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Crítica | Star Wars: Rogue Squadron

por Guilherme Coral
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estrelas 4

Espaço: Tattooine, Barkesh, Chorax, Corellia, Gerrard V, Lua Jade, Balmorra, Kile II, Kessel, Taloraan, Fest, Chandrila, Sullust, Hoth
Tempo: A Rebelião 0 – 10 anos depois da Batalha de Yavin (d.BY)

Certamente um clássico do Nintendo 64, Star Wars: Rogue Squadron traz de volta o espírito dos games X-Wing e Tie-Fighter. Apesar de Shadows of The Empire nos ter proporcionado algumas fases no comando de espaçonaves já fazia algum tempo que não tínhamos nenhum jogo da famosa franquia passado inteiramente em um cockpit. Desenvolvido pelo Factor 5 em parceria com a LucasArts, Rogue Squadron veio para mudar isso, nos colocando como parte integrante do lendário esquadrão da Aliança Rebelde.

Na quase totalidade do game (à exceção do último estágio) controlamos Luke Skywalker pouco tempo depois da destruição da primeira Estrela da Morte em Uma Nova Esperança. O Rogue Squadron agora realiza inúmeras incursões, atingindo pontos específicos do Império a fim de desestabilizar seu domínio sobre a galáxia.  A trama do jogo assume esse caráter casual, nos colocando em missão após missão em diferentes planetas com diferentes objetivos. Apenas a partir de sua metade somos apresentados a uma linha narrativa mais sequencial, introduzindo, inclusive, um vilão, o impiedoso Moff Seerdon. É curioso como Rogue Squadron nos leva a icônicos locais da trilogia clássica, mas sem, efetivamente estarmos em qualquer um deles. À exceção de Corellia e Tattoine, todos os outros planetas são exclusivos do game, mas adotam características específicas de localidades conhecidas – um dos mais fortes exemplos é uma cidade nas nuvens que não é Bespin (embora ela seja citada em um interessante easter-egg).

Claro que ia ter Tattoine

Claro que ia ter Tattoine

A jogabilidade para o Nintendo 64 é impecável. Controles simples permitem uma mobilidade ideal de cada nave e da A-Wing até a Y-Wing, cada uma delas apresenta características diferenciadas, que permitem um gameplay não repetitivo, algo que é fortalecido pelos diferentes objetivos de cada estágio. Algumas limitações do sistema de outrora criam evidentes desconfortos hoje em dia. O mais chamativo deles é o limite de altura que podemos alcançar, impedindo algumas manobras e caminhos a percorrer.

Já no PC, os comandos não podem ser assim tão bem elogiados. O controle por teclado e mouse é praticamente inviável, nos forçando a utilizar um joystick. Felizmente a versão recentemente disponibilizada pelo site gog.com, que traz inúmeros clássicos sem os insuportáveis bloqueios anti-pirataria (EA, estou olhando para você), apresenta total compatibilidade com os computadores atuais e com os controles modernos, como de Xbox 360, que até vem perfeitamente configurado, resgatando, portanto, na totalidade, a a experiência do N64.

Os gráficos, por sua vez, naturalmente não chegam aos pés do que temos hoje em dia, mas isso, em momento algum, chega a ser um empecilho para retornarmos para o jogo. Rogue Squadron apresenta modelos de naves suficientemente fidedignos ao material original, nos fazendo sentir como se, efetivamente, estivéssemos no comando de uma X-Wing ou Snowspeeder. Além disso, a ausência de cutscenes fora das naves limita o impacto de nosso olhar sobre o passado, possibilitando uma imersão constante nessa parcela do universo de Star Wars.

One more pass...

One more pass…

Para nos manter presos ao game, que chega a ser bem curto para os padrões atuais, vemos a presença de ranks para cada missão e alguns upgrades escondidos em cada nível. Além disso, adquirir medalhas nas fases desbloqueia mais naves a serem utilizadas e novos estágios, que nos levam a momentos icônicos dentro da franquia. Dito isso, algumas horas a mais são acrescentadas ao Game daqueles que não se apoiarem unicamente nos cheats, também presentes aqui.

Star Wars: Rogue Squadron é facilmente um dos melhores games de Star Wars já feitos. Sua qualidade é evidente mesmo hoje em dia, quase vinte anos depois e certamente irá se manter nos anos a vir. Para quem não experimentou essa pérola dos anos 90, o gog.com é uma ótima pedida, especialmente pela já citada compatibilidade com o controle de Xbox 360. Resta saber se veremos um port da incrível sequência Rogue Leader.

Star Wars: Rogue Squadron
Desenvolvedor:
Factor 5, LucasArts
Lançamento: 03 de Dezembro de 1998
Gênero: Ação
Disponível para: Nintendo 64, PC

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