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Crítica | 3 Dias Para Matar

por Melissa Andrade
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McG é essencialmente um produtor de séries de televisão. Quando muda a área de atuação, tem em seu currículo filmes como Guerra é Guerra, O Exterminador do Futuro – A Salvação e As Panteras, para citar alguns. Todos têm em comum cenas de ação bem explosivas. Logo, 3 Dias Para Matar, com roteiro de Luc Besson e Adi Hasak, não poderia ser diferente.

Ethan Renner é um agente da CIA que descobre ter pouco tempo de vida. Querendo se reconectar com a filha adolescente e a esposa, ele sai do emprego e vai atrás delas. Porém, uma misteriosa mulher o segue e lhe faz uma proposta irrecusável: uma possível cura em troca de um serviço. As injeções surtem efeito em Ethan, mas ele sente que, com isso, ficará para sempre preso a Vivi Delay e suas ordens.

Por outro lado, suas tentativas de se reaproximar da filha Zooey são cada vez mais frustradas já que a menina não o vê há bastante tempo. Ainda assim, ele não desiste. No entanto as coisas complicam um pouco quando seu trabalho ameaça se misturar com a sua família e Ethan precisará resolver as coisas com Delay antes que o pior aconteça.

Com um ritmo totalmente desnivelado, o espectador terá dificuldade em acompanhar o filme ou mesmo achá-lo interessante. A premissa “pai-herói” já foi explorada dezenas de outras vezes e, nesse caso, não apresenta nenhuma novidade. Principalmente porque a família de Ethan não chega a se envolver diretamente com a ação, sendo mais uma parte separada de sua vida, o que, nesse contexto, não funciona. Ou é um filme de ação ou é um filme de drama; ficar oscilando entre ambos, sem escolher um lado definitivo, faz com que todo o filme quase caia por terra.

Digo quase, pois a atuação e dedicação de Kevin Costner fazem com que ao menos por isso o longa seja minimamente relevante. Sua colega Amber Heard está apenas estranha e não parece se adequar muito ao papel. Dessa forma, acaba não ocorrendo uma evolução dos personagens, mesmo com a passagem de tempo. A única que sofre alguma mudança é a filha de Ethan, interpretada pela atriz em ascensão Hailee Steinfeld. Algo óbvio, já que a garota acaba se acostumando à presença do pai e os dois dão início a um bom relacionamento.

Algumas cenas de ação foram até divertidas, notáveis, enquanto outras são tão estranhas que não sabemos se aplaudimos ou apenas ignoramos. Destaco como melhores as cenas de perseguição na abertura do filme e a sequência dos explosivos envolvendo três diferentes veículos: uma bicicleta, um carro e um ônibus. A mais absurda é ele chegar em casa e ter outra família no apartamento dele. O que isso acrescentou a trama que não estendê-la sem necessidade?

A parceria McG e Luc Besson em 3 Dias Para Matar não foi tão bem sucedida como esperado. Se fosse para apostar num enredo no estilo “pai-herói” ou algo similar, deveriam ter ido mais pela linha de Busca Implacável ou até mesmo Duro de Matar.

3 Dias Para Matar (3 Days to Kill- USA 2014)
Direção: McG
Roteiro: Luc Besson, Adi Hasak
Elenco: Kevin Costner, Amber Heard, Hailee Steinfeld, Connie Nielsen, Tómas Lemarquis, Richard Sammel, Marc Andreóni, Bruno Ricci, Jonas Bloquet, Eriq Ebouaney, Joakhim Sigue, Alison Valence, Big John, Michaël Vander-Meiren, Paolo Calia
Duração: 117 min.

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