Home TVEpisódio Crítica | X-Men Evolution – 3X10: X23 [Primeira Aparição: Laura Kinney, a X-23]

Crítica | X-Men Evolution – 3X10: X23 [Primeira Aparição: Laura Kinney, a X-23]

por Guilherme Coral
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estrelas 2,5

Muitas pessoas não sabem, mas Harley Quinn não foi a única personagem dos quadrinhos a ser introduzida, primeiro, em uma série de televisão. Personagens como o agente Coulson da S.H.I.E.L.D., Jimmy Olsen (que tivera sua primeira aparição em um programa de rádio) e Flama todos debutaram fora das páginas ilustradas. X-23, a clone de Wolverine, é mais um desses casos, com sua primeira aparição tendo ocorrido no décimo episódio da terceira temporada de X-Men Evolution, que leva o nome da mutante em seu título, ainda que sem o hífen. Posteriormente, é claro, a personagem acabou aparecendo nos quadrinhos, inclusive, substituindo Logan como Wolverine na nova publicação da Marvel.

Embora esteja no meio da temporada, X23 não requer qualquer conhecimento prévio da série, basta, naturalmente, conhecer o básico da mitologia de X-Men. A trama tem início com uma invasão à central da S.H.I.E.L.D., uma espiã mascarada e com garras consegue entrar na sala com os terminais e roubar algumas informações da agência e logo vemos que seu objetivo era conseguir dados sobre Logan. Pouco depois ela invade o instituto Charles Xavier e, depois de incapacitar todos os estudantes e professores da escola, resta somente a Wolverine conseguir pará-la de alguma forma.

O capítulo já coloca X-23 como uma espécie de filha de Wolverine, definindo o caminho que seria seguido por todas as publicações posteriores envolvendo a personagem. O texto aborda de forma dramática o experimento Arma X e a tentativa da Hydra de clonar o Carcaju, já definindo a personalidade traumatizada de Laura Kinney. De fato, os melhores trechos do episódio são justamente esses que exploram o passado de Logan e os traumas envolvendo os dois personagens, garantindo peso à narrativa e traçando um belo paralelo entre o passado e o presente do famoso mutante. Infelizmente, o desaparecimento da menina no fim do capítulo fica por isso mesmo – sentimos falta de uma importância maior dada à partida da garota.

A animação em si certamente não envelheceu bem, muitos dos personagens trazem traços deformados, principalmente nas sequências de ação e tem seus rostos completamente alterados ao longo da projeção. O Fera é um bom exemplo disso, com proporções bizarras até para sua condição de mutante. A movimentação também é demasiadamente travada, com algumas ações que soam exageradamente dramáticas, com a dublagem original apenas corroborando esse fator e olha que nem estamos falando de um desenho tão antigo assim – Samurai Jack, que fora lançado na mesma época, tem um trabalho de animação anos-luz a frente desse daqui.

X23, portanto, pode não ser a maneira ideal de conhecer essa personagem que se tornaria tão icônica nos quadrinhos, chegando a aparecer, inclusive, na despedida de Hugh Jackman como Wolverine em Logan. Embora conte com uma boa história, que sabe aproveitar o drama pessoal de seus personagens, o capítulo de X-Men Evolution parece verdadeiramente datado, com uma animação que, evidentemente, fora feito às pressas, provavelmente tentando cumprir um deadline nada justo com os animadores do estúdio. Felizmente, nos dias de hoje, podemos conhecer X-23 por outras vias, nos poupando de assistir esse episódio.

X-Men Evolution – 3X10: X23 — EUA, 2003
Direção:
 Curt Geda
Roteiro: Craig Kyle, Christopher Yost
Elenco: Meghan Black, Lisa Ann Beley, Jim Byrnes, Venus Terzo, Andrew Francis, Andrea Libman, Scott McNeil
Duração: 22 min.

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