Morbius) com um impasse e uma dúvida cruel: por que diabos as irmãs queriam colocá-lo na Câmara de Desintegração? Se nos recordarmos bem, essa foi a mesma punição que Morbius recebeu após seu julgamento em Karn, punição executada por Maren, mas que não conseguiu acabar com a vida do antigo Time Lord, como sabemos. É engraçado que Orthena, a Madre Superiora da Irmandade cite a necessidade que elas têm de acabar com todos os indícios possíveis do Doutor no Universo, mas não existem muitos motivos aparentes para tanto – pelo menos nesse episódio.

A história se passa no ano de 3520, e nessa realidade, existem embaixadores da Terra em diferentes planetas. O controle de tráfego espacial está ativo e cada nave pode ser interceptada pela Polícia Espacial, que localiza as máquinas através de microondas que viajam através do espaço. Diversas espécies de alienígenas formam essa Polícia Espacial, inclusive seres humanoides chamados de Trell, umas centopeias gigantes mas extremamente pacíficas que aparecem logo no início da história e são responsáveis por separar o Doutor de Lucie, fazendo dessa história mais uma aventura da companion do que do Doutor.

Já tivemos situações parecidas na série, no caso dos episódios Love & Monsters e, em menor grau, Blink, mas como são de qualidades muito diferentes (o primeiro é péssimo, o segundo é uma obra-prima) não dá para ter um parâmetro assim tão grande quanto esse tipo de aventura. No caso de Sisters of the Flame, funciona bem. Quando o Doutor é separado de Lucie pelos Trells, não o vemos durante muito tempo, pelo menos até o final da aventura, quando sua companion, depois do susto e da reconciliação com um Policial Especial centopeia chamado Rosto aparece no lugar desconhecido onde a Irmandade de Karn está vivendo agora, já que, após o homem mais rico da galáxia, Kristof Zarodnix, ter comprado o planeta Karn, o local ficou impossível para elas habitarem.

Com Time Lords cochichando amedrontados, passagens rápidas por Gallifrey, a volta do nome “Culto de Morbius”, a ameaça da Irmandade de Karn e uma interessante colocação racial envolvendo Lucie e um Policial Trell, Sisters of the Flame é um interessante capítulo das aventuras do 8º Doutor. A temática mística permanece, com as orações ou cânticos à chama e ao fogo sagrado, mas a realidade aqui é outra, em primeiro lugar geopolítica e em segundo lugar historicamente ameaçadora (as irmãs e os Time Lords temem algo), só que no melhor e intrigante estilo de “a ameaça que está por vir”.

Sisters of the Flame (Reino Unido, jul, 2008)
Roteiro: Nicholas Briggs
Direção: Nicholas Briggs
Elenco: Paul McGann, Sheridan Smith, Kenneth Colley, Alexander Siddig, Nikolas Grace, Barry McCarthy, Nicola Weeks, Katarina Olsson, Barnaby Edwards
Duração: 50 min. (1 episódio)
Distribuidora: Big Finish Productions

Você Também pode curtir

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumimos que esteja de acordo com a prática, mas você poderá eleger não permitir esse uso. Aceito Leia Mais