Home TVEpisódio Crítica | Ducktales – 3X07: The Rumble for Ragnarok!

Crítica | Ducktales – 3X07: The Rumble for Ragnarok!

por Roberto Honorato
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  • SPOILERS! Leia aqui as críticas dos episódios anteriores.

Para além do arco-íris está Valhalla, o santuário de descanso para os guerreiros mortos em batalha. Para nós, isso é apenas mitologia nórdica, mas para Patinhas e seus sobrinhos, Valhalla é mais um dos vários lugares secretos descobertos pelo pato mais rico do mundo. Dessa vez, a família precisa visitar o salão de Odin, que agora dá lugar ao ringue de batalha que decidirá quem é poderoso o suficiente para derrotar a serpente Jormungandr, responsável pelo Ragnarok.

Patinhas confia em seus sobrinhos para manter a Terra longe das mãos da serpente maligna, mas a batalha acontece no melhor estilo luta-livre; e ao contrário de WWE, os lutadores se machucam de verdade (desculpem-me fãs do formato). Huguinho decide se unir a Bóing para narrar o combate, Luisinho aproveita a oportunidade para vender camisetas, Patrícia fica maravilhada e ansiosa para lutar, mas Zezinho não parece confortável ao perceber que a platéia de Asgard talvez não seja facilmente conquistada pelo seu charme. 

Esse episódio traz um dos poucos momentos em que as crianças questionaram se seriam capazes de tomar o lugar de Patinhas no futuro, protegendo patópolis e o resto do mundo. No entanto, esse não é o único arco dramático de The Rumble for Ragnarok!. A série já chegou ao ponto de poder mostrar como cada personagem se sente de acordo com a reação de outro, sem precisar explicar demais. Quando Patinhas indica todos, menos Zezinho, para tomar seu lugar no ringue, a insegurança do personagem é automaticamente evidenciada, dando liberdade para o roteiro continuar explorando outras dinâmicas entre os patos, como a ansiedade de Huguinho ao se deparar com uma tarefa – aparentemente fácil – que não consegue realizar. 

Além de toda a ação esperada de uma premissa dessas, a maior parte das piadas do episódio vem dos roteiristas se divertindo ao parodiar o formato dos programas wrestling, como o já mencionado WWE. Narradores exaltados, monólogos dramáticos sobre vitória e derrota, golpes extravagantes e estilosos, música heavy metal, reviravoltas e tudo que há de engraçado no formato são referenciados aqui, de maneira ainda mais exagerada. 

E por falar em referências, temos várias saindo direto da mitologia nórdica. Com exceção das mais óbvias, sobram várias menções a figuras da mitologia, como Hella, chamada aqui de Hecka, ou Fenrir, o lobo filho de Loki. Para continuar a temática wrestling, há referências visuais de alguns filmes clássicos de luta, mas é Rocky III que recebe a maior homenagem, inspirando a cena final do episódio. Como também já mencionei a música, não posso deixar de reforçar que usar a batida de We Will Rock You, da banda Queen, é sempre uma boa decisão.

The Rumble for Ragnarok! é um episódio leve e divertido, mas com espaço para mostrar mais as preocupações de Patinhas e seus sobrinhos. Parece que a temporada realmente segue para alguma grande revelação e confronto dramático, o que pode abalar a dinâmica familiar.

The Rumble for Ragnarok! (EUA, 9 de Maio de 2020)
Direção: Tanner Johnson
Roteiro: Bob Snow
Elenco: David Tennant, Danny Pudi, Ben Schwartz, Bobby Moynihan, Kate Micucci, Beck Bennett, John DiMaggio
Duração: 21 min.

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