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Crítica | Gotham – 3X20: Pretty Hate Machine

por Guilherme Coral
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estrelas 4
Obs: Contém spoilers do episódio. Leiam nossas outras críticas da temporada aqui.

Em razão de seu finale duplo, era esperado que o episódio logo antes do grande desfecho funcionaria como preparação de terreno para o que veremos futuramente. Estamos falando, contudo, de Gotham, uma série que já mais do que provou não ter medo de trazer substanciais progressões para cada uma de suas subtramas, enquanto, ao mesmo tempo, abre outras, deixando sempre aquela ponta para nos vermos ansiosos pelo que está por vir. Pretty Hate Machine continua de onde fomos deixados em All Will Be Judgedsem perder tempo com interações desnecessárias.

Bruce Wayne, enfim, retorna a Gotham junto de seu novo mentor e os planos para o expurgo da cidade e da Corte das Corujas é iniciado. Em uma sequência bastante crua vemos o conselho dessa sociedade secreta sendo assassinado aos olhos de um Bruce ainda hesitante. Em paralelo, Gordon teme que Lee tenha se injetado com o vírus de Alice Tetch e parte para sua casa para investigar. Ao chegar lá ele descobre que seus temores se tornaram realidade e sua ex acaba o desacordando. Cabe a Bullock e Alfred descobrirem a localização de Gordon e Wayne antes que seja tarde, tudo isso enquanto o Pinguim busca uma forma de vencer Nygma.

O roteiro de Steven Lilien e Bryan Wynbrandt deixa bem claro o quanto estamos perto do final da temporada. Esforços não são poupados para transformar a atmosfera da série em um caos completo, com tudo parecendo estar fora de seu lugar, sem qualquer esperança de qualquer resolução. O mais interessante é observar como as subtramas trabalhadas ao longo desse ano dialogam entre si, tendo todas levadas a esse ponto, até mesmo aquela de Jerome, que pode muito bem ter influenciado a decisão da Corte em julgar Gotham de uma vez por todas. Passo a passo caminhamos em direção a esse destino e agora, mais do que nunca, todos os personagens terão de se conectar de alguma forma.

Depois de séculos de mimimi interminável, Lee, enfim, ganha maior espaço, representando uma verdadeira (e insana) ameaça, que mexe com o próprio âmago de Jim. Apesar de ter sido conveniente demais Gordon ter dispensado os policiais na porta da casa de sua ex, o arco funciona, dando continuidade ao estado no qual a doutora fora deixada após a morte de seu marido. Além disso, abre uma dúvida no espectador acerca da relação entre o vírus e lápis de olho – aparentemente, quem usa é porque se entrega aos seus desejos mais escuros. Brincadeiras à parte, a caracterização funciona para diferenciar a antiga personagem da nova. Entrando um pouco no território da teoria, foi anunciado que Harley Quinn apareceria nessa temporada, será essa Lee?

Do lado do Pinguim, quando todo esse conflito com Nygma já beirava o insustentável, podendo cair, facilmente, na repetitividade, Fish, que fora sabiamente deixada de lado pelo tempo que devia, retorna, podendo representar uma substancial mudança no status quo da série, ainda que não saibamos exatamente qual será essa. Até mesmo a relação entre Alfred e Bruce ganha novos ares, principalmente em razão do mordomo enxergar o jovem como seu filho, o que promete um dramático desfecho no finale da temporada.

Dito isso, fica fácil enxergar como Gotham terá todo seu cenário alterado no episódio duplo que está por vir. Com todas as peças posicionadas, nos vemos à beira de um final explosivo, no qual todas as partes terão de lutar para garantir sua sobrevivência. Esperamos que a solução final não seja conveniente demais, utilizando de um jim ex machina, mas, considerando o que vimos até aqui, nos vemos esperançosos.

Gotham – 3X20: Pretty Hate Machine  – EUA, 29 de maio de 2017
Showrunner:
Bruno Heller
Direção:
Danny Cannon
Roteiro:
Steven Lilien, Bryan Wynbrandt
Elenco: 
Ben McKenzie, Donal Logue, Robin Lord Taylor, Erin Richards, Cory Michael Smith, Jessica Lucas, Raymond J. Barry, Richard Kind, Drew Powell, Chris Chalk, Morena Baccarin, Jamie Chung, Jada Pinkett Smith
Duração:
43 min.

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