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Crítica | Dragon Ball Z: O Combate Final, Bio-Broly

por Guilherme Coral
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estrelas 1,5

Sejamos sinceros, um filme com o título O Combate Final, Bio-Broly,  não pode ser muito bom – a situação piora ainda mais quando levamos em consideração que essa é a terceira aparição de Broly, que já foi reduzido a cinzas em O Retorno do Guerreiro Lendário. Mas seria injustiça de minha parte desconsiderar a obra unicamente por essa razão, afinal, os vilões dos longa-metragens de Dragon Ball nunca foram um marco de originalidade.

Bio-Broly, contudo, tem um princípio que levemente nos afasta de sua péssima premissa. Iniciamos a projeção assistindo a androide nº 18 quebrando a casa de Mr. Satan para conseguir o dinheiro prometido a ela no torneio de artes marciais da saga de Majin Buu. Tal conexão com a história do anime é algo inédito para os filmes e já garante nossa atenção por realmente soar como parte integrante do universo construído por Toriyama. Como sempre o tom de comédia se faz presentes nos minutos iniciais e, aos poucos, dá espaço a uma narrativa mais densa. O humor, porém, não vai embora por completo em nenhum ponto, se encaixando muito bem na proposta narrativa do último arco de Dragon Ball Z, que procura retomar as origens menos “sérias” da franquia.

Tudo muda de figura quando Mr. Satan é forçado a lutar contra as criações de um antigo rival seu. Junto do suposto herói da Terra vão Goten, Trunks e, é claro, nº 18, que ainda tenta receber sua devida recompensa. Logo descobrimos que uma das criaturas com as quais devem lutar é ninguém menos que um clone de Broly. O lendário super-saiyajin, contudo, após entrar em cena, se desfaz em uma gosma pegajosa e continua tentando matar os guerreiros Z.

O Combate Final é, sem dúvidas, o filme de Dragon Ball com o pior design de vilão. Broly é reduzido a uma cópia mal-elaborada do Monstro do Pântano e tira totalmente a credibilidade da obra já na sua metade. O que salva a narrativa são as poucas lutas demonstradas, que conseguem fugir dos simples traços em tela que mais fazem uso dos efeitos sonoros que da imagem em si. Quem acompanhou toda a franquia, contudo, não irá encontrar nada fora do comum e rapidamente se cansará desta enfadonha projeção.

O desfecho, felizmente, foge do simples kamehameha atirado na direção do inimigo, mas acaba consistindo em uma parcial reciclagem do filme anterior, quando Gohan atira o vilão na lava – algo parecido ocorre aqui em Bio-Broly. Outro fator a se considerar é o fato de que Trunks liquida o inimigo e não Goku ou Gohan, como geralmente é o costume nos filmes de DBZ.

O Combate Final, Bio-Broly é um longa-metragem completamente dispensável, que em nada acrescenta à trama geral de Dragon Ball Z. Apesar de alguns momentos bem-humorados, rapidamente nos cansamos da narrativa e contamos com poucos elementos para, de fato, continuarmos a assistir. Broly definitivamente deveria ter morrido de vez em O Retorno do Guerreiro Lendário.

Dragon  Ball Z: O Combate Final, Bio-Broly (Doragon Bōru Zetto: Sūpā Senshi Gekiha!! Katsu No wa Ore da, Japão, 1994)
Roteiro: Takao Koyama
Direção: Yoshihiro Ueda
Elenco: Masako Nozawa, Bin Shimada, Ryō Horikawa, Toshio Furukawa, Takeshi Kusao, Mayumi Tanaka, Naoki Tatsuta, Kouhei Miyauchi, Hiromi Tsuru, Naoko Watanabe, Hiroko Emori, Masaharu Satō, Iemasa Kayumi, Joji Yanami
Duração: 52 min.

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