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Crítica | O Incrível Hulk: Futuro Imperfeito

por Erik Blaz
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Quando o mundo foi pras picas, o Maestro estava de pé diante do portão com a chave.

Janis Jones

No final da década de 90, vimos muitos heróis sendo reformulados ou pelo menos, na tentativa de serem.
Motoqueiro Fantasma com o hospedeiro Danny Ketch, os X-Men com as mudanças na equipe (principalmente em Wolverine), o Homem-Aranha com sua controversa Saga do Clone e entre muitos outros, o Incrível Hulk teve uma das mais radicais desta década.

Nesta época, o outrora Golias Esmeralda, passava por sua fase cinzenta (literalmente). Nosso herói era um canastrão de dois metros de altura, esperto, sacana, mal humorado e… Convenhamos, estava bem melhor do que “Hulk Esmaga!”. Mas esta era estava com seus dias contados pela Casa das Ideias, a hora das mudanças havia chegado.

De Hulk Cinza, voltando para o familiar verde, porém, com uma mente amalgamada nas três consciências de Banner (Hulk Verde, Joe Fixit e Bruce Banner) tínhamos um Hulk dotado de inteligência, sarcasmo e uma força jamais vista antes. Peter David, o roteirista desta fase e da mini-série “Futuro Imperfeito”  conseguiu nos proporcionar ótimas histórias, algumas bem engraçadas, outras cheias de ação e moralidade.

O conto futurístico, onde ele e o excepcional George Pérez trabalham juntos, não só nos banha com uma incrível aventura como também traz no final, uma duvida ao nosso protagonista: O que ele se tornaria no final?

Resumidamente, o gigante esmeralda é levado para um possível futuro, em Dystopia. Uma cidade num futuro praticamente condenado, onde tudo é comandado pelas ordens do ditador Maestro, antes conhecido como O incrível Hulk. Sim, fiel leitor, o vilão é o próprio herói, mais velho e muito mais forte graças a radiação de diversas bombas nucleares durantes anos de guerra, o que também o enlouqueceu.

Peter David consegue harmonizar a história de maneira fantástica, sem que seja necessário percorrer quadrinhos anteriores para entender o conto, e juntamente com os traços do mestre George Pérez, todas as ações são muito bem detalhadas e as falas, gírias e até o funcionamento de máquinas desta era são explicadas claramente sem cansar o leitor.

Uma das maiores questões era como derrotar o poderoso vilão, uma vez que este não se lembrava de sua ida para o futuro quando jovem, o que deixava claro que, seu futuro era alternativo. Nosso herói poderia até falecer nesta missão e Maestro continuaria vivo. Mas, como o próprio incrível Hulk diz no final da história “Bem-vindo ao Plano C”.

Além de um ótimo final, muito bem arquitetado (ou não muito pelo herói), também vemos o que ocorreu com todos os heróis, sucumbidos através de anos de guerra e com o que restou deles no Hall de relíquias de Rick Jones.

Simplesmente, uma das melhores obras do Incrível Hulk que até hoje é lembrada e também retratada em novas HQs como na série dos Exiles depois dos acontecimentos de 2099 Tour.
Caso o leitor seja um apreciador do Gigante Esmeralda da Marvel, tem a oportunidade de achar nas bancas um encadernado que a Panini lançou, juntando as duas edições de Futuro Imperfeito e finalizando com Hulk: O Fim.

O Incrível Hulk: Futuro Imperfeito
(The Incredible Hulk: Future Imperfect
, EUA, 1995)
Roteiro: Peter David
Arte: George Pérez
Cores: Tom Smith
Editora: Marvel Comics
Editora no Brasil: Abril Jovem
Páginas: 100

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