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Crítica | Liga da Justiça: Deuses e Monstros

por Melissa Andrade
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Não dá sempre para ser a mesma coisa. Por isso a DC Entertainment junto com a Warner Bros. Animation decidiram inovar e trazer uma outra Liga da Justiça, dessa vez com menos integrantes e bem mais letal.

Em um universo alternativo (sabemos como a DC ama esses universos) Jor-El fracassou ao inserir seu DNA na cápsula e Zod é o verdadeiro pai do Superman que foi criado na Terra por imigrantes e possui uma personalidade mais soturna, fria e calculista. Ao seu lado ele tem Bekka, a Mulher-Maravilha, que possui um passado obscuro, com traições e mortes. E também o Batman, que, após um experimento mal-sucedido para se livrar de um câncer, acaba se tornando meio vampiro. Assim, os três alimentam suas frustrações e angústias derrotando os bandidos da cidade das formas mais truculentas e violentas possíveis. Aos olhos dos cidadãos e também do Governo, eles não podem ser controlados e são ameaça constante caso decidam se rebelar e tomar conta do planeta. Contudo, os falecimentos de três renomados cientistas coloca-os na mira da investigação do governo e deixa claro que alguém quer muito incriminá-los e livrar o mundo da Liga da Justiça.

Para os que não estão acostumados essa linha narrativa pode parecer um tanto estranha a princípio, porém, como demais animações da DC, a qualidade do enredo acaba chamando a atenção. Principalmente para aqueles que sempre quiseram ver outra faceta dos personagens e gostam de pensar nos muitos “e se”.

Aqui não apenas as personalidades mudaram, como também as caracterizações de cada um e o contexto da Liga da Justiça que possui três integrantes apenas e eles preferem assim, sendo mais conhecidos como os outcasts, aqueles que não se encaixam em lugar nenhum. Assim, fica mais fácil incrimina-los quando as evidências das mortes apontam diretamente para eles.

Superman possui um lado bem mais sombrio e menos político e quem sabe tenha algo a ver com o sangue de Zod circulando em suas veias? O poder, de início, lhe interessa bastante, até ele descobrir o que realmente aconteceu no dia do seu nascimento e correr na direção contrária. Ainda assim, essa nova faceta do heroi é deveras interessante. O mesmo não pode ser dito do Batman que perdeu todo o ar de mistério que o personagem geralmente possui e, agora, ganhou ares mais frágeis e sensíveis. Certamente em se tratando de um universo paralelo, tudo é possível, mas creio que essa versão do Batman não tenha me convencido o suficiente. Todavia, o passado da Bekka é o mais intrigante de todos e também o ponto de convergência para problemas futuros, já que há a clara intenção de dar continuidade a esse universo, como também introduzir novos personagens, remodelados.

Liga da Justiça: Deuses e Monstros faz parte de uma série intitulada Justice League: Gods and Monsters Chronicles e que foi lançada online em Junho. A primeira temporada consiste em três episódios que focam cada um em histórias com o Batman, Superman e Mulher Maravilha, respectivamente, e que foram concluídos em 12 de Junho. Uma segunda temporada está em produção e será lançada em 2016 com dez episódios. Não obstante, uma série em quadrinhos também começou a ser lançada em 22 de julho de 2015 e a ordem dos personagens seguirá a mesma da série.

Publicado originalmente em 28 de julho de 2015.

Liga da Justiça: Deuses e Monstros (Justice League: Gods and Monsters – EUA, 2015)
Direção: Sam Liu
Roteiro: Allan Burnett, Bruce W. Timm
Elenco: Benjamin Bratt, Michael C. Hall, Tamara Taylor, Paget Brewster, C. Thomas Howell, Jason Isaacs, Dee Bradley Baker, Eric Bauza, Larry Cedar, Richard Chamberlain, Trevor Devall, Dan Gilvezan, Grey Griffin, Daniel Hagen, Penny Johnson Jerald
Duração: 76 min

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