Home FilmesCríticasCatálogos Crítica | Curtas de Charles Chaplin (1917)

Crítica | Curtas de Charles Chaplin (1917)

por Rafael W. Oliveira
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Parcela única dos curtas de Chaplin feitos em 1917.

O Aventureiro

Último filme em que Charles Chaplin contracenou com o ator Eric Campbell (que veio a falecer no mesmo ano de lançamento do filme), O Aventureiro é um típico projeto simplista de Chaplin, mas que carrega consigo o melhor do humor afiado e competente do comediante.  Chaplin interpreta um presidiário que foge dos policiais, mas se dispõe a socorrer uma simples família após socorrer uma moça que quase morreu afogada. O problema é que o pai da família quer, a todo custo, que o presidiário volte para a cadeia. A partir desta premissa sem muitas truncagens, gags afiadissimas são geradas, mas o mais surpreendente são algumas cenas elaboradas, que até hoje surpreendem pelo avanço que representaram para a época. Afinal, como não se impressionar com a cena do morro? Cena esta que, curiosamente, até nos faz lembrar um pouco do clímax de Intriga Internacional, de Alfred Hitchcock, devido a semelhança dos enquadramentos. Há ainda as empolgantes perseguições, marca registrada nos filmes de Charles Chaplin.

O Aventureiro (The Adventurer, EUA, 1917)
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin, Vincent Bryan
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell
Duração: 19 min.
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O Imigrante

Duro, mas também belo. O Imigrante é um daqueles filmes de Chaplin que oscila constantemente entre a amargura e o sentimento de encanto, provando o quanto o comediante era dotado de versatilidade, não se limitando apenas às risadas vazias. Mais do que isso, O Imigrante, apesar de sua dose de depressão, é um filme carregado de otimismo, onde seus personagens, mesmo diante de situações difíceis, conseguem encontrar a esperança ao final de tudo. Belíssimo.

O Imigrante (The Immigrant, EUA, 1917)
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell
Duração: 20 min.
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O Balneário

O que dizer de Charles Chaplin, bêbado, e preso em um spa? Cenário perfeito para o cineasta deixar sua criatividade rolar em cima de gags e situações pra lá de hilárias, com destaque para a “bebida milagrosa” tendo efeito nos nos hóspedes, simplesmente impagável. O filme, na verdade, é quase uma sátirca/crítica aos efeitos do consumo exacerbado da bebida e do consumo de drogas, mensagem esta que permanece atual até hoje.

O Balneário (The Cure, EUA, 1917)
Direção Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin, Vincent Bryan
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell, Henry Bergman
Duração: 19 min.
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Rua da Paz

Conhecido como o curta que mandou Charles Chaplin para o hospital (um dos postes do cenário caiu em cima do ator), Rua da Paz pode não ser especialmente inspirado em suas gags, mas já ganha diversos pontos pela impressionante sequência de briga entre o personagem de Chaplin, aqui um guarda que toma conta de uma rua sem lei, e um vigarista. No fundo, o filme é uma crítica à própria lei, que beneficia uns ao invés de outros. E tudo isto sem que Chaplin perca o bom humor.

Rua da Paz (Easy Street, EUA, 1917)
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin, Vincent Bryan
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell, Albert Austín, Lloyd Bacon
Duração: 19 min.

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