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Crítica | Aventuras do 4º Doutor – 3ª Temporada

por Luiz Santiago
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Temos aqui as críticas para os episódios da 3ª Temporada das Aventuras do 4º Doutor, com exceção de Zygon Hunt, que recebeu uma crítica separada, por ocasião de seu lançamento, em 2014. Entre cada um dos episódios, o leitor continuará com as pequenas análises para as Short Trips, que são os contos das coletâneas lançadas no Reino Unido a partir de 1998.

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One Bad Apple faz parte da antologia More Short Trips (1999). O 4º Doutor e Leela se materializam na selva de um belo planeta. Leela experimenta um fruto local, o que a fará compreender uma besta que eles acabam perseguindo, enquanto o Doutor não faz ideia do que o animal e Leela estão falando. O Doutor e Trok’larr, o animal, usam Leela como intérprete para trocar informações. O Doutor é cercado por soldados e é capturado. Trok’larr é morto e Leela busca abrigo na vila onde o povo de Trok’larr vivia. O Doutor descobre que os soldados são humanos parcialmente Cyberconvertidos, abandonados no local quando os Cybermen foram derrotados. Com um drama paralelo envolvendo soldados de nome Caim e Abel e transferência de informações através dos frutos, a história se resolve com uma promessa de segredo entre as partes. [Simon Forward. 3/5]

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The King of Sontar

3X01

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Equipe: 4º Doutor, Leela
Espaço: Planeta Dowcra
Tempo: Século 26

The King of Sontar abre a terceira temporada das Aventuras do 4º Doutor. A história coloca os Sontarans em uma situação diferente, considerando a Série Clássica. Novo uniforme e nova forma de enfrentar um grande inimigo, alguém que nem eles, a grande raça guerreira, conseguem matar: um Sontaran criado a partir de um “erro de clonagem”. Essa criatura, que é muito maior, mais forte e com ideais bem mais amplos do que qualquer outro Sontaran já teve, é o inimigo que o Doutor e Leela enfrentam nessa saga, que também serve como um tipo de “educação” para Leela, como vimos na 1ª Temporada da série. Mas o impasse aqui, envolvendo o vilão e a educação da selvagem, é bem diferente.

A história possui duas linhas de drama, uma mais ou menos liderada pelo Doutor e outra mais ou menos liderada por Leela. Esse “mais ou menos” é porque as ações de ambos, mesmo separadas, dependem uma da outra e são partes distintas de um todo, não histórias realmente independentes e com cenários próprios dentro desse Universo. Isso é interessante, porque mostra como cada um deles enxerga o mundo e exerce o seu poder de julgamento e execução de ordens ou punições, algo que será marcante para a relação entre Senhor do Tempo e companion no final da trama.

O roteiro força um pouco as ações de Strang na parte final do arco, mas no todo, consegue criar uma ótima aventura com os Sontarans, com um princípio novo, um espécime de alguma forma novo dentro da mesma raça e um final que traz uma crise moral para o relacionamento do Doutor e Leela, que cogita deixá-la de volta em seu planeta, devido sua ação no desfecho da história. A conversa final dos dois é tocante e a atriz Louise Jameson interpreta muito bem esse lado mais dócil da selvagem Leela. Uma ótima habilidade que vimos crescer ao longo seu sua jornada ao lado do Doutor.

The King of Sontar (Reino Unido, janeiro de 2014)
Direção:
Nicholas Briggs
Roteiro: John Dorney
Elenco: Tom Baker, Louise Jameson, Dan Starkey, David Collings, John Banks, David Seddon, Jenny Funnell
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White Ghosts

3X02

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Equipe: 4º Doutor, Leela
Espaço: Planeta não nomeado no extremo do Universo
Tempo: Indeterminado

O início dessa história nos traz a continuação do relacionamento do Doutor e Leela, levantando o fato dele ter ficado muito bravo com ela, por ter matado os clones de Strang, e por ter passado dias sem falar com a companion. Aqui vemos Leela aprender a ler e passar um bom tempo na biblioteca, o que aqui e na aventura seguinte será de grande ajuda para a identificação e formas de agir contra alguns monstros. Cada vez mais, percebemos que Leela ganha conhecimento e passa a agir de forma mais estratégica, com arcabouço teórico para isso. Nos arco da TV não percebemos essa postura, mas pelo menos nessas Aventuras do 4º Doutor, essa qualidade está em destaque.

O Doutor materializa a TARDIS em um planeta na borda do Universo, completamente escuro, onde a luz aparece apenas a cada grupo de milhares de anos. Como consequência disso, as espécies vegetais ficam dormentes, ou parcamente desenvolvidas, até começarem a sentir a chegada da luz e crescerem de aneira vertiginosa, durante as horas de iluminação milenar, e então voltarem ao ciclo anterior, ao anoitecer. Nesse lugar escuro e com plantas em estágio avançado de crescimento, há algo mais escondido que não agrada ao Doutor e à equipe de pesquisa que lá está. Além, é claro, de um míssil que está prestes a alcançar o planeta.

Para uma história com um princípio tão interessante, as distrações narrativas são um verdadeiro tiro no pé. O texto deveria se preocupar apenas com a parte interessante da história, criar uma trama botânica, mais ou menso na linha de The Seeds of Doom, mas ao invés disso, sobrepõe problemas com os quais o espectador não possui o mínimo de identificação, diminuindo a qualidade da obra, que apesar dos acertos e certa coerência nos ajustes finais, também não termina de maneira interessante.

White Ghosts (Reino Unido, fevereiro de 2014)
Direção:
Nicholas Briggs
Roteiro: Alan Barnes
Elenco: Tom Baker, Louise Jameson, Virginia Hey, Bethan Walker, Gbemisola Ikumelo, James Joyce
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The Crooked Man

3X03

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Equipe: 4º Doutor, Leela
Espaço: Eastwold, Inglaterra / Terra da Ficção
Tempo: Século 21

Aqui o Doutor está de volta à Terra da Ficção, um lugar que já vimos representado de maneira muito criativa no arco The Mind Robber e o no conto O Mistério da Cabana Assombrada. Com uma excelente investida do fator humano, tendo na história um bebê e um pai com quem imediatamente simpatizamos, fica difícil não gostar da história, até porque o entrelaçamento entre verdade e mentira, passado e presente ou forças que não se podem conter é bem realizado, talvez com um pequeno desvio na reta final, com os personagens pouco importante de livros menores, atrapalhando o encerramento.

Algumas boas histórias que Leela conhecia desde seu início de leituras em The King of Sontar aparecem aqui e são de grande ajuda para o combate contra o vilão, o chamado Crooked Man. Como algumas chaves para se interpretar a situação do presente está no passado de um dos personagens, o espectador fica procurando brechas e caminhos possíveis para justificar a “mágica” de certas coisas. As respostas vão vindo aos poucos, chegando com as explicações adicionais no desfecho, fazendo uma separação que é de cortar o coração.

Batalhar contra personagens de livros é um conceito tremendamente interessante e é muito bom ver esse princípio ser mais uma vez bem executado em uma obra da série. O ciclo de “história de ninar” ligado ao cerne de todo o roteiro volta a ser usado no último monólogo, apresentando-nos um embate mudo entre o personagem e o humano. Entre a perfeição de um e a realidade do outro, o que você escolheria?

The Crooked Man (Reino Unido, março de 2014)
Direção:
Nicholas Briggs
Roteiro: John Dorney
Elenco: Tom Baker, Louise Jameson, Neil Stuke, Sarah Smart, Robin Pearce, Richard Earl, Lizzie Roper

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The Evil One

3X04

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Equipe: 4º Doutor, Leela
Espaço: Nave Moray Rose / Planeta Secus
Tempo: Indeterminado

Trazendo à tona toda a mitologia de The Face of Evil, este episódio elenca o Mestre, mais uma vez disfarçado, trabalhando com uma espécie parecida com um louva-deus que possui grande poder de sugestão. Desde o início do episódio vemos Leela assustada pelos pesadelos que estava tendo. Quando é dominada pela influência telepática, após ser capturada na nave Moray Rose, ela tem esse cenário dos sonhos ruins intensificado negativamente pelo Mestre. Fingindo trabalhar com os Salonu, o grande nêmesis do Doutor irá inverter toda a experiência que a companion teve desde que saiu de seu planeta natal.

Nicholas Briggs acerta a mão na interação dos tripulantes da TARDIS com os tripulante da Moray Rose, inclusive no primeiro contato com o Mestre, que se disfarça tanto de Xoanon quanto de Inspetor da Polícia Planetária, o Sr. Efendi, que significa “Mestre” ou “Senhor”, em turco. Os desajustes que vemos na resolução do caso, especialmente na derrota do Mestre, não são tão interessantes quanto a apresentação e o desenvolvimento, mas também não são um desastre que diminuem a aventura. Sem contar que a representação de Leela aqui, acreditando que tudo o que o Doutor viveu ao lado dela é uma mentira, nos faz sentir uma pequena pontada de traição, mesmo que a selvagem não tenha culpa do que estava fazendo ou acreditando.

Talvez se os Salonu não tivessem repentinamente resolvido se colocar contra o Mestre, o final tivesse seguido um caminho menos abrupto, com uma junção de planos que realmente fizesse sentido para um vilão do porte do Mestre. A conversa entre o Doutor e Leela — lembremos que esta temporada começa com uma mancada dela e um desentendimento com o Doutor — e a culpa que a companion sente são simbólicas para esta fase do relacionamento dos dois, e como eu falei no episódio anterior, é bom que isso aconteça no Universo expandido, para que tenhamos uma visão mais rica dessa personagem e, por quê não, também do Doutor, nessa caótica quarta encarnação.

The Evil One (Reino Unido, abril de 2014)
Direção:
Nicholas Briggs
Roteiro: Nicholas Briggs
Elenco: Tom Baker, Louise Jameson, Geoffrey Beevers, Michael Keating, Gareth Armstrong, Nicholas Briggs

Nanomorphosis faz parte do livro Short Trips: Destination Prague. Praga, século 24. O 4º Doutor, Sarah e Harry chegam em um museu e descobrem que uma das exibições é, na verdade, o corpo de uma pessoa real. Eles são presos pelo crime e o Doutor acaba sendo liberado para ajudar a investigar o acontecimento. Eles descobrem que nanocápsulas dominaram a cidade, criando coisas, de casas a carros. O Doutor descobre que o morto era um dançarino e, fazendo uso de um download feito pelo assassino, consegue ajudar a encontrá-lo na lista de suspeitos. [Stephen Dedman. 2/5]

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Last of the Colophon

3X05

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Equipe: 4º Doutor, Leela
Espaço: Planeta Colophos
Tempo: Século 40

Com uma mistura de imaginário do Egito Antigo e diretamente inspirado em O Homem Invisível (1933), Last of the Colophon traz um tipo diferente de terror para completar o círculo que marcou o arco que o antecedeu,  The Talons of Weng-Chiang, e o arco que o sucedeu, Horror of Fang Rock. A obra tem um ótimo início e um relacionamento nada simpático — sob ameaças — do Doutor e Leela com os tripulantes da nave Oligarch, situação que em pouco tempo mudaria por completo. Além disso, uma das cenas icônicas da primeira metade da história relembra a dinâmica da abertura de um portão pelo 2º Doutor em The Tomb of the Cybermen.

Com tanta referência interessante à Série Clássica, não é de se espantar que Last of the Colophon seja uma história instigante, cheia de reviravoltas e com um vilão envolvido em faixas, nos lembrando o criminoso de O Homem Invisível, com alguma vantagem estratégica sobre o Doutor, Leela e os acompanhantes temporários. O texto se desenvolve com surpresas e revelações compassadas, fazendo com que os recém-chegados ao planeta Colophos partam para uma ação e depois se vejam em uma armadilha, algo que aos poucos não vai dando muito certo para o vilão, mas que certamente segue um caminho coerente, funcionando até o final.

A eternidade de uma vida versus uma existência de crimes e mortes são os conceitos paralelos trabalhados na história, o que nos faz ter cada vez mais raiva de Astaroth Morax. Há algumas sequências redundantes em termos dramáticos, mas nada que atrapalhe por completo a apreciação da história, que tem um desfecho inesperado (um pouco mais longo do que o que esperávamos de um episódio da série) e bem estruturado. E na derradeira cena, vemos o Doutor fazer uma piada que mesmo sendo infame, não conseguimos deixar de rir. Um alívio cômico necessário depois de uma história com mortes cruéis e um tipo diferente de cientista louco.

Last of the Colophon (Reino Unido, maio de 2014)
Direção:
Nicholas Briggs
Roteiro: Jonathan Morris
Elenco: Tom Baker, Louise Jameson, Gareth Thomas, Jane Goddard, John Voce, Jessica Martin, Blake Ritson

The Last Thing You Ever See faz parte do livro Short Trips: How the Doctor Changed my Life. O 4º Doutor está usando o Time Ring para viajar com Sarah and Harry. Eles echegam a uma aparentemente deserta estação espacial e começam a explorar. O Doutor e Sarah separam-se de Harry e enfrentam uma série de armadilhas. Harry é levado como paciente e passa por uma série de “tratamentos” feitos por diferentes médicos. O Doutor e Sarah conhecem o androide Henry, que os informam que estão em Desolii, uma famosa nave fantasma para a qual o Doutor tem os códigos de desativação. Ele consegue cortar a energia da nave e o trio parte para encontrar Harry. Infelizmente, os gritos de Harry destroem o androide. O Doutor explica que a morte da tripulação (e os “fantasmas” que viram) eram microscópicos robôs-psiquiatras que infestaram a nave e e eram eles que estavam torturando Harry. Eles voltam a encontrar a TARDIS e, depois, Harry analisa tudo o que aconteceu com ele e decide que seu período de aventuras na TARDIS chegara ao fim. [Richard Goff. 3,5/5]

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Destroy the Infinite

3X06

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Equipe: 4º Doutor, Leela
Espaço: Planeta Delafoss / Nave Infinite
Tempo: Indeterminado

Parece que esta é mesmo a temporada em que o Doutor se coloca de uma vez por todas contra as ações de Leela, mesmo que em alguns casos — como neste Destroy the Infinite — a atitude da companion seja plenamente justificada pelo cenário de guerra e ataque, além do fato de, se ela não tivesse agido do modo como agiu, o Doutor certamente teria morrido. Mas a recusa final do Time Lord em ser convidado de honra do povo de Delafoss nos deixa atentos para algo que ele teme, mas que não sabemos ao certo o que é. Depois de um tempo, a revelação feita por ele a Leela traz um futuro que ninguém gostaria de ver. Parece que a Eminência terá um papel muito importante e mortal através da galáxia.

As relações do Doutor e Leela com os nativos nesta aventura se parecem com o da aventura anterior, mas não só isso. Aqui também conseguimos fazer uma comparação com o primeiro contato e o mundo de teorias da conspiração, ditadura, mortes e grupos de resistência visto em The Enemy of the World. As dificuldades aqui encontradas são de ordem mais grave, mais organizada, mais parecida com a sociedade contemporânea. Talvez exista uma mensagem ecológica em algum ponto das primeira parte do episódio, mas ela é rápida e logo o clima de guerra e grupos de luta dominam o enredo. O papel de Leela é decisivo para o avanço dos rebeldes e a salvação do Doutor.

Para mim, a presença de um vilão tão bom e com tanto poder quanto a Eminência mereceria maior participação das forças contrárias ao Doutor e seus aliados, algo um pouquinho mais teórico, com diálogos que nos dessem uma visão maior do mal como algo palpável e de fato ameaçador. Não que não seja do modo como foi apresentado aqui, mas certamente poderia alcançar um resultado melhor nessa seara. De qualquer forma, sabemos que este personagem voltará a atormentar o Doutor em outras encarnações. Ainda haverá oportunidades para conhecermos melhor as suas intenções e quem ele verdadeiramente é.

Destroy the Infinite (Reino Unido, junho de 2014)
Direção:
Nicholas Briggs
Roteiro: Nicholas Briggs
Elenco: Tom Baker, Louise Jameson, David Sibley, Michael Fenton-Stevens, Clive Mantle, Hywel Morgan, Christine Roberts, Ian Hallard

To Kill a Nandi Bear faz parte do livro Short Trips: Past Tense. A TARDIS se materializa na Niassalândia (atual Malawi), e o 4º Doutor, Sarah e Harry são encontrados examinando o corpo de um nativo. O xamã da tribo declara que o homem foi morto por um “Nandi Bear,” um animal mágico. Quando Harry questiona isso, o xamã diz que os estrangeiros são feiticeiros maléficos que invocaram o Nandi Bear para matar Mposi. O chefe dá a chance de o Doutor se salvar, capturando o Nandi Bear. Com uma amizade improvável entre o chefe da tribo e o Doutor, eles criam um plano para enganar o xamã e evitar que mais pessoas da tribo fossem mortas. Harry entra na TARDIS, pega um traje de gorila, atrai a caçada até a nave e o Doutor afirma que o animal feroz foi capturado pela caixa azul e ele e Sarah vai segui-lo, então se desmaterializa. O xamã percebe que foi enganado e mata o chefe da tribo. Sarah nota que eles, com o ato que fizeram, “confirmaram” a existência do tal animal mágico no imaginário da tribo, causaram a morte da pessoa mais racional dentre eles e atrasaram o pensamento local em mais alguns séculos. [Paul Williams. 4/5]

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The Abandoned

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Equipe: 4º Doutor, Leela
Espaço: TARDIS
Tempo: Indeterminado

Ocorrida inteiramente dentro da TARDIS, The Abandoned é diferente de todas as outras histórias que tivemos nessa temporada das Aventuras do 4º Doutor. Cômica, cruel, instigante, com uma trama inteligente e personagens originais e bem escritos, ela serve como um olhar maroto para o passado do Doutor, para a época em que ele era criança, em Gallifrey, e tinha um amigo imaginário. Também traz a informação sobre algo que jamais deve ser nomeado, desenhado e sequer sussurrado pelos Time Lords, que são proibidos de ir até lá: o Point of Stillness.

O espectador começa a história com uma simpática interação entre o Doutor e Leela, finalmente unidos e aparentemente juntos para fazer algo funcionar. “Nada menos nada é igual a nada” e outras bobagens típicas do 4º Doutor são ditas e nos divertem, até que a coisa se torne pouco a pouco mais macabra, talvez com uma pontada de suspense sobre quem são os misteriosos personagens que aparecem. Progressivamente eles ganham voz (um mínimo de confusão nesse início é percebida, mas nada que atrapalhe a compreensão) e dominam a cena, chegando a dominar a TARDIS e confundir o Doutor, que deve lutar para manter a sua sanidade e impedir que a Time Lady Marianna chegue ao “lugar que não deve ser nomeado“.

A forma como os “vilões” da história se comportam, com todas as gargalhadas, criam uma atmosfera tipo “Coringa atormentando o Batman”, mas não chega nem perto de ser algo maléfico ou realmente mortal. Toda a situação é bizarra (no bom sentido) e diverte o espectador, ao mesmo tempo que coloca todos em ação, não fugindo, inclusive, do arco de excelentes incursões de Leela no desenvolvimento e resolução dos problemas ao longo desta temporada. Tirando a pequena confusão no início da apresentação dos “vilões”, The Abandoned é uma história simplesmente fenomenal.

The Abandoned (Reino Unido, julho de 2014)
Direção:
Ken Bentley
Roteiro: Nigel Fairs, Louise Jameson
Elenco: Tom Baker, Louise Jameson, Stephanie Cole, Mandi Symonds, Andy Snowball, Nigel Fairs

Conscription é parte do livro Short Trips: Christmas Around the World. O 4º Doutor está sendo perseguido. No processo, ele para nas ruínas de um museu militar e entra no prédio. Ele localiza um disco dourado que, quando colocado no console da TARDIS, mostra um mapa estelar, com a localização da Terra. / É Natal e Sarah está com o Doutor. Eles estão em uma ruína, onde um grupo de homens tentam matar o Doutor. Algo mata dois dos homens e alguns outros entram na ruína da nave onde Sarah estava escondida. Um grande guerreiro reptiliano, vestindo uma armadura. O Doutor tenta convencer o guerreiro de que sua missão acabou e lhe mostra o conteúdo do disco, mas não é ouvido. O Doutor usa o disco para desativa a armadura do reptiliano. Este se transforma novamente em um crocodilo e deixa a nave. A armadura era o ocupante da nave, uma espécie de “casca” que usava a forma dominante de vida do lugar onde pousava e a fazia guerreiro. De volta à TARDIS, o Doutor coloca o disco no topo da árvore de Natal. [William Potter. 3/5]

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