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Lista | Top 10 – Os Melhores Vilões do Batman

por Gabriel Carvalho
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Os arqui-inimigos do Batman, o Cavaleiro das Trevas, são, possivelmente, ainda mais famosos do que o próprio personagem. A galeria de vilões é imensa e extremamente rica, a melhor de todas, com a do Homem-Aranha, ainda distante, correndo atrás. A lista a seguir, tentando listar os dez melhores vilões do Homem-Morcego, não conta apenas com as presenças antagônicas que mais deram problemas para o Batman, sem serem as que aparecerem, necessariamente, nas melhores histórias do personagem. As justificativas das posições também vão de acordo com o potencial de cada vilão, caminhando pela subjetividade do autor sobre o que é mais interessante trabalhar em relação ao Batman e seus inimigos.

  • Ausência da Mulher-Gato: A Mulher-Gato, apesar de, tecnicamente, ser uma vilã, importantíssima no cânone dos quadrinhos, incorpora muitos traços de anti-heroína, sendo que, em um plano narrativo mais simples, sem muitas travessuras, sua própria jornada termina por ser, quase que necessariamente, redentora. A justificativa será explicada mais abaixo. A personagem é uma ladra, o que não é a profissão mais vilanesca de todas.

10. Hera Venenosa

    • Primeira Aparição: Batman #181 (06/1966), criada por Robert Kanigher e Sheldon Moldoff.

A grande questão da Hera Venenosa é o fato da personagem ser uma vilã com propósitos consideravelmente justificáveis. Enquanto outros buscam vingança ou são meramente loucos, a loucura de Pamela Isley é fortemente atrelada com as suas boas intenções de salvar o meio-ambiente, além dela ser um dos únicos antagonistas realmente super-poderosos. A personagem, porém, é chamada de Lillian Rose na cronologia Pré-Crise, enquanto a sua origem Pós-Crise foi revisada por Neil Gaiman em Secret Origins #36, de 1988. Hera Venenosa ganharia em 2016 a sua primeira revista solo, uma minissérie de seis edições com o título Poison Ivy: Cycle of Life and Death.

Ademais, a relação da personagem com homens é bastante interessante, criando formas de evidenciar certas fragilidades e defeitos masculinos. Mais recentemente, o relacionamento de Hera com Arlequina ganhou bastante notoriedade, valendo menção. Os relacionamentos amorosos e as amizades sempre serão mais um complicador para a carreira de super-heróis e super-vilões – o Batman bem sabe disso. Em outras mídias, devemos relembrar os grandes momentos de Pamela nos videogames da série Arkham, e esquecer o que Joel Schumacher decidiu fazer com a personagem em Batman & Robin, onde ela foi interpretada por Uma Thurman, em um papel sofrível.

9. Bane

    • Primeira Aparição: Batman: Vengeance of Bane #1 (01/1993), criado por Chuck Dixon e Graham Nolan.

Quantas vezes o Batman teve que impedir fugas de massa do Asilo Arkham? Agora, imaginem se, após derrotar e prender todos os maiores inimigos de sua galeria de vilões, depois de edições e edições de confrontos, Bruce Wayne chegasse a sua mansão, extremamente cansado, e encontrasse Bane, múltiplas vezes maior que o Cruzado Encapuzado? A icônica cena do monstruoso vilão quebrando o Batman permitiria Bane ser visto como o único que conseguiu destroçar o Homem-Morcego dessa maneira. O icônico momento já fora replicado inúmeras vezes, como no próprio Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, de Christopher Nolan, interpretado por Tom Hardy.

Contudo, Bane, por sua estatura gigantesca, também é frequentemente visto como um mero capanga, uma espécie de chefão final, mas não a mente por trás do chefão, ainda mais pelos efeitos colaterais gradativos que a droga Veneno causaria no personagem, viciando-se mais e mais através dos anos. Em A Queda do Morcego, porém, o antagonista é realmente temido, até mesmo conseguindo descobrir a identidade do Morcegão. Uma grande pena que, alguns anos depois, Joel Schumacher destruiria o personagem em Batman & Robin, como já havia feito com a Hera Venenosa. A proeminência do personagem, felizmente, tem sido retornada nos últimos anos, especialmente no Renascimento.

8. Chapeleiro Louco

    • Primeira Aparição: Batman #49 (10/1948), criado por Bill Finger e Lew Sayre Schwartz.

Os grandes antagonistas do Batman são, em sua maioria, pessoas fantasiadas, assim como o próprio Cavaleiro das Trevas. A máscara e o traje permitem uma dissociação do mundo real, dando margem à redescoberta do próprio personagem como um novo lado de si mesmo, mas, ainda assim, autêntico. O Chapeleiro Louco, codinome para Jervis Tetch, é um dos únicos inimigos do personagem que veste um outro alguém, fascinado pelo livro de Lewis Carrol, Alice no País das Maravilhas. O gênio termina por se identificar mais com crianças do que com adultos. Citando o próprio livro de Carrol: “Todos nós aqui somos loucos. Eu sou louco. Você é louca.” Nenhuma loucura, das tantas loucuras diferentes dentro da mitologia referida, é tão desprezada, encarada com asco pelos demais personagens, quanto a loucura de Thatch.

A cabeça do personagem, porém, permite sua caracterização ser, no final das contas, uma amálgama de tudo o que os vilões do Batman e o próprio Homem-Morcego representam: a loucura em diferentes níveis. As citações ao livro de Carrol auferem uma condição ainda mais assustadora e doentia a Jervis, que já foi visto de diferentes formas, até mesmo como pedófilo, o que comprova o grande temor da população quando enxergam homens adultos interpretando-se como crianças. Não são poucas as vezes em que o personagem sequestra meninos ou meninas e as veste de Alice durante alguma festa do chá, como, por exemplo, em Batman: Dia das Bruxas, de Jeph Loeb e Tim Sale. Coringa pode até mesmo cometer milhares de atrocidades a mais, mas nada é tão repugnante quanto o interesse de Tetch em crianças.

7. Pinguim

    • Primeira Aparição: Detective Comics #58 (12/1948), criado por Bob Kane e Bill Finger.

Oswald Copplebott não é um super-vilão, mas é a grande mente por trás do submundo de Gotham City, ao menos quando este não está sendo comandado por personalidades realmente insanas. O Pinguim, como é intitulado, diferentemente de outros arqui-inimigos do Batman, é um personagem com traços de loucura, mas muito mais atrelado ao chão do que os demais representantes da lista, por ser mais próximo de um criminoso ordinário – no caso, um chefão do crime – do que de um vilão de histórias em quadrinhos. A deformação física e os aparatos icônicos, como o monóculo, a cartola e o guarda-chuva, surgem da Era de Ouro, mas o retrato do personagem, no final das contas, é uma combinação entre o cartunesco e o realismo, sempre com possibilidades armamentistas a serem tiradas da cartola.

Quando pegamos os componentes policiais da trilogia O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, misturando um pouquinho com o lúdico dos quadrinhos, temos a versão moderna do Pinguim, não tão sombria quanto a criada por Danny DeVito em Batman: O Retorno, representação memorável, e nem tão galhofa quanto a criada por Burgess Meredith, na série dos anos 60. Quando não temos mais Carmine Falcone para liderar uma máfia, o Pinguim é quem surge para coordenar a Gotham City invertida, combatida pelo Batman, mas nunca destruída por ele. Apesar do Pinguim não estar presente em muitas das grandes histórias do Homem-Morcego, a presença do personagem sempre é sentida, independente da época, como acontece, atualmente, na série Gotham, onde Robin Lord Taylor é um dos destaques, quase como um co-protagonista.

6. Sr. Frio

    • Primeira Aparição: Batman #121 (02/1959), criado por Dave Wood e Sheldon Moldoff.

O Sr. Frio é um personagem que mudou bastante de um ponto para o outro na história do antagonista. Assim como tantos outros inimigos do Batman, pensar em Victor Fries é pensar, inicialmente, em uma piada pronta – o que acontece com a galeria de vilões do Flash, por exemplo. Um vilão com fascínio em frio, gelo. Quando Joel Schumacher e Arnold Schwarzenegger criaram o seu Sr. Frio, último personagem “estragado” em Batman e Robin, eles pensaram na ótica primária atribuída ao personagem: uma piada. Quando essa característica é completamente subvertida, um grande vilão finalmente nasce.

Batman: A Série Animada é tão importante para o cânone do personagem, muito além da criação da Arlequina, que a origem do Sr. Frio – inicialmente apresentado como Sr. Zero, em sua primeira aparição – foi completamente mudada, dando um olhar mais trágico à narrativa do personagem, completamente fissurado na busca pela cura de sua esposa, Nora Fries. Os crimes são todos relacionados a isso, além da própria loucura que acomete Fries, tendo que sobreviver dentro de uma armadura após um acidente. Apesar de combater o Sr. Frio tantas vezes, o Batman prova ser um verdadeiro herói quando sempre cede ao olhar de Fries a sua esposa, sem deixá-la morrer.

5. Duas-Caras

    • Primeira Aparição: Detective Comics #66 (08/1942), criado por Bill Finger e Bob Kane.

O Batman, antes de um ser um herói, é tratado como vigilante. As forças policiais, portanto, ainda mais nos primeiros anos de atuação do personagem, são forças antagônicas ao Homem-Morcego, aliado, porém, a dois personagens extremamente essenciais, naquela época, para a manutenção da atividade do Cavaleiro das Trevas na cidade de Gotham: o comissário Gordon, em uma época em que não era comissário, e Harvey Dent, o futuro Duas-Caras. Como um dos amigos mais próximos ao Cruzado Encapuzado tornou-se um de seus vilões mais icônicos é a grande moeda que torna essa história tão fascinante. Onde está a personalidade do bom e velho promotor Harvey Dent, o homem da justiça? O ácido não destruiu apenas uma face, mas um coração.

Harvey Dent é o grande fracasso de Batman. Nenhuma história conseguiu igualar o tratamento de O Longo Dia das Bruxas e Vitória Sombria, ambas de Jeph Loeb e Tim Sale, ao personagem, nem mesmo o ótimo trabalho feito por Christopher Nolan em Batman: O Cavaleiro das Trevas, onde Duas-Caras era interpretado por Aaron Eckhart. A origem do vilão é contada. Harvey Dent caminha de um combatente do crime a uma vítima do crime, tornando-se, consequentemente, um criminoso por si só, movido, assim como quase todos os outros, pela loucura, investido na dualidade das escolhas, no destino e nas chances. “Ou você morre herói, ou vive o bastante pra ver você mesmo virar vilão.”, define o Duas-Caras perfeitamente.

4. Espantalho

    • Primeira Aparição: World’s Finest Comics #3 (09/1941), criado por Bill Finger, Bob Kane e Jerry Robinson.

O Batman causa medo nos seus adversários. O Espantalho causa medo nos seus adversários. Por mais infantil que tenha sido o visual do personagem em muitas histórias, situação que mudou nos últimos anos, em que, várias vezes, o chapéu de palha foi substituído por uma máscara assustadora – como em Batman Begins, de Christopher Nolan, onde Cillian Murphy interpretou Jonathan Crane -, o Espantalho sempre foi um dos vilões mais interessantes do cânone do Homem-Morcego, por trabalhar, essencialmente, com o que o próprio Cruzado Encapuzado é: um homem cheio de traumas, de problemas e, acima de tudo, de medos.

As possibilidades para roteiristas transformarem o Espantalho em um grande vilão são inúmeras. Batman: Arkham Knight, último jogo da trilogia Arkham, ousou colocar o personagem como principal antagonista. De qualquer forma, o Espantalho é um dos vilões mais antigos e constantes nas histórias do personagem. Os roteiristas sempre recorrem a ele para ocupar momentos interessantes de diversos arcos, mesmo que em papéis menores. As participações são bastante recorrentes. O Espantalho, em uma última instância, acaba por ser o vilão com maior capacidade de ferir o Batman em um sentido psicológico. O medo é uma arma potencialmente fatal.

3. Ra’s Al Ghul

    • Primeira Aparição: Batman #232 (06/1971), criado por Dennis O’Neil e Neal Adams.

Nenhum dos vilões citados nessa lista reverencia tanto o Batman quanto Ra’s Al Ghul. O personagem, de mais de 700 anos, conheceu o Homem-Morcego através da sua filha, Thalia Al Ghul, que se apaixonou pelo vigilante. Batman é considerado pelo Cabeça do Demônio, líder da Liga dos Assassinos, como o Maior Detetive do Mundo, interessando para Ra’s a união entre sua filha e o vigilante, pois pensa no herói como um possível sucessor seu. O grande aliado de Ra’s é o Poço de Lázaro, capaz de restaurar a saúde de pessoas debilitadas e até mesmo reviver mortos, mas não sem tirar alguma coisa em troca.

Os ideais do personagem rondeiam a noção do bem maior, assim como a Hera Venenosa, mas Ra’s Al Ghul é mais político, sendo o completo oposto de Batman na hora de enfrentar as mazelas da sociedade, dando margem aos tantos atritos entre um e o outro. A criação de Damian Wayne, filho de Bruce com Thalia, é outra questão que promove esse contraste entre um personagem e o outro, grandes forças antagônicas. Em Batman Begins, Christopher Nolan, por sua vez, cria uma relação diferenciada, aprofundando na relação entre mestre e aprendiz que permeia outras histórias, ganhando vitalidade na atuação de Liam Neeson.

Mas, de todos os aliados do antagonista, nenhum é tão importante para a sua relevância na cultura popular quanto os roteiristas, que permitiram o personagem fazer parte de inúmeras histórias grandiosas. Em Batman: Arkham City, Ra’s Al Ghul é transformado, de mais um entre os tantos de inimigos presentes no jogo, na grande mente por trás de Hugo Srange. Em Torre de Babel, Ra’s Al Ghul tem papel proeminente na tentativa de desmantelar a Liga da Justiça, aproximando-se do sucesso de maneira mais objetiva que muitos icônicos antagonistas da equipe. Além disso, temos a trilogia Demônio, contendo O Filho do Demônio, A Noiva do Demônio e o Nascimento do Demônio.

2. Charada

    • Primeira Aparição: Detective Comics #140 (10/1948), criado por Bill Finger e Dick Sprang.

Quando o Charada espalha, em cada um dos jogos da série Arkham, centenas de troféus e enigmas para o Batman coletar e desvendar, o personagem testa o seu arqui-inimigo. O Charada subestima o Batman, achando que ele é incompetente, incapaz de se igualar as suas capacidades intelectuais. Quando o Charada espalha pistas para o Homem-Morcego, após algum crime cometido, o personagem, na verdade, quer que o Cavaleiro das Trevas falhe. As pistas são um mero sinal da sua síndrome de superioridade. O que acontece, porém, quando você acha ser superior a uma criatura que sempre o derrota?

Qual a maior charada de todas, senão quem é o verdadeiro nome por trás da máscara do Batman? Mulher-Gato: Cidade Eterna mostra isso muito bem, fazendo Charada trair Selina Kyle em troca do nome do homem embaixo do capuz. Já em Batman: Silêncio, o antagonista descobre a identidade do herói, mas nada ganha senão um vazio. O Charada é especial por justamente falhar em se igualar ao Batman. As tentativas incessantes são o que promovem o senso de uma das loucuras mais doentias, especialmente corrosivas para o próprio personagem, daquelas que farão o leitor sentir pena por Edward Nygma, verdadeira identidade do Charada.

As aparições do personagem em filmes e séries televisivas são marcantes. O Charada, na história do personagem, completando 70 anos no mês de outubro, foi transformado, de um representante do mais lúdico que existia nos quadrinhos da Era de Ouro, representados no Batman: O Homem-Morcego, de 1966, onde era interpretado, assim como no seriado, por Frank Gorshin, a uma mistura entre essa sua vertente, inspirada na ingenuidade das histórias antigas, com a malícia de eras mais recentes dos quadrinhos, encontrando espaço, portanto, na interpretação de Cory Michael Smith para a série Gotham. O Charada é uma intrigante conquista da cultura popular.

1. Coringa

  • Primeira Aparição: Batman #1 (04/1940), criado por Bill Finger, Bob Kane e Jerry Robinson.

Quando o Batman ganhou sua própria revista, o Coringa nasceu, estrelando logo essa primeira história do Homem-Morcego, tempos antes dos padrões da censura vigorarem, transformando o personagem no brincalhão que Cesar Romero, nos anos 60, tanto soube incorporar. O Coringa passou a representar a inocência de uma época em que o bem e o mal eram extremamente bem definidos, mesmo que o mal não fosse muito além de trapaças e enganações, algumas mortes e roubos no caminho. A primeira aparição do Coringa, contudo, é realmente muito boa, pois, nessa história, assim como em outras, percebemos o sadismo do personagem.

A mística em relação a identidade do personagem é interessantíssima, tendo sido completamente subvertida nos últimos anos, com a revelação da existência de mais de um Coringa ou, então, a revelação de que o Coringa é imortal. Em Batman, de Tim Burton, Jack Nicholson interpreta Jack Napier, em uma das tantas versões possíveis sobre essa icônica figura. O grande antagonista do Batman é o maior vilão dos quadrinhos e um dos maiores do cinema. As aparições são incontáveis, sempre com papéis gigantescos, movendo tramas como vilão ou como mero fantasma do passado de Batman. O Coringa nunca deixou de ser relevante.

Os quadrinhos cresceram, os anos passaram e o Coringa, o psicopata que conhecemos atualmente, retornou a existir nos anos 70, deixando de nos divertir para nos assustar e até mesmo fazer pensar, como em O Cavaleiro das Trevas, onde o Coringa, interpretado por Heath Leadger, apresentava a ideia que Alan Moore, décadas antes, apresentava em A Piada Mortal, mostrando o quão louco cada um de nós podemos ser. O Coringa é o louco assumido. O Batman é o louco dissimulado. O contraste entre os dois, entre o Homem Que Ri e o Cavaleiro das Trevas, um esboçando sorrisos e o outro esboçando feições sérias, dá margem a uma das maiores rivalidades da cultura popular.

Hors Concours

Batman

O grande antagonista do Batman é ele mesmo. Os vilões do personagem são parte de quem o Batman é, não apenas forças opositoras ao que o Batman representa. O Batman não representa justiça. O Batman não representa o bem. O Superman é um definidor muito maior dessas virtudes. O Batman representa um garoto com traumas, seus maiores medos, tentando curar uma dor incurável. Quando Alan Moore escreve a cena na qual um homem, diante de um trauma, é perseguido por um outro homem, vestido de um trauma, caindo em um poço de químicos, o autor entende o Coringa como uma criação do Batman.

O autor entende o Coringa como um Batman que trilhou um caminho diferente, tão tóxico quanto o trilhado pelo homem que decidiu se vestir de morcego e combater o crime na sua cidade-natal. Selina Kyle, na recente história envolvendo o não-casamento da personagem com o Batman, escreve ao herói que, caso ele fosse feliz, não conseguiria cumprir o seu trabalho. Em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Alfred, personagem de Michael Caine, também compreende Bruce Wayne da mesma forma, indo de encontro a sua própria morte. Não são poucas as histórias que enxergam o Cavaleiro das Trevas como um suicida. O Batman é, por excelência, aquele que mais destrói a si mesmo.

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