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Crítica | Lego Batman 3: Beyond Gotham

por Melissa Andrade
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Sei que você deve estar aí lendo e pensando: “Mas, para quê outro jogo do LEGO Batman? Os que saíram não são suficientes?” E essa resposta é simples: Não. Jogos LEGO nunca serão demais. Mas calma que explico.

Desde que a franquia começou é inegável o enorme sucesso. Aos poucos foi ganhando mais adeptos e contando com outras franquias famosas como Star Wars, Indiana Jones, Piratas do Caribe, Harry Potter, Senhor dos Anéis e até mesmo O Hobbit. Todos esses títulos possuem mais de um jogo dentro da mesma temática, contudo, LEGO Batman é disparado um dos preferidos. Talvez por se tratar de um dos super-heróis mais queridos da DC Comics.

Mas, o que LEGO Batman 3: Beyond Gotham tem de tão especial? Outra resposta simples: o roteiro.

Nos dois primeiros jogos era possível apenas jogar com Batman, Robin e demais personagens relacionados ao universo do morcego, como também transitar por partes de Gotham. Agora, a TellTale Games juntamente com a Warner Bros ampliaram o conceito do jogo consideravelmente, onde é possível controlar diversos personagens da DC ainda que o Batman seja o líder de todos eles.

Dessa vez o vilão é Brainiac que capturou alguns Lanternas e pretende com o poder dos anéis controlar o planeta Terra. Com a ajuda de outros vilões como Coringa, Lex Luthor e Crocodilo, ele consegue um tempo até ter colocado seu plano em ação. Assim, nem Batman ou Robin fazem ideia do que está acontecendo. Somente quando o planeta Terra é encolhido que eles e os vilões vão parar no satélite da Liga e decidem se unir para combater Brainiac. Peraí. Lex Luthor vai lutar ao lado do Super-Homem e Coringa ajudando o Batman? Isso mesmo. Mas, tenha calma que eles não ficaram bonzinhos de uma hora para outra. Na verdade, os poderes dos lanternas se dissipa em raios que acaba atingindo tanto vilões e heróis modificando suas personalidades. Assim Luthor e Coringa passam a ser gentis e se preocupar com todos, Flash se torna bastante ganancioso e a Mulher-Maravilha transborda em raiva, sem entrar em muitos detalhes. O que acaba rendendo boas piadas e situações engraçadas, já típicas do jogo.

Em comparação aos outros dois jogos é o maior; contendo episódios que foram divididos em até três partes, possibilitando uma jogabilidade maior e trocas de personagens a cada checkpoint, uma boa estratégia para não cansar o jogador. Personagens que requerem habilidades e roupas especiais, tais como Cyborgue, Batman e Robin, conseguem ativar essas roupas com o apertar de um único botão no controle, não precisando mais correr pelo cenário em busca do dispositivo que costumava ativá-las. Ou mesmo se aproximando da parte exata do cenário o próprio personagem irá trocar o traje sozinho. Muito mais simples e eficiente.

A jogabilidade evoluiu de forma considerável e ainda que quebrar e construir seja os direcionamentos principais, os quebra-cabeças ficaram mais elaborados e às vezes é preciso trocar entre personagens para poder concluir uma tarefa e seguir com a estória. Outro ponto interessante é que antes apenas o jogador 1 podia bater nos asseclas dos vilões, agora seus companheiros também podem destruí-los enquanto você se preocupa em coletar studs (as mini peças lego que garantem dinheiro), resolver problemas ou simplesmente explorar o cenário.

No entanto, a grande novidade, sem a menor dúvida, reside no fato de terem incluído inúmeros personagens da DC Comics, a começar pela Tropa dos Lanternas que são peça chave do enredo. O ‘Beyond Gotham’ é justamente isso, sair e passear pela Europa, Qward, Odym, Nok e até mesmo a Fortaleza da Solidão, utilizando os mais diversos personagens da DC. Os gráficos de cada fase são bem próximos àqueles existentes nos quadrinhos e após encerrar o jogo fica disponível o modo estória livre, onde você volta a fase inteira e com os personagens necessários libera outros personagens, blocos dourados, vermelhos e minikits. Caso queira muito completar os 100% de jogo. Indo para a Base Lunar (também após concluir o jogo em modo estória) os planetas dos Lanternas ficam disponíveis para exploração e cada um contém outros quebra-cabeças que liberam mais personagens, Adam West ou simples quests que garantem bloco dourados.

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No total é possível desbloquear mais de 120 personagens – contando com trajes clássicos e identidades secretas como Bruce Wayne – dentro do jogo comum e também adquirir pacotes de DLC a parte que possuem mais personagens, estórias extras e até mesmo troféus. O pacote DLC Season Pass que está disponível atualmente contém a trilogia Dark Knight, Man of Steel e Batman 75 anos, além de mais 40 personagens jogáveis. Um super pacote e com preço bastante acessível, a bagatela de R$31,00 direto pela PSN (para quem tem PlayStation) ou pelo XBox Live. O valor é tabelado e tende a ser o mesmo independente da plataforma.

LEGO Batman 3: Beyond Gotham conta ainda com participações especiais de Kevin Smith, Conan O’Brien e Adam West (aquele Batman da década de 60), a quem você precisa resgatar em todas as fases, tal como o Stan Lee no LEGO Marvel e os cidadãos de Gotham no LEGO Batman 2. A versão do jogo que vende no Brasil é dublada e conta com a mesma equipe que dubla os personagens para os desenhos da Liga da Justiça, salvo o comediante Marcus Veras que dubla o Robin. Mas, não se desesperem, pois ele faz um bom trabalho.

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O jogo ainda contém uma surpresa no final, mas, vocês terão que terminar para descobrir. No mais LEGO Batman 3 é despretensioso e tem como único e exclusivo objetivo entreter o jogador. E nesse quesito, cumpre muito bem seu papel.

LEGO Batman 3: Beyond Gotham 
Desenvolvedor: TellTale Games
Lançamento: 11 de Novembro de 2014
Gênero: Ação-Aventura
Plataformas: Xbox One, PS4, Wii U, PC, Xbox 360, PS3, 3DS, PS Vita

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