Home Audiodramas Crítica | Crônicas dos Companions – 2ª Temporada (#1 e 2)

Crítica | Crônicas dos Companions – 2ª Temporada (#1 e 2)

por Luiz Santiago
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Temos aqui os textos para os dois primeiros episódios da 2ª Temporada da série The Companion Chronicles: Mother Russia e Helicon Prime. Eles foram lançados pela Big Finish entre outubro e novembro de 2007 e apresentam aventuras com os companions do 1º (Steven e Dodo) e 2º (Jamie) Doutores.
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Mother Russia

2X01 – Season Premiere

estrelas 4

motherurssia

Equipe: 1º Doutor, Steven, Dodo
Espaço: Império Russo
Tempo: 1812

Passando-se durante a invasão napoleônica à Rússia em 1812, Mother Russia é um dos arcos que melhor retrata o espírito dos anos do 1º Doutor, Steven e Dodo juntos, ressaltando a personalidade explosiva do rapaz e a tentativa de Dodo em impedir que ambos brigassem ou em tentar confiar no Doutor independente do que acontecesse.

Abrindo a segunda temporada das Companion Chronicles, Mother Russia nos traz um acontecimento imediatamente após o arco The Gunfighters, sendo citadas as cantorias e a confusão com o sobrenome/adjetivo ‘Holiday’, que tanta dor de cabeça trouxe para o Doutor e seus companions. No início, temos Steven sendo interrogado e, ao passar dos minutos, entendemos que o roteiro de Marc Platt foi escrito pensando no flashback inteligente que constitui a história inteira, tomado a partir das memórias de Steven durante a investigação e que, em dado ponto ta história, encontrará a linha narrativa presente, tornando-se um avento só.

A presença de Napoleão Bonaparte e o tipo de alienígena em cena são realmente muito interessantes. O texto perde um pouco o interesse durante a invasão napoleônica propriamente dita, mas isso não demora muito para ser consertado e novamente temos a perseguição a um vilão que consegue mudar de forma, roubando a aparência dos outros — o Doutor o denomina um “Shape Thief” –, uma espécie menos aterradora de Zygon, se pensarmos bem.

A excelente interpretação de Peter Purves é um outro atrativo para a história, além, é claro, de sua constante briga com o Doutor que na série às vezes parecia insuportável mas às vezes tinha uma boa apresentação, como é o presente caso. Uma interessante viagem a um momento importante da História e um ponto onde duas grandes invasões estavam acontecendo… Um prato cheio para um bom enredo em Doctor Who.

Direção: Nigel Fairs
Roteiro: Marc Platt
Elenco: Peter Purves, Tony Millan
Duração: 61 min.

Helicon Prime

2X02

estrelas 2

heliconprime

Equipe: 2º Doutor, Jamie
Espaço: Escócia / Planeta de férias (resort) Helicon Prime
Tempo: 1784 / 4850

Os eventos de Helicon Prime ocorrem durante a “temporada 6B”, sobre a qual o leitor pode saber mais clicando aqui. É um pouco difícil esquematizar em que ponto “não visto” em The War Games a aventura acontece, mas sabemos que Jamie já havia concluído a primeira fase de suas viagens com o Doutor, tivera suas memórias apagadas e recobradas novamente. Ao final da história, ele passa por um novo processo de esquecimento, guardando apenas a sensação de que viajara com um certo Doctor na TARDIS. E que existe um lugar chamado Helicon Prime.

O conceito de Jake Elliott para esta aventura é inicialmente interessante. O Doutor e Jamie aparecem em um lugar que parece ser um restaurante, um espaço luxuoso visitado por diversas espécies do Universo. Trata-se de um planeta de férias, um mundo-resort onde as pessoas iam para descansar e serem mimadas pela equipe local (situação que lembra um pouco o cenário de The Beautiful People). O grande problema do roteiro é que, ao invés de dissecar esse elemento de constituição local, ironizando-o de maneira inteligente, Elliott nos guia por uma trama insossa de assassinato e pequena conspiração.

A história é chamativa em alguns pontos, engraçada em outros e conta com uma excelente interpretação de Frazer Hines, tanto no papel de Jamie (com sotaque escocês carregadíssimo) quanto no papel do Doutor. Todavia, esses momentos não tornam a aventura, como um todo, interessante. Ao término, o espectador fica à espera de mais alguma coisa, de algum acontecimento que trouxesse maior sentido para todo o roteiro, mas isso não vem. Um verdadeiro desperdício de uma história com alto potencial.

Direção: Nigel Fairs
Roteiro: Jake Elliott
Elenco: Frazer Hines, Suzanne Proctor
Duração: 61 min.

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