Home Música Crítica | A Hora do Espanto (2011) – Trilha Sonora Original

Crítica | A Hora do Espanto (2011) – Trilha Sonora Original

por Lucas Nascimento
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estrelas 4

Para a última análise de trilhas sonoras de terror do Outubro do Terror, temos um caso curioso. Ao contrário dos outros exemplos que utilizavam a música para criar tensão (dada a natureza de cada um dos filmes), a trilha sonora de Ramin Djawadi para o remake A Hora do Espanto é uma homenagem ao cinemão de terror clássico e a antiquada figura do vampiro fanfarrão. Uma escolha certeira que revela-se um dos pontos altos do eficiente longa de Craig Gillespie.

Toda a música do remake deriva-se do tema principal, a memorável Welcome to Fright Night. Aqui, Djawadi dispara com um delicioso teclado que instantaneamente nos remete ao gênero do vampiro clássico, tendo em seus acordes uma antecipação grandiosa, mas ao mesmo tempo divertida. O clima vai pesando quando a percussão fica mais grave e as cordas entram, assim como o órgão que nos lembra que este pode ser um filme de terror sério. É uma faixa que atinge o brilhantismo de ser ao mesmo tempo nostálgica e moderna, e também representando com maestria o vampiro Jerry.

Uma das mais interessantes variações é How to Kill a Vampire, onde a inseparável guitarra de Djawadi pontua a cena em que Charley se prepara para… Er, bem, matar um vampiro. A música mais pesada e heróica ajuda a dar força para o protagonista, assim como preparar terreno para o clímax. E naõ se enganem: mesmo que a aventura e humor tomem conta de boa parte da trama, A Garlic OmeletI Can Hear you Breathing apostam em cordas lentas e amedrontadoras para momentos mais tensos, como a invasão de Charley à casa de Jerry ou a inesperada transformação de Ed.

E ainda que não estejam no álbum, vale a menção honrosa pelo excelente uso de “99 Problems”, de Hugo, para a animação dos créditos finais. Captura com eficiência o clima de Las Vegas e toda a essência da história.

A trilha de A Hora do Espanto talvez seja o melhor trabalho do compositor Ramin Djawadi, que consegue com perfeição criar uma música empolgante, nostálgica e que presta homenagem ao gênero escolhido, ainda mais considerando como é complicado misturar comédia e terror.

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