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Crítica | Batman – O Cavaleiro das Trevas (Trilha Sonora Original)

por Lucas Nascimento
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estrelas 5,0

Com a aprovação de uma sequência para Batman Begins, Christopher Nolan imediatamente reuniu a mesma equipe de seu ousado reboot do Homem-Morcego. Claro, Hans Zimmer e James Newton Howard retornariam para a trilha sonora, que dessa vez contaria com o desafio de aumentar a escala do drama, da ação e de seu novo antagonista, o Coringa de Heath Ledger. Todos sabemos o resultado. Batman – O Cavaleiro das Trevas é indubitavelmente o melhor filme de super-heróis já produzido até hoje. Um verdadeiro divisor de águas para o gênero e todo o cinema blockbuster contemporâneo.

Mas falemos sobre a fantástica trilha sonora, que definitivamente ajuda o filme a construir uma atmosfera marcante. Chutando a porta, o tema principal do filme é aquele conferido ao Palhaço do Crime, na faixa batizada de Why So Serious?. E se há uma palavra para definir essa faixa sonora é tensão. Inquietante, arrepiante e assombrosa. E essa avalanche de sensações é resultado de uma mera combinação de duas notas (D e C, que comecem as teorias conspiratórias) em um violoncelo elétrico, que lentamente mantém essas notas em infinita extensão, como uma bomba prestes a explodir; a definição perfeita para o antagonista, que é devidamente antecipado e introduzido por essa peça sonora no longa. Tome como exemplo o início da cena de perseguição do comboio, que é repentinamente expurgada de toda a paisagem sonora para dar espaço ao tema do Coringa. A sensação inquietante é clara: vai dar m…

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Mas o longo tema de 9 minutos vai além. Zimmer e Howard trazem rápidas percussões de violinos, guitarras eletrônicas e elementos eletrônicos que se assemelham a relógios e batidas súbitas, trazendo um forte clima de punk rock que vai alastrando-se pelo tema central do Batman em faixas como Agent of Chaos e Like a Dog Chasing Cars, dando o tom certeiro paras as principais cenas de ação, em particular aquela na qual Batman corre contra o tempo para salvar Rachel e Harvey Dent de um jogo sádico do vilão. Poucas vezes um personagem foi tão bem definido por seu tema musical do que o Coringa de Ledger.

E por falar em Dent, ele é um dos principais novos temas. À cargo de Howard, Harvey Two-Face é uma faixa de cordas e piano mais serena do que o caótico tema do Coringa, uma música imponente cujos fortes trompetes traduzem a cruzada da justiça do destemido promotor público. E, claro, as cordas mais graves que preveem sua trágica caída para o alterego do Duas Caras.

Quanto à nosso herói principal, a dupla de compositores traz de volta praticamente todos os temas criados para Batman Begins, o que é um acerto considerando a qualidade e personalidade do trabalho alcançado. I’m Not a HeroA Dark Knight resgatam os acordes épicos e justiceiros do personagem, mas acrescentando mais drama e intensidade através de cordas e trompetes. O que a dupla atinge durante a antológica cena final em que Batman se vê forçado a assumir uma injusta – mas necessária – imagem negativa, a música explode em toda sua glória; os violinos exalam algo magnífico e os tambores trazem a força desse recém-batizado cavaleiro das trevas.

Naquele momento, estava bem evidente que Hans Zimmer e James Newton Howard faziam História com a música do personagem.

The Dark Knight: Original Motion Picture Soundtrack

Composto e conduzido por Hans Zimmer e James Newton Howard
Gravadora:
 Reprise
Ano: 2008
Estilo: Trilha Sonora

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