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Crítica | Diablo III: Reaper of Souls

por Guilherme Coral
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estrelas 4,5

Com o advento do downloadable content, o que mais vemos no mercado são jogos lançados ainda incompletos. Priorizando o lucro, em detrimento da satisfação do consumidor, muitos pacotes adicionais vão ao ar no mesmo dia do lançamento do game, com conteúdo retirado do produto principal somente para serem vendidos separadamente. Neste meio, contudo, ainda podemos contar nos dedos os poucos exemplos de materiais que realmente acrescentam algo ao jogador, dlcs que, de fato, foram pensados como um acréscimo à obra final, visando a continuação da experiência que, por si só, já era completa. Dentre essas raras ocorrências podemos incluir Reaper of Souls.

Já experiente na realização de expansões a Blizzard Entertainment conta em seu “currículo” itens como Brood Wars, The Frozen Throne, Lord of Destruction e Heart of The Swarm. Todos pacotes que continuam a história dos jogos originais, acrescentando inúmeros recursos que somente melhoram a experiência. Fica óbvia a diferença somente de analisarmos o espaço entre os lançamentos: todos foram às lojas com um ano de distância do game o qual expande. Já era claro que o correspondente a Diablo III não seria diferente. O que vemos nesse conteúdo extra é uma completa melhoria, acrescentando não só uma classe nova, como um novo ato do modo campanha, um npc (non player character) e um novo e extremamente recompensador modo aventura.

O mapa do modo aventura

O mapa do modo aventura

Após a derrota do Lord of Terror nas mãos do Nephalem, a Black Soulstone é levada por Tyrael e a recém-reerguida ordem dos Horadrin para um local seguro (os jogadores de Diablo II irão achar o local bastante familiar). Ao chegarem lá, porém, são interrompidos por uma figura que somente é mencionada no game original, o antigo arcanjo da sabedoria, Malthael, que agora se identifica como o Anjo da Morte. Em uma cutscene digna do toda a fama da Blizzard vemos aquele ser ameaçador roubando a Black Soulstone e iniciando uma onda de ataques aos humanos a quem considera seres demoníacos. Perante todo o caos gerado pelo anjo caído, cabe ao Nephalem interromper sua malícia.

Reaper of Souls já em sua história demonstra grande mérito ao nos passar uma clara sensação de passagem de tempo desde o game original. É palpável a influência de nossas ações em Diablo III e vemos isso não só através de diálogos de personagens como a própria ambientação da expansão. Agora estamos em Westmarch e passamos por diversas novas localidades, algumas das quais vimos na segunda entrada da franquia. Como no original, o novo Ato V nos leva de cidades a cavernas à procura de Malthael e possui uma duração similar aos três primeiros atos. A campanha somente peca em seu encerramento que soa apressado, principalmente levando em conta a cutscene final.

O término do modo história, contudo, não significa que teremos de refazê-lo, como é o costume na série. A inserção do modo aventura acrescenta dois novos tipos de jogabilidade. O primeiro é a realização de bounties: separadas ao longo dos cinco atos precisamos matar determinadas criaturas ou “limpar” dungeons a fim de receber uma recompensa específica. O segundo são os Nephalem Rifts, que basicamente são lugares gerados aleatoriamente nos quais devemos matar uma quantidade determinada de monstros. Assim como no jogo base, quanto maior a dificuldade, melhores os tesouros coletados. Tal modo extra garante ao jogador conteúdo quase que ilimitado, melhorando ainda mais o replay que já estava pleno graças à atualização do loot 2.0.

O Cruzado

O Cruzado

Aumentando ainda mais a sensação de recompensa do game, temos o aumento do limite de níveis de 60 para 70 e, com isso, liberamos novas habilidades para todas as classes. Além disso, a adição do Cruzado praticamente nos obriga a criação de um novo personagem, que é tão bem cuidado quanto seus predecessores, focando em uma mecânica totalmente diferente. Com isso é formado um acervo de dois personagens de cada atributo: força, destreza, agilidade e inteligência.

Reaper of Souls é uma expansão realizada com os jogadores em mente. Nos traz inúmeros conteúdos extras, garantindo que iremos permanecer em Diablo III até o lançamento de seu sucessor. Ele não só expande a mitologia do universo da franquia, como acrescenta elementos que se demonstram imprescindíveis para os fãs da série. Claramente não é apenas uma jogada de mercado.

Diablo III: Reaper of Souls
Desenvolvedora:
Blizzard Entertainment
Lançamento: 25 de Março de 2014
Gênero: Ação
Disponível para: PC, Mac

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