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Crítica | Final Fantasy Tactics Advance

por Guilherme Coral
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estrelas 3

Final Fantasy Tactics Advance representa um grande passo para a Square Enix, ao passo que, após bem sucedidos anos de exclusividade no Playstation, sua famosa franquia retorna para a Nintendo (mesmo que através de um spin off). Ao contrário do que seu título sugere, esta não é uma sequência ou um port de Final Fantasy Tactics, lançado seis anos antes – é um game totalmente diferente em história e somente compartilha a jogabilidade e a terra onde se passa em comum. Este é um dos games da Ivalice Alliance.

FF Tactics Advance adota uma das introduções mais diferentes dentro dos padrões da série, colocando seu personagem principal, Marche, em uma cidade em um mundo como o nosso da idade contemporânea. Carros, televisão, games fazem aparições e mais de um personagem cita o próprio Final Fantasy como um de seus jogos preferidos. O estranhamento dos fãs da franquia, principalmente, é imediato, ainda mais quando a primeira batalha não passa de uma briga de bolas de neve. Tudo isso muda, contudo, quando Marche, seu irmão e mais dois amigos são levados a uma terra desconhecida após lerem um antiquíssimo tomo. Finalmente chegamos a Ivalice.

As raças (não humanas) de Tactics Advance

As raças (não humanas) de Tactics Advance

Aqui vemos diversos elementos que posteriormente se apresentariam em FFXII, que também se passa no mesmo reino. Raças como a dos moogle, bangaas e vieras são uma visão comum, exceto para o estrangeiro àquelas terras, Marche, é claro. Através da visão do menino, então, somos apresentados a esse universo, ao mesmo tempo que passamos por tutoriais que nos explicam as mecânicas do game. Desde então já pode ser percebido o tom mais infantil da narrativa, diferentemente da crescente seriedade vista de FFVI a FFVII.

Quem jogou Final Fantasy Tactics não irá se sentir perdido em meio à jogabilidade deste jogo. O sistema de batalha continua praticamente idêntico: somos colocados em um campo de batalha que funciona como tabuleiro e devemos mover cada personagem através de um determinado e limitado número de espaço e atacar o inimigo adjacente. Feitiços e flechas possuem um alcance maior e podem ser utilizados de acordo com a classe (job) de cada personagem. Nesse aspecto podem ser notadas diferenças que melhoram a experiência do game, como o modo como as habilidades crescem. Impossível não sentir um dinamismo dentro de cada batalha, por mais que ela seja em turnos, ao passo que experiência é conferida após cada ataque. Um grande avanço está, também, na câmera que não é mais tão desajeitada quanto o game para Playstation, possibilitando uma melhor visão do campo de batalha.

O tabuleiro de batalha

O tabuleiro de batalha

Os problemas de Final Fantasy Tactics Advance se encontram, principalmente, na própria história que adota um tom demasiado infantil e não engaja o jogador o tanto quanto deveria. A Square estava ciente da popularidade de Tactics para Ps1 e, ao invés de realizar uma obra tão profunda quanto, apostou em um jogo que soa como um mero preencher de espaços entre os games que realmente importam dentro da franquia, os numerados. Nesse sentido, este game está preso à sua característica de spin-off.

Final Fantasy Tactics Advance é um jogo que se prejudica devido ao próprio título, criando uma expectativa que em poucos aspectos é suprida. Sua mecânica agrada e representa uma melhoria em relação a Tactics, mas sua história não é forte o suficiente para prender o jogador como deveria. No fim sua importância fica ligada à expansão da mitologia de Ivalice, mas poucos motivos são deixados para que retornemos ao game.

Final Fantasy Tactics Advance
Desenvolvedora:
 Square Product, Development Division 4
Lançamento: 14 de Fevereiro de 2003 (Japão), 08 de Setembro de 2003 (EUA)
Gênero: Rpg Tático
Disponível para: Gameboy Advance

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