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Especial | Glauber Rocha

por Luiz Santiago
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Glauber Rocha nasceu na cidade de Vitória da Conquista, Bahia, em março de 1939. Passou a infância em sua cidade natal, e lá presenciou a chegada de suas duas irmãs, Ana Marcelina e Anecy. Parte de sua educação foi provida pela mãe, em casa, mas Glauber cursou, ainda em Vitória da Conquista, parte do Ensino Fundamental I, antigo “curso primário”. Em 1947, a família muda-se para Salvador, onde Glauber terminou os estudos regulares.

Em 1952, Ana Marcelina morreu de câncer. Nas poucas vezes em que falou sobre o caso, Glauber sempre se mostrou muito emocionado em ter perdido a irmã. O pai de Glauber ainda teria mais uma filha, Ana Lúcia, com uma cigana.

Em 1957, aos 18 anos, Glauber iniciou seus estudos em Direito da Universidade de Direito da Bahia (hoje Universidade Federal da Bahia). No ano seguinte, começou a trabalhar como repórter no Jornal da Bahia, assumindo, em seguida, a direção do Suplemento Literário. Em 59, realizou o seu primeiro curta-metragem, Pátio, um filme formalista e experimental, que resgatava diversas técnicas de filmagem e montagem pelas quais o jovem diretor de 20 anos tinha grande apreço (especialmente as teorias vindas dos diretores soviéticos, com destaque para Sergei Eisenstein).

No mesmo ano em que gravou Pátio, Glauber se casou com sua colega de faculdade, Helena Ignez, futura atriz-fetiche do cinema novo e marginal brasileiros, que também teria relacionamentos com outros diretores de estética revolucionária como Júlio Bressane e Rogério Sganzerla. Ainda em 1959, o estudante e diretor começaria a gravar o curta A Cruz na Praça, mas o filme nunca foi terminado. As mudanças de emprego também aconteceram entre 1959 e 1960, quando Glauber começou a escrever para o Jornal do Brasil e o Diário de Notícias.

Sua carreira como cineasta foi firmada em 1962, quando pegou a direção de Barravento, que até então estava a cargo de Luiz Paulino dos Santos. A partir daí, Glauber se encantaria de vez com a sétima arte e seguiria filmando até sua morte, em 1981. O diretor realizou sucessos nacionais e internacionais como Deus e o Diabo na Terra do SolTerra em Transe e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro. Foi indicado à Palma de Ouro em Cannes já em seu segundo longa e seria lembrado no Festival algumas outras vezes, sendo indicado à Palma de Ouro novamente nos filmes Terra em TranseO Dragão da Maldade e Di Cavalcanti (na categoria de Curta-metragem) e vencendo o Prêmio do Júri ou FIPRESCI em Terra em Transe e Di Cavalcanti. Em 1969, ele recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival, empatado com o cineasta thceco Vojtech Jasný. Sua última presença em festivais internacionais aconteceu em 1980, quando foi indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza, pelo filme A Idade da Terra.

Confira abaixo as críticas para a filmografia completa do diretor. Clique nos links em cada título para acessar as críticas.

Pátio

Pátio

1959

Barravento

Barravento

1962

Deus e o Diabo na Terra do Sol

Deus e o Diabo na Terra do Sol

1964

Amazonas, Amazonas

Amazonas, Amazonas

1965

Maranhão 66

Maranhão 66

1966

Terra em Transe

Terra em Transe

1967

1968

1968

1968

O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

1969

Cabeças Cortadas

Cabezas Cortadas

1970

O Leão de Sete Cabeças

Der Leone Have Sept Cabeças

1970

Câncer

Câncer

1972

História do Brasil

História do Brasil

1973

Claro

Claro

1975

Di Cavalcanti

Di Cavalcanti

1977

Jorge Amado no Cinema

Jorge Amado no Cinema

1979

Programa Abertura

Programa Abertura

1979

A Idade da Terra

A Idade da Terra

1980

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