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Crítica | Convergência: Tropa dos Lanternas Verdes e Lanterna Verde/Parallax

por Daniel Tristao
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SPOILERS! para as duas histórias aqui criticadas, Tropa dos Lanternas Verdes e Lanterna Verde/Parallax. Para ler mais críticas sobe a saga Convergência, clique aqui.

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Tropa dos Lanternas Verdes

Na Gotham City da Terra 1 pré-crise, Guy Gardner passa por um momento difícil, no qual acabou acordar de um coma e descobriu que a cidade está debaixo de um domo. Ele tenta superar traumas recentes através de seções de terapia. Acreditando que Hal Jordan foi o responsável por destruir sua vida, Guy o procura para um acerto de contas.

Com o anel inutilizado inicialmente por causa do isolamento da cidade, o que vemos aqui é o bom e velho Guy, que nunca dependeu do anel pra arranjar uma briga. Impulsivo e irascível, ele logo arruma um jeito de fazer algo em prol da cidade assim que Telos informa (ao melhor estilo Jogos Vorazes) que a cidade está livre do domo e seus campeões devem lutar pela sobrevivência.

O interessante desta história em duas partes é ver como os cidadãos de Gotham levaram a vida adiante e como convivem sob o domo. Aparentemente está tudo normal, as pessoas agem e falam sobre o domo com naturalidade, como se fosse um evento cotidiano apesar de catastrófico. Escolas funcionam, as pessoas trabalham, etc. A história tem um tom aventuresco e descompromissado, textos rápidos, sequências de ação e os desenhos combinam bem com esta temática.

Quando li, fiquei me perguntando: de onde vem a água da cidade? E a energia elétrica? Bancos e internet não funcionam certo? Então como a vida das pessoas prossegue tão organizada assim? Esse é o problema de descer um nível na trama. Quando lemos Convergência, a história se passa num nível mais macro; aqui, as chances de surgirem perguntas como estas são bem maiores.

De qualquer forma, o objetivo não é prestar explicações aprofundadas sobre a rotina da cidade, e sim criar um pretexto para inserir os personagens na trama de Convergência.

Tropa dos Lanternas Verdes é um tie-in que acaba não agregando nada à história principal, mas é divertido e agrada aos fãs do personagem Guy Gardner.

Convergence: The Green Lantern Corps 1 – 2
Publicação no Brasil: Convergência Tropa dos Lanternas Verdes (Panini)
Roteiro: David Gallaher
Arte: Steve Ellis, Ande Parks
Cores: Hi-fi
Arte-final: Ande Parks
50 páginas

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Convergência: Lanterna Verde/ Parallax

Aqui os protagonistas são Hal Jordan, como Parallax, logo após roubar os anéis dos seus colegas da Tropa e absorver toda a energia da bateria central de Oa, e Kyle Rayner, que acabou de se tornar Lanterna Verde após ter sido recrutado por Ganthet. Com o isolamento da cidade pelo domo, Hal perdeu os poderes e se entregou à polícia, onde permanece preso como uma forma de autopunição. Kyle, também sem contar com as habilidades do anel, o visita diariamente na esperança de que o maior Lanterna Verde de todos os tempos sobrepuje a persona de Parallax, que cometeu muitos crimes quando em poder de vários anéis.

Muitos criticam a fase de Hal Jordan como Parallax, por ser um personagem muito querido que teve um destino ingrato, tornando-se um grande vilão, mas devo dizer que gosto deste momento. Acredito que a saga Crepúsculo Esmeralda inseriu na mitologia da Tropa muitos elementos legais, que depois só foram revisitados e/ou explorados na fase de Geoff Johns, tais como o próprio Parallax e o Lanterna que usa mais de um anel.

A ação começa quando o domo cai e os lanternas enfrentam a princesa Fern da cidade de Eletrópolis. O que se destaca nesta história são os diálogos entre Hal e Kyle. Sempre muito humano, Kyle tenta trazer um pouco de razão para Jordan, lembrando-o de que ele estava sob influência de Parallax quando invadiu Oa e matou vários membros da Tropa. Nota-se em algumas passagens que Jordan reflete sobre seus atos e que as conversas surtiram algum efeito, pois impacta diretamente em suas ações nos eventos principais de Convergência. Quem ler só a série principal não vai sentir falta, mas quem ler esse tie-in percebe que os acontecimentos aqui acabaram repercutindo nas decisões tomadas mais tarde por Hal.

Os desenhos do veterano Ron Wagner são bons, com traços simples, mas muito competente. Seu estilo traz formas humanas muito bem feitas, sem exageros e bem delineadas.

É uma boa história que possui certa influência em Convergência e revisita um dos melhores personagens da DC. Vale a pena pra quem está acompanhando a série principal.

Convergence: Green Lantern/ Parallax 1 – 2
Publicação no Brasil: Convergência Tropa dos Lanternas Verdes (Panini)
Roteiro: Tony Bedard
Desenhos: Ron Wagner
Cores: Paul Mounts
Arte-final: Bill Reinhold
50 páginas

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