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Crítica | Agents of S.H.I.E.L.D. – 2X09: …Ye Who Enter Here

por Ritter Fan
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estrelas 3

Aviso: Há SPOILERS na crítica.

Tive uma sensação estranha quando …Ye Who Enter Here acabou. Esse é um daqueles episódios que revela importantíssimos segredos, mas que, se realmente espremermos, tudo poderia ter sido explicado da mesma maneira em algum outro capítulo, tornando esse um dos únicos fillers dessa temporada, um verdadeiro “prelúdio enrolador” do vindouro midseason finaleWhat They Become, ainda que bem melhor do que o pior episódio até agora, que foi Face My Enemy. Fiquei na dúvida se gostei.

Por um lado, fiquei muito feliz ao finalmente ter a confirmação final de que o alienígena azul que vimos na temporada passada pela primeira e em flashes durante a 2ª temporada, é mesmo um Kree. Isso acontece durante um diálogo entre Raina e Skye à bordo do “avião invisível” da S.H.I.E.L.D. (Mulher-Maravilha, morra de inveja!) em que Raina também conta que Sky não é alienígena (mais um mistério revelado!), mas sim que as duas são “dignas”, ou seja, têm algo em sua constituição que as torna capazes não só de manusear o Obelisco, como a entrar na cidade escondida. São as escolhidas pelos Kree para serem algo mais do que são.

O que isso quer dizer? Bem, se isso não é a mais clara e definitiva confirmação de que os Inumanos realmente terão sua mitologia apresentada na série, então não sei mais o que pode ser. Só se Raio Negro (o rei do Inumanos, para quem não sabe) aparecer e “falar” isso com todas as letras. Portanto, considero que mais esse mistério foi definitivamente encerrado. Claro, ainda há muito por vir, muito a descobrir sobre a tal cidade escondida embaixo de Porto Rico (e a menção à Atlântida foi algo realmente divertido), pois dela só vemos um duto de ventilação, mais nada.

Por outro lado, todo o episódio é construído de maneira a culminar nesse curto diálogo em que muita coisa é revelada. Vale a viagem? Certamente que sim, mas aquele gosto ruim de que fomos “engrupidos” não saiu até agora de minha boca. É algo compreensível, de praxe mesmo em episódios imediatamente anteriores a midseason finales. É a costumeira calmaria antes da possível tempestade.

Não que tudo seja um marasmo completo. Não é. Há até uma boa surpresa, com a volta da Agente 33 (lembram a luta “May vs May” em Face My Enemy?) ainda presa na “máscara” de May, mas com rosto parcialmente deformado. Cria-se uma potencial vilã interessante e o nome de “Madame Máscara” logo pulou em minha mente quando ela surgiu. Há também um bom uso de Mack, finalmente em campo, sendo o “porquinho da índia” escolhido para descer no tal tubo de ventilação da cidade misteriosa (que é Attilan ou um entreposto) e sendo transformado em um zumbi destruidor. Só espero que ele não tenha morrido, depois de voltar lá para dentro de maneira, digamos, “rápida”, pois ele é um ótimo novo personagem, com potencial não realizado.

Além disso, há o encerramento, com Ward voltando para levar Raina e Skye de volta, ainda que Skye não tenha sido parte dos planos do Dr. Whitehall, o que demonstra que ou Ward está jogando do lado de Coulson ou ele está jogando apenas para ele mesmo. Essa definição ainda deve demorar um pouco mais.

A questão é que, agora, o próximo episódio precisa fugir do receio de mostrar a cidade (ou o tal templo que tem sido mencionado várias vezes) e de fazer uso do misterioso pai de Skye. Afinal de contas, não faz sentido deixar Kyle MacLachlan muito mais tempo de fora, com apenas aparições esporádicos. Seu personagem e sua atuação são bons demais para esse desperdício. Além disso, a nova tentativa de interação entre Fitz e Simmons já deu o que tinha que dar e podia acabar de uma maneira ou de outra.

Gostei das poucas sequências de ação, que receberam capricho da coreografia, ainda que as câmeras lentas estejam começando a ficar repetitivas. A fotografia em toda a cena de ação no local onde se localiza o tubo de ventilação merece destaque, ainda que as sequências externas, à luz do dia, especialmente as aéreas, tenham sofrido com o peso de um CGI não muito convincente.

No entanto, apesar de o roteiro de Paul Zbyszewski ter tentado emprestar ares de importância à toda narrativa, tudo realmente converge para o curto diálogo entre Raina e Skye no avião. O resto é perfumaria.

A partir daqui, listo as (possíveis) referências ao Universo Marvel em quadrinhos desse episódio:

1. Alien azul (mencionado) – Finalmente temos a confirmação de que é um Kree. Os Kree vieram para a Terra há milhares de anos (milhões de anos, nos quadrinhos) e fizeram experiências com alguns humanos que, antes, haviam sido experimentados pelos Celestiais, raça primordial do Universo. Esses humanos ganharam poderes especiais e passaram a se chamar Inumanos, vivendo na cidade escondida (na Lua, no Tibet, sobrevoando Nova Iorque, você escolhe – mas nunca Porto Rico, como na série) de Attilan.

2. Pai de Skye (mencionado) – Kyle MacLachlan vive o pai de Skye, um louco furioso que perdeu a esposa assassinada por Reinhardt/Whitehall e deseja se juntar à Skye. Provavelmente é um Inumano.

3. Dr. Daniel Whitehall (ou Werner Reinhardt, originalmente) – Nos quadrinhos, Daniel Whitehall é um lendário agente da Hydra conhecido pelo codinome Kraken. Na série, ele é o líder da Hydra, aparentemente abaixo do Barão Strucker.

4. Cidade misteriosa – Attilan, a cidade dos Inumanos ou algum entreposto semelhante?

5. Diviner/Obeslico – Objeto misterioso cujos segredos o Dr. Whitehall quer descobrir. O pai de Skye o chama de Diviner, que, nos quadrinhos tem relação genérica com os Inumanos e afirma que ele é algum tipo de chave para ser usada no templo da cidade misteriosa achada por Coulson.

Agents of S.H.I.E.L.D. – 2X09: …Ye Who Enter Here (EUA, 2014)
Showrunner: Joss Whedon, Jed Whedon
Direção: Billy Gierhart
Roteiro: Paul Zbyszewski
Elenco: Clark Gregg, Chloe Bennet, Ming-Na Wein, J. August Richards, Iain De Caestecker, Elizabeth Henstridge, Brett Dalton, B.J. Britt, Nick Blood, Adrian Pasdar, Hayley Atwell, Kenneth Choi, Neal McDonough, Henry Simmons, Brian Patrick Wade, Henry Simmons, Dylan Minnette, Kyle MacLachlan, Reed Diamond, Simon Kassianides, Adrianne Palicki, Tim DeKay
Duração: 43 min.

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