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Crítica | Final Fantasy Tactics

por Guilherme Coral
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estrelas 3,5

Final Fantasy Tactics foge do habitual sistema de batalha (na época o active-time battle) e introduz a jogabilidade tática. É o primeiro game a se passar em Ivalice, onde posteriormente veríamos Final Fantasy XII. Esta crítica aborda tanto o jogo original, de 1997, quanto sua versão para PSP e iOS, nomeadas Final Fantasy Tactics: The War of The Lions.

A trama nos coloca, por intermédio de um narrador, no meio da Guerra dos Leões, um conflito de sucessão pelo trono de Ivalice. Mais especificamente acompanhamos o jovem Ramza, um mercenário que detém um grande papel dentro da história, mas que é esquecido pelos registros formais. Já nesse ponto entramos em um problema de Tactics: a maneira confusa pela qual a história nos é contada – desde os primeiros momentos do jogo somos introduzidos a inúmeros flashbacks que acabam dificultando a compreensão do jogador, sendo difícil nos situar no tempo presente da narrativa.

O campo de batalha

O campo de batalha

Após uma pequena introdução, uma luta é iniciada, nos explicando a mecânica tática do game. Quem já experimentou RPGs de mesa como Dungeons & Dragons irá se sentir familiarizado, já que o sistema de Tactics é inspirado nele. O campo de batalha funciona como um tabuleiro de xadrez, os personagens podem avançar um determinado número de espaços e realizar ações que também possuem um alcance máximo. Atacar por diferentes ângulos afeta a quantidade de dano causado.

Um grande problema da batalha está nos ângulos de câmera, que muitas vezes dificultam uma melhor visão do que precisa ser feito. Devemos ficar trocando constantemente o ângulo sem nunca conseguirmos um ideal, muitas vezes nos fazendo provocar erros gigantescos de estratégia.

É claro que não podiam faltar elementos clássicos de Final Fantasy nesse game que foge dos parâmetros usuais da série. O sistema de Jobs de FFIII tem grande presença em Tactics. Cada classe, ou job, pode realizar um tipo específico de comando – black mage usa magia negra, Squire usa ataques a curta distância e assim em diante. No original os nomes, por questões de tradução, não se mantiverem fieis à versão japonesa, felizmente no PSP e iOS vemos os nomes habituais da franquia. O número de Jobs é impressionante e permite uma grande customização da equipe de acordo com o estilo de cada jogador.

Diferentemente de outros FFs, em Tactics, não ganhamos pontos de experiência após as lutas, eles nos são garantidos após cada ação no campo de batalha – quanto mais um personagem for utilizado, mais forte ele se torna. Isso confere uma boa dinâmica à progressão do game. Além disso também ganhamos job points que, como o próprio nome sugere, aumentam os níveis de cada classe.

Wizard ou Black Mage?

Wizard ou Black Mage?

Além de mudanças na tradução, a versão para PSP e iOS também conta com personagens extras, como Cloud Strife (FFVII) e Balthier (FFXII), que podem ser recrutados para a equipe. Algumas diferenças de preço de habilidades e equipamentos também podem ser notadas. Tais versões também contam com batalhas e inimigos extras. A do PSP, contudo, apresenta um grave problema nas magias, que provocam uma queda gigantesca de framerate além de perda de qualidade do som. Isso pode ser consertado através de patches feitos por fãs. A versão de iOS conserta tais erros.

Final Fantasy Tactics possui suas pequenas dificuldade e, perto de jogos mais recentes do estilo, acaba tornando evidente sua idade (mesmo nas versões atualizadas para PSP e iOS). Ainda assim é um game que não deve ser deixado de lado por fãs do RPG tático, ao ponto que apresenta uma ótima história e um nível de dificuldade verdadeiramente desafiador. Além disso, não podemos descartar sua importância no estabelecimento e aprimoramento do gênero.

Final Fantasy Tactics
Desenvolvedora:
 Square
Lançamento: 20 de Junho de 1997 (Japão), 28 de Janeiro de 1998 (EUA)
Gênero: Rpg Tático
Disponível para: Playstation, PSP, iOS

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