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Crítica | Batwing e Batgirl # 2 – Novos 52

por Luiz Santiago
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Essas edições fazem parte da revista A Sombra do Batman de julho/2012, publicada aqui no Brasil pela Panini. Elas integram o universo dos Novos 52 da DC.

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Batwing #2

Roteiro: Judd Winick
Arte: Ben Oliver
Cores: Brian Reber
Cotação: 3/5

Um americano escrevendo sobre um herói africano é sempre algo que me chama atenção. A tendência ideológica que pontua a maioria desses textos se altera bastante de autor para autor, e alguns até conseguem produzir algo que respeita ao menos a essência do seu objeto de estudo. É o caso do roteiro de Judd Winick para a segunda edição de Batwing. Antes dos Novos 52, eu nunca tinha ouvido falar do herói, e então descobri que ele faz parte da iniciativa Batman Incorporated, e foi criado em 2011, por Grant Morrison.

Nesse segunda edição, temos um melhor aproveitamento do tempo narrativo, e o policial David Zavimbe (Batwing) divide as tenções com Trovoada, um membro do antigo grupo de heróis africanos: O Reino. Particularmente, achei a edição melhor do que a anterior, mesmo que a arte não acompanhe essa melhora, permanecendo mediana. Vejo boas possibilidades para a revista. Espero que essa dualidade de grupos de heróis seja melhor trabalhada, e que mais cenários africanos apareçam na história, além da cidade de Tinasha, no Congo. Por enquanto, o caminho se mostra promissor.

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Batgirl #2

Roteiro: Gail Simone
Arte: Ardian Syaf
Arte final: Vicente Cifuentes
Cotação: 4/5

Foi muito bom ver a história de Bárbara Gordon ser tratada com respeito por Gail Simone, a roteirista dessa fase inicial da reformulação da Batgirl. Muitíssimo bem acompanhada pela arte de Ardian Syaf, a roteirista nos entrega agora uma segunda edição poderosa, com um desenvolvimento muito maduro e de ritmo adequado entre a vida pessoal de GBG (piadinha interna, quem leu a revista entenderá) e a rotina da Batgirl.

Bárbara Gordon agora está morando sozinha, ganhou ares de mulher adulta e responsável, dividindo apartamento com uma ativista política (seria muito interessante se esse fator fosse usado como elemento dramático mais adiante), e tem agora um novo vilão à espreita. A heroína tem dois grandes desafios pela frente: descobrir um modo de barrar o homem que acredita cumprir o papel da Morte, eliminando pessoas que em algum momento de suas vidas deveriam ter morrido; e, ao mesmo tempo, lidar com os seus próprios medos.

A revista é um prato cheio para os versados em psicanálise ou psicologia analisarem o trauma de uma pessoa que sofreu algum tipo de violência. O que me deixou um pouco “meio assim” foi o término (que não é o término) da aventura. Achei insípido, se comparado ao bom desenvolvimento do roteiro até aquele momento. Mesmo assim, a revista se mantém em alta qualidade e vale a pena acompanhar esse primeiro arco do vilão Espelho.

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