Home FilmesCríticas Crítica | Filho do Batman (2014)

Crítica | Filho do Batman (2014)

por Melissa Andrade
1,1K views

Batman é sem sombra de dúvidas um personagem icônico. Não é preciso ser muito conhecedor do seu universo ou mesmo ler quadrinhos para saber quem ele é. É o herói que mais possui títulos de revistas, sagas, universos e seus sidekicks e vilões, mundialmente famosos. Coringa, Espantalho, Pinguim, Duas-Caras, Charada, BatGirl, Robin, Asa Noturna, certamente já ouviu falar deles não é?

Isso, claro, sem mencionar os muitos casos amorosos do morcegão que deram o que falar. Afinal, um homem rico, bonitão e misterioso como Bruce Wayne não passaria despercebido pelas mulheres. Só que assim como ele, algumas delas também possuíam outra identidade como a Selina Kyle, vulgo Mulher Gato e Talia al Ghul, filha de ninguém menos que Ra’s al Ghul, líder da liga dos assassinos e inimigo de Batman.

Mas, o caso com Talia, não foi apenas um caso passageiro… Bom, foi. Mas, rendeu frutos, um na verdade: Damian. O menino, agora com 10 anos é treinado pelo próprio avô para um dia vir a liderar a liga dos assassinos. Durante um dia normal de treinamento, o dojo é atacado por um inimigo não-identificado, causando danos enormes ao local, com muitas explosões e mortes, incluindo a do próprio Ra’s que não consegue chegar a tempo no Poço de Lázaro. Tudo obra do Exterminador, antigo braço direito do Ra’s que após ser expulso da liga, voltou para se vingar. Damian presencia a luta do avô com o Slade e consequentemente a sua morte, partindo imediatamente atrás do inimigo. Os dois começam um embate, onde o menino fura o olho direito do adversário, que foge do local. Temendo retaliação, Talia leva o garoto para um local que considera mais seguro: Gotham.

Completamente alheio aos acontecimentos, Batman está no encalço do Killer Croc que andou injetando alguma substância poderosa e está duas vezes mais forte e irritado. A luta não vai nada bem para o herói que toma uma surra. Mas, ele não contaria com a inesperada aparição de Talia que lhe ajuda a derrubar o réptil. Ela lhe faz um convite e mesmo desconfiado, decide aceitar. No iate, Talia tenta seduzir Batman, mas ele se mostra arredio, irritada ela conta que seu pai morreu e que tem escondido dele que os dois tiveram um filho e que agora Batman precisa cuidar do menino. Bastante surpreso, ele aceita a “missão” e precisa descobrir como lidar com Damian que é bastante inteligente, genioso, habilidoso e respondão. Basicamente, uma cópia sua. O que significa que ele tentará se vingar do avô, complicando e muito a vida do Batman.

Filho do Batman é uma excelente animação da DC, com diálogos bem elaborados e uma trama interessante. Acompanhar o surgimento de um novo Robin, sendo ele filho do Batman traz todo um sentido diferente à história. Ao ser criado pelo próprio Ra’s, o menino adquiriu conhecimento e habilidades de deixar qualquer um com inveja (*cof* Asa Noturna), mas, não ter convivido com outras pessoas que não fossem da liga o deixou limitado emocionalmente. Com o pai, além de adotar o lema “não matamos ninguém”, ele também vai aprender que nem tudo é a ferro e fogo, sem momentos piegas, claro.

Existem algumas partes memoráveis na animação como os trajes clássicos expostos na batcaverna, mas nada supera os diálogos. Eles são divertidos, com as costumeiras frases de efeito do Batman, mas que trazem toda uma conotação sarcástica à trama que faz a diferença. A começar pelo fato da Talia ter dado um “boa noite cinderella” no próprio Batman, passado o noite com ele e engravidado. Impagável. Além dos diálogos do Alfred com o Bruce e claro, dele com Damian.

Seria interessante ver um live-action dessa história. Já posso até imaginar os atores.

Filho do Batman (Son of Batman – EUA – 2014)
Direção: Ethan Spaulding
Roteiro: James Robinson, Joe R. Lansdale (screenplay), Bob Kane (personagens)
Elenco: Jason O’Mara, Stuart Allan, Thomas Gibson, Morena Baccarin, Dee Bradley Baker, Xander Berkeley, Giancarlo Esposito (Gus Fring!), Sean Maher, David McCallum, Diane Michelle, Andrea Romano, Fred Tatasciore, Bruce Thomas e Kari Wahlgren
Duração: 74 min.

Você Também pode curtir

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumimos que esteja de acordo com a prática, mas você poderá eleger não permitir esse uso. Aceito Leia Mais