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Crítica | Dragon Ball Z: O Plano para Erradicar os Saiyajins

por Guilherme Coral
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estrelas 4,5

O primeiro OVA (original video animation) de Dragon Ball Z dá continuidade à história que vimos nos filmes da franquia. Situando-se no período de espera até os Cell Games, após a derrota de Broly, a obra faz uso de elementos somente presentes no anime. Refiro-me aos tsufurujins, a raça que habitava o planeta Vegeta antes da chegada dos saiyajins. O curta-metragem foi relançado em 2010 com algumas alterações e remasterizado junto com o game Dragon Ball: Raging Blast 2. Esta crítica contempla essa versão mais recente.

A narrativa tem início com a destruição dos tsufurujins pelas mãos da raça guerreira. Pouco antes de completa aniquilação de sua raça, o Dr. Lychee criou uma máquina que absorve todo o ódio direcionado aos saiyajins. A máquina foi lançada no espaço e por anos coletou esse sentimento, até reaparecer na Terra pouco antes dos Cell Games. Lá, ela começou a lançar um gás negro no ar que, segundo os cálculos de Bulma, iria exterminar toda a vida no planeta em dias. Goku, Vegeta, Gohan, Trunks e Piccolo, então, seguem para investigar a origem dessa calamidade e se deparam com ninguém menos que Freeza, Cooler, Tales e Lorde Slug. A batalha pelo planeta tem início.

Apesar da aparição desses clássicos vilões, a obra gasta pouco tempo com eles, inserindo apenas um curto combate que mais serve como fan-service – o que, ironicamente, pode desapontar àqueles que esperavam algo épico relacionado a esses indivíduos. O foco da narrativa está no embate entre os guerreiros z e o cientista Lychee, cuja máquina de ódio acaba ganhando vida própria e lutando contra os protagonistas. Com apenas meia hora de duração, o OVA se desenvolve rapidamente e gasta seus quinze minutos finais para nos trazer um bem elaborado clímax. Aqueles que acompanharam a franquia desde os tempos de Dragon Ball, seja no mangá ou anime, irão rapidamente se lembrar dos torneios de artes marciais – similarmente a estes, o combate final do curta-metragem exibe um grau maior de estratégia, algo que raramente vimos em Dragon Ball Z.

A construção do principal antagonista, apesar de pertencer a uma raça não presente no mangá original, é feita de forma orgânica e se encaixa, sem problemas, na mitologia da série. Se lembrarmos bem, os tsufurujins mais de uma vez deram as caras no anime e em Dragon Ball GT ocupam o palco central através do vilão Baby. Com uma narrativa regada a uma ótima e dramática trilha sonora original, temos uma sólida construção da tensão que se mantém até os minutos finais que, definitivamente, não decepciona o espectador. O mesmo vale para o traçado mais limpo (na versão de 2010), que muito se assemelha ao que vimos em A Batalha dos Deuses. Infelizmente ainda estamos diante da animação parcial, mas só de podermos ver um cuidado maior no desenho de cada personagem, já vale a experiência.

O Plano para Erradicar os Saiyajins é um OVA curto, conciso e que cumpre seu papel. Não traz nenhuma inovação, mas conta com uma trama que foca nos combates, trazendo elementos esquecidos em Dragon Ball Z. É um ótimo exemplar para matarmos a saudade da série e funciona perfeitamente como episódio promocional do game Raging Blast 2.

Dragon Ball Z: O Plano para Erradicar os Saiyajins (Saiyahito o konzetsu suru keikaku – Japão, 2010)
Direção: 
Yoshihiro Ueda
Roteiro: Takao Koyama
Dubladores: Masako Nozawa, Ryō Horikawa, Toshio Furukawa, Takeshi Kusao, Hiromi Tsuru, Naoko Watanabe, Toku Nishio, Tomiko Suzuki, Ryuusei Nakao, Hisao Egawa, Yūsaku Yara, Shinji Ogawa, Joji Yanami
Duração: 30 min.

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