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Fora de Plano #42 | Geek & Game Rio Festival: Games do Rio

por Handerson Ornelas
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Esse último fim de semana – do dia 20 a 22 de julho – foi realizado no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro, o evento anual Geek And Game Rio Festival, responsável por unir uma imensa quantidade de elementos da cultura pop e nerd, com um foco maior no mundo dos games. Estive pelo evento no sábado e, entre as mais diversas e excelentes atrações, stands e pontos de interação disponíveis, a área chamada Games From Rio me chamou atenção. Bastante apaixonado por indie games, fiquei muito curioso com a área em questão, que permitia desenvolvedores de games da cidade do Rio de Janeiro apresentassem seus trabalhos para o público, possibilitando jogar demos de suas obras. Um espaço pequeno, mas bastante acolhedor, por onde podia-se trocar ideias com os desenvolvedores, jogar e observar as mais diversas reações das pessoas.

Aqui, escolhi ressaltar alguns dos jogos que mais me chamaram atenção, embora todos os que eu tenha visto mereçam os mais sinceros parabéns. Em sua maioria jogos ainda em desenvolvimento, abaixo encontram-se pérolas que você, caro leitor, deve ficar atento. Afinal, é necessário apoiar e incentivar o cenário nacional de criação de jogos, que vem evoluindo cada vez mais nos últimos anos e que te surpreenderá muito caso dê uma chance.
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Future Flashback

Abrindo essa lista entre os games que mais me chamaram atenção está Future Flashback. Aqui vemos um jogo que parece honrar com maestria os point and click clássicos, possuindo uma excelente e instigante história a ser contada que me atraiu tanto na entusiasmada explicação dada por seu desenvolvedor quanto pelo que pude perceber da demo do jogo presente na feira. Future Flashback possui uma trama digna de Black Mirror, se passando em um futuro onde os seres humanos controlam suas memórias das mais diversas formas, o que leva a repercussões graves na vida do carismático protagonista. Belíssimas pixel art e trilha sonora, além de uma estética retrofuturista bastante interessante. Se essa descrição te chamou atenção, fique atento.

  • Estágio: em desenvolvimento
  • Gênero: Point and click
  • Site do game

Politicagem

Politicagem possui aquele frescor de inovação que só mesmo indie games conseguem proporcionar. Desenvolvido pelo grupo Delta Arcade, este definitivamente foi o game da área Games From Rio com o conceito de maior diferencial. Um point and click estratégico que te coloca na pele de um deputado recém eleito, ficando sob responsabilidade do jogador a escolha das atitudes a tomar, desde que depois saiba lidar com suas consequências. Agradar o público? Agradar seu partido? Suas alianças? Se manter preso a seus ideais ou se corromper? Politicagem parece inteligente e possui influência gritante do marco indie Papers Please, tanto que perguntei ao desenvolvedor do game e o próprio me confirmou. Aqueles que não se importarem com os gráficos demasiadamente simples do game e gostam de um bom jogo focado na narrativa terão um prato cheio.

Racket Boy

Racket Boy é divertidíssimo. Difícil de ser mais sucinto do que isso a respeito do jogo. Tem todas as qualidades que um game precisa e que fez a era 8 bits ser tão marcante. Influenciado por clássicos de SNES, o game da Double Dash Studios aproveita de uma jogabilidade bem simples, mas cheia de personalidade. Na pele do personagem que dá nome ao jogo e de sua arma (uma raquete, dã!), você tem a habilidade de rebater bolas de energia e usar isso para atacar os mais diversos inimigos que surgem na tela. Há possibilidade de jogar ainda com um amigo na pele de outra personagem, a Racket Girl, e deixar a experiência ainda mais divertida. Cheio de referências a cultura pop (o vilão inspirado em Power Rangers merece palmas), um visual colorido e uma pixel art lindíssima, é difícil não ficar empolgado para o lançamento do jogo.

Warlock’s Tower

Entre os games dessa lista, este é o único que já foi lançado. Warlock’s Tower foi meu jogo preferido dentre os que tive a oportunidade de jogar nesta área do festival. Aqui você controla um carteiro responsável por entregar correspondências na torre de um velho mago. Tarefa essa que se mostra extremamente difícil frente aos diversos feitiços do dono do castelo e as várias maldições deixadas pelo caminho. A regra é simples e clara: um passo dado resulta em menos uma vida. Inspirado em uma bela estética retrô, o jogo foi desenvolvido praticamente como se pudesse ser jogado em um game boy color. Puzzle inteligente, com ótima pixel art e trilha sonora. Apesar de começar bem simples, ficou bem claro que a dificuldade só crescia e que, em dado momento, o jogador muito provavelmente ia começar a bater a cabeça para solucionar os vários enigmas ao longo de suas mais de 100 fases (!!!) que seu desenvolvedor me garantiu ter.

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