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Crítica | Doctor Who: Quadrinhos da “TV Comic” – 2º Doutor (1969) – Parte 1

por Luiz Santiago
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Esta é a penúltima parte dos quadrinhos do 2º Doutor na TV Comic. O leitor pode conferir aqui todas as críticas dos quadrinhos de Doctor Who nessa revista ou acessar os links apenas para os quadrinhos do 2º Doutor:

TV Comic – 2º Doutor (1967) – Parte 1

TV Comic – 2º Doutor (1967) – Parte 2

TV Comic – 2º Doutor (1968)

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Father Time

Equipe: 2º Doutor, Jamie
Espaço-tempo: Time Temple

Nessa fase de sua vida o Doutor estava sob julgamento, acusado de ter interferido demasiadamente na linha do tempo de pessoas e do próprio Universo. Não é de se espantar que nesta ocasião, enquanto viajava ao lado de Jamie com permissão dos Time Lords, o Doutor encontrasse um velho excêntrico que o quisesse punir por viajar “através do tempo”.

Embora não fique claro, o Father Time aqui parece bastante ser um Time Lord renegado e excêntrico que muito se esqueceu de seu velho mundo e, como um Dom Quixote, resolveu proteger o tempo à sua própria maneira, mesmo que isso contasse punir pessoas fervendo-as em um caldeirão de óleo ou enterrando-as na areia de uma ampulheta.

Roteiro: Roger Noel Cook
Arte: John Canning

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Martha the Mechanical Housemaid

Equipe: 2º Doutor, Jamie
Espaço-tempo: Nova York, 1971

O que aconteceu com Barnabus? É impressionante que Roger Noel Cook tenha deixado de lado as poucas coisas boas que criou para Doctor Who na TV Comic, esta presente aventura é uma boa prova disso. Por que o Doutor cria um robô doméstico chamado Martha se ele já tinha feito um chamado Barnabus antes e com as mesmas funções?

Bem, de qualquer forma, o Doutor cria esse robô e aporta em Nova York, onde aceita vender a invenção para um empresário, tornando-se uma espécie de celebridade mundialmente conhecida. Nessa história, o Time Lord aparece na televisão duas vezes, e, no último quadro, tem até uma faixa que o indica para presidente dos Estados Unidos!

As Marthas aqui são dominadas por ondas de rádio enviadas pelos Quarks, mas o Doutor consegue reverter a situação. Trata-se de uma história boba e pouco atraente, mas com o mínimo de inteligência notável, um fato que por si só já nos faz felizes, se compararmos a terrível linha de histórias publicadas na TV Comic em 1968.

Roteiro: Roger Noel Cook
Arte: John Canning

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The Duellists


Equipe: 2º Doutor
Espaço-tempo: Planeta Hekton, 2044

Afinal de contas, qual é o objetivo central dessa história?

Temos o Doutor sozinho, aportando no Planeta Hekton, no século XXI. Teoricamente essa colônia terráquea deveria ser um lugar de homens finos e de bom gosto, mas o plano parece ter descido pelo ralo. Ao invés de fineza, os terráqueos nesse planeta se tornaram uma espécie de população pirata, com direito a caçadas humanas e duelos como forma primordial de organização social. É nesse cenário que o Doutor chega.

O impasse até que poderia ser aceitável se no meio do caminho não aparecessem os Quarks, que, perseguindo o Doutor através do espaço, chegaram à colônia e então puseram em andamento um plano de vingança contra o Time Lord. O que se segue aí é uma extensão desnecessária da narrativa para uma mistura de dois vilões. No final das coisas, a história é dispensável.

Um fato importante a respeito dessa aventura é que ela marca o período final das viagens do Doutor, agora sozinho. Entre Martha the Mechanical Housemaid e esta The Duellists, Jamie é levado novamente para seu próprio tempo pela CIA (a Celestial Intervention Agency), para a qual o Doutor trabalhava nesse momento. A memória do companion é apagada novamente e o Doutor passa a viajar sozinho a partir de então, iniciando esse período solitário a partir desta presente aventura.

Roteiro: Roger Noel Cook
Arte: John Canning

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Eskimo Joe

Equipe: 2º Doutor
Espaço-tempo: Planeta polar

Com muita paciência e muito boa vontade é possível aceitar a proposta para o roteiro desta aventura, com o Doutor chegando a um planeta parecido com as regiões polares da Terra, encontrando os Cybermen após uma desastrada tentativa de esquiar e distrair-se um pouco. No decorrer da trama, o Doutor faz parceria com um esquimó chamado Joe, que, com pássaros mecânicos e ovos-bomba acaba abrindo caminho para a vitória contra os vilões.

A história tem uma incômoda estranheza, mas, com boa vontade, o leitor acaba comprando a ideia e é possível levá-la até o final. Não é uma saga brilhante e a arte desiste inteiramente de nos impressionar, mas pelo menos é uma aventura que tem algum tipo de qualidade mediana o que já é alguma coisa em se tratando das histórias da TV Comic

Roteiro: Roger Noel Cook
Arte: John Canning

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Peril at 60 Fathoms

Equipe: 2º Doutor
Espaço-tempo: Planeta Nook

Esse negócio da TARDIS meio que boicotar alguns planos de viagens e diversão do Doutor é até interessante, mas no caso dos quadrinhos, muito mais do que na série televisionada, é necessário um bom enredo para dar sustentação a isso.

Aqui, a nave se materializa num oceano do planeta Nook, basicamente uma versão alien dos oceanos terráqueos, a não ser por um mega polvo com tendências assassinas.

Tal qual a aventura do 1º Doutor numa situação mais ou menos parecida em The Underwater Robot, não há nada muito interessante aqui. Mesmo que entendamos a concepção do enredo como algo interessante, o roteiro tem falas bobas e furos absurdos, tão difíceis de engolir que acabam por inutilizar a história quase por completo. O que é realmente bom nessa aventura é a arte de John Canning, especialmente nos quadros em que desenha a TARDIS ou o foguete terráqueo que caiu no oceano de Nook contextualizados ao ambiente submarino.

Roteiro: Roger Noel Cook
Arte: John Canning

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Operation Wurlitzer

Equipe: 2º Doutor
Espaço-tempo: Diversos planetas, tempo indeterminado

Uma operação de resgate mista de falhas, absurdos e ações precipitadas. Aqui, temos o Doutor chegando a um planeta não nomeado na história e presenciando o sequestro do filho de um homem muito rico. Os duendes (estranhos duendes!) sequestradores forçam o Doutor ir a um planeta vizinho e levar a exigência de resgate ao magnata, que se recusa a cumpri-las e liga para uma lista de pessoas com certas habilidades capazes de ajudá-lo num ousado plano de resgate (uma dessas pessoas é um presidiário terráqueo chamado “Dedinhos”).

O nível de ação da história é bom, mas o roteiro não convence de maneira alguma…

Roteiro: Roger Noel Cook
Arte: John Canning

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