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Crítica | Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras

por Melissa Andrade
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Desde que Crepúsculo chegou aos cinemas os vampiros ganharam certa repaginada. Não mais as famosas criaturas sombrias da noite, agora, eles podem usufruir livremente da luz do dia e se misturar aos mortais. Felizmente, para o bem dos criadores, há público para todos os gostos.

Stephanie Meyer pode ser considerada pária para muitos escritores famosos como Stephen King, mas a verdade é que ela assim como outros trouxeram o gosto da leitura para os jovens e injetaram neles a curiosidade em buscar mais sobre determinados assuntos. E não podemos esquecer que Hollywood quer acima de tudo lucrar com essas histórias.

Com isso, Richelle Mead outra autora americana famosa por sua saga de livros vampirescos quase chegou aos cinemas brasileiros, mas, por motivos estratégicos (marketing como sempre) Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras foi lançado direto como telefilme, ou seja, na televisão.

Rose (Deutch) e Lissa (Fry) são fugitivas. Porém, do que elas estão fugindo, não sabemos. Infelizmente, as duas são pegas e obrigadas a retornarem para a academia e finalizar os estudos. Tudo isso seria perfeitamente normal se Rose não fosse uma Dampiro e Lissa uma Moroi pertencente a uma antiga linhagem real de vampiros. Antes que isso confunda a cabeça de alguém, vamos às explicações: Dampiros fazem parte de uma linhagem de mortais com uma espécie de sobrevida. Não possuem necessariamente poderes, e sim, um conjunto de habilidades para a batalha e são encarregados de proteger os Moroi, vampiros em toda sua natureza, sem passeios a luz do dia, mas que possuem o controle de algum dos quatro elementos. E sim, eles bebem sangue através de doadores solícitos e não precisam sair para caçar.

No entanto à volta para a academia será pontuada de problemas a começar pela punição de Rose que terá aulas intensas com seu novo tutor Dimitri (Danila) para poder acompanhar a evolução dos demais alunos dampiros. Com isso, ela terá que passar menos tempo perto de Lissa o que não a impedirá de saber o que está acontecendo com a amiga já que ambas possuem uma ligação bem especial. E justamente por isso, Rose consegue pressentir quando a Moroi está em perigo. Alguém dentro dos muros da academia quer expor um segredo que Lisa e Rose vêm guardando a sete chaves e agora, Lisa precisa ser mais corajosa e Rose precisa controlar seu temperamento explosivo que sempre a coloca em enrascadas e dessa forma, desvendar quem está por trás de todos os ataques.

Fato é que muitos irão torcer o nariz para mais uma empreitada vampiresca que foge completamente a base das melhores histórias do gênero. Ainda assim, como mencionado anteriormente, não dá para negar que há certo valor nesse tipo de narrativa.

O filme em toda a sua essência teen tem lá seus méritos mesmo que seja para nos fazer rir. A começar pela protagonista, Rose que não é nada inocente ou fica pelos cantos se lamuriando. A atriz Zoey Deutch tem empatia para dar e vender e é a principal responsável por consegui cativar o espectador do início ao fim do longa. No mais, é uma chuva de clichês e atuações medíocres, o que inclui até o próprio Gabriel Byrne que faz uma participação.

E é um tanto interessante ver surgir uma terceira espécie de vampiros, os Strigoi que caçam os Moroi para matá-los ou transformá-los. Esses são vampiros em toda a essência da criação e do que é comumente conhecido. Contudo, o que é realmente interessante são as questões políticas abordadas ainda que de leve ao longo do enredo. Todas em cima de uma única coisa: poder.

Academia de Vampiro: O Beijo das Sombras é um filme ótimo para adolescentes ou aqueles que por um acaso leram os livros e se interessam pelo assunto. Os livros são seis volumes e foram lançados pela Editora Agir.

Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras (Vampire Academy – 2014)
Direção: Mark Waters
Roteiro: Daniel Waters
Elenco: Zoey Deutch, Lucy Fry, Danila Kozlovsky, Gabriel Byrne, Dominic Sherwood, Olga Kurylenko, Sarah Hyland, Cameron Monaghan, Sami Gayle, Ashley Charles, Claire Foy, Joely Richardson
Duração: 104 min.

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