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Crítica | Game of Thrones – 6X03: Oathbreaker

por Iann Jeliel
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Oathbreaker

  • Contém SPOILERS. Leia aqui as críticas das demais temporadas e/ou episódios.

Oathbreaker é um episódio que segue a coerência cronológica do mexer gradual de novas peças as encaminhando para uma climática derradeira. No entanto, ao contrário do que imaginava, o capítulo é carregado de bem menos intensidade ou com verdadeiro progresso do que deveria. O retorno de Jon Snow (Kit Harington) tinha tudo para trazer, assim como numa quarta temporada, um arco para encaminhar os demais eventos de modo mais enervante. Ainda é, no fim das contas, um Game of Thornes bem econômico nos seus progressos, guardando-os em formato de gancho.

O que poderia dar um conflito interessante de revanchismo, foi resolvido de maneira bem politizada. Embora dramaticamente a atitude de Snow ao final de executá-los valorize a trajetória dramática do personagem até ali, é uma interrupção não tão necessária, porque sabemos que uma hora ou outra ele irá assumir responsabilidade. O arco da jornada clássica do herói está lá, mas Snow parece estagnado na mesma ponta pela necessidade da série em segurar certos mistérios. Melisandre (Carice Van Houten) pergunta o que ele viu do outro lado. Ele responde que “nada”. É obvio que a narrativa ainda quer esse sobrenatural/fantástico ainda quer colocar o jogo de destinos no benefício da dúvida, mas o efeito de tensão sobre isso parece estar se esgotando, porque não há mais tanta dúvida que ele hoje é protagonista.

Acho mais interessante focar essa penumbra futura dentro do núcleo do Bran (Isaac Hempstead Wright), já que há uma grande incerteza do que tem de tão importante na mentira de Ned Stark (jovem – Robert Aramayo) em matar Arthur Dayne (jovem – Luke Roberts). É algo puxado de um passado muito mais distante, então a contextualização no agora certamente traz uma ponte de conexões que instiga mais. Contudo, mesmo aqui, o episódio poderia ter oferecido mais tira-gostos, ou quem sabe já mostrar logo o que raios tem de tão importante naquela torre. Essa sensação de falso progresso é presente em todos os outros núcleos do episódio. Varys (Conleth Hill) e Tyrion (Peter Dinklage) parecem progredir consideravelmente dentro das distrações e preparações do cenário político de Meeren  para quando Daenerys (Emilia Clarke) voltar, mas a rainha em si, ainda não tem qualquer perspectiva de escapar da enrascada que se meteu, ou pelo menos, não é apresentado nenhuma no episódio.

Arya (Maisie Williams), finalmente para de apanhar para a garota, mas parece longe de um fim de treinamento, ou no mínimo, nós como público, estamos longe de ganharmos informações suficiente para projetarmos o que aquilo terá a ver no jogo dos tronos. Cersei (Lena Headey) dá novos passos de alianças para combater a influência do Alto Pardal (Jonathan Pryce). O outro por outro lado, dá o contraponto de desequilíbrio a Tommen (Dean-Charles Chapman) em ficar totalmente do lado da mãe, algo que ele já havia feito com sua esposa (Natalie Dormer). Esse núcleo ao menos continua bem incerto, mas os passos foram muito tímidos. Na parte de Samwell Tarly (John Bradley), então, nem se fala. Totalmente desnecessária no contexto do episódio, não desenvolve nada que já não sabemos e nem progride o núcleo, somente talvez de um refresh que ele ainda existe na série.

A única cena de Oathbreaker dá para afirmar como um progresso concreto é a de Ramsey Bolton (Iwan Rheon), que recebe um grande presente ao ter nas mãos Rickon Stark (Art Parkinson) como refém. Certeza de que essa será a pimenta de seu futuro embate com o Jon Snow. Tomara que já no próximo episódio ele desista da ideia de desistir – e se fosse para chutar como, eu diria que ele encontrará Sansa (Sophie Turner), que provavelmente não apareceu aqui justamente para ter o suspense – e genuinamente transforme seu desenvolvido para a frente do que pode ser o retorno dos mocinhos. Estou empolgado para isso, falta só, a temporada se empolgar junto e acelerar/intensificar o processo de chegada até lá.

Game of Thrones – 6X03: Oathbreaker | EUA, 8 de Maio de 2016
Direção: Daniel Sackheim
Roteiro: David Benioff, D.B. Weiss
Elenco: Peter Dinklage, Nikolaj Coster-Waldau, Lena Headey, Emilia Clarke, Kit Harington, Liam Cunningham, Carice Van Houten, Nathalie Emmanuel, Maisie Williams, Conleth Hill, Kristofer Hivju, Isaac Hempstead Wrigh, John Bradley, Iwan Rheon, Jonathan Pryce, Dean-Charles Chapman, Hannah Murray, Tom Wlaschiha, Max von Sydon, Diana Rigg, Owen Teale, Anton Lesser, Julian Glover, Hafþór Júlíus Björnsson, Art Parkinson, Joseph Naufahu, Robert Aramayo, Luke Roberts
Duração: 52 minutos

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