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Crítica | Batman: Pulp Fiction

por Erik Blaz
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Como o resto do país, Gotham City saltitava de otimismo inocente…Pois ninguém imaginaria os dias sombrios que estavam adiante.

Este é mais um conto do Túnel do Tempo (Elseworlds para os mais familiarizados) onde os heróis da DC Comics são “retirados” de seus cenários e por vezes, tendo sua história recontada, nos mostrando como seriam suas escolhas e ações mediante uma nova situação ou era cronológica totalmente diferente, como em Batman: A Guerra da Secessão ou Morcego de Aço.

Mas caso o leitor tenha imaginado uma cena como na imagem abaixo por causa do título, então calma, leia esta batcrítica e entenda melhor!

Mesmo seguindo uma linha de erotismo, gangsters e drogas como no filme Pulp Fiction, esta mini-série segue com a base mas esta longe da obra de Tarantino.

O Cenário ainda é a tão sombria Gotham, porém o ano é 1961. Certamente um ano cheio de mudanças e que são exemplificadas na obra de Howard Chaykin como Kennedy assumindo a presidência, a Guerra do Vietnã e até mesmo sobre Elvis.

Mas indo direto ao ponto, a grande jogada de Chaykin esta na “descaracterização” de vários personagens, realmente mostrando como estes seriam nesta época e inovando de maneira bem criativa, vilões e heróis, mesmo sem se importar com mudanças de gênero ou sexo. Bruce Wayne aqui, pode até ser o maior detetive do mundo, mas esta longe de ser o príncipe de Gotham, tudo devido a crise de décadas atrás e dividas deixadas pelo pai, mas trabalha com James Gordon. Então, como fica a dupla dinâmica?

Bem, o que aconteceria se Bárbara Gordon, herdeira de uma fortuna deixada pela mãe, comprasse aquela mansão nos subúrbios do norte de Gotham deixada pelos Waynes?

Nossa Dupla Dinâmica então é formada por uma (lindíssima e sensual, diga-se de passagem) Batgirl com seu amante Robin.

Ambos lutam contra o crime organizado de Gotham, a polícia corrupta e uma… Coringa!
Assim, como o palhaço do crime, outros vilões como Duas Caras, Mr. Freeze e personagens coadjuvantes também são reconstruídos.
O Batman mesmo se torna uma criação pós tantas armadilhas criadas pelos vilões e com ajuda da bela ruiva que certamente marca tanto quanto o protagonista. Logo percebemos que há um triangulo amoroso na história, trabalhado bem de certa forma e também uma curta demonstração de homofobia da época.

A trama realmente toma peso na segunda parte com acontecimentos de grande impacto. A ótima narrativa aumenta a pitada de emoção, mesmo tendo lido em duas traduções diferentes da obra, é perceptível a bem feita construção desta parte.

As ilustrações de Dan Brereton são realmente encantadoras, puxando para um tom mais realista. Contudo, em minha opinião, criando alguns estilos e biotipos muito semelhantes entre personagens, como no caso de Bruce Wayne, Roy Harper e Dick Grayson, que por vezes são desenhados de forma semelhante… Contudo, Brereton nos mostra como consegue criar uma perspectiva mais sensual (afinal, fez capa até para a Vampirella) e colocando muito bem emoção na cara dos personagens.

A obra em duas edições de Chaykin nos apresenta muito bem seus personagens, reconstruídos para a época em cenários um pouco diferentes, sem perder a ideia de Batman trazida de sua forma original para este “novo” conto do Homem-Morcego.

Batman: Pulp Fiction
Publicação: Março de 2002
Roteiro: Howard Chaykin
Arte/Cores/Capas: Dan Brereton
Editora: DC Comics
Editora no Brasil: Mythos Editora
Páginas: 132

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