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Crítica | Final Fantasy XII: Revenant Wings

por Guilherme Coral
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estrelas 2,5

Originalmente, Revenant Wings havia sido concebido como um jogo à parte dentro da franquia. Somente durante seu desenvolvimento houve a decisão em transformá-lo em uma sequência de Final Fantasy XII. Ainda assim, o produtor Yosuke Yokoyama pediu para que encarássemos como um novo game de Final Fantasy ao invés de o vermos como uma continuação.

A história se passa um ano após os eventos de FFXII. Vaan e Penelo são sky-pirates e, junto de Balthier e Fran descobrem um tesouro em ruínas desconhecidas, o Cache of Glabados, duas pedras de origem misteriosa e com uma lenda por trás delas. Ao tirarem ambas do pedestal, contudo, um terremoto se inicia que acaba destruindo a airship de Vaan. Ele e sua amiga são forçados a escaparem na nave dos outros dois piratas.

Um tempo se passa e os dois órfãos estão de volta a Rabanastre, quando uma nave misteriosa cai dentro da cidade. Enxergando a oportunidade, Vaan decide ir até ela e roubá-la. Ao fazer isso ele, juntamente dos órfãos seus amigos, são levados ao continente perdido de Lemurés, onde o resto da trama se desenvolve. Revenant Wings apresenta uma história mais simples que o seu antecessor, sem todas as reviravoltas e esquemas políticos. O maniqueísmo que era deixado de lado faz seu retorno, estabelecendo uma vilã presente em grande parte da trama.

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Os piratas a bordo da airship

O jogo exibe um clássico problema dentro de sequências de videogames, o enfraquecimento do protagonista. Vaan, que ao fim de FFXII conseguia derrotar criaturas gigantescas é reduzido a enfrentar pequenos inimigos que claramente não são um grande desafio. Existe a tentativa de contornar isso através de alguns diálogos, mas a falha continua forte.

Em termos de mecânica, ele utiliza uma versão simplificada de Final Fantasy XII. Os combates não requerem uma transição para a tela de batalha e há a presença de gambits que permitem a programação dos outros membros da equipe. Ataques especiais, magias e os quickenings continuam. A maior diferença está no sistema de fraquezas – são três tipos de ataques: curta distância cuja fraqueza são ataques aéreo cuja fraqueza são ataques a longa distância. Os summons também adotam um papel de destaque, ao ponto que devem ser chamados à batalha na maioria dos casos através de portais.

A trama de Revenant Wings se desenvolve inteiramente através de missões, cada uma sendo um cenário que pede a derrota de determinado número de inimigos. Não há a exploração presente em FFXII, o único ponto que podemos transitar com os personagens é na escolha de área entre os objetivos do jogo.

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A batalha em Revenant Wings

Em termos gráficos, o game adota um visual mais cartunesco, em detrimento do realismo de seu antecessor. Ainda assim, as características principais dos personagens se mantém. A trilha sonora não inova, trazendo de volta os temas do game original, com apenas algumas adições ao repertório.

Apenas algumas horas de Revenant Wings são necessárias para se enxergar o game como um pequeno adendo a história de Final Fantasy XII. A mecânica é funcional, porém muito simples e pode acabar não agradando mesmo aos fãs do jogo original. É, sim, possível ver este como um game a parte, como foi desejado por Yokoyama, não pela sua história e sim pela falta dos elementos que tornaram FFXII um bom jogo.

Final Fantasy XII: Revenant Wings
Desenvolvedora:
 Square Enix
Lançamento: 26 de Abril de 2007 (Japão), 20 de Novembro de 2007 (EUA)
Gênero: Rpg
Disponível para: Nintendo DS

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