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Crítica | Final Fantasy X-2

por Guilherme Coral
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estrelas 1,5

Joguei Final Fantasy X-2 pela primeira vez logo após ter acabado com o primeiro game. O choque foi imediato. Nos primeiros minutos já vemos uma Yuna cantora de J-Pop com direito até a dançarinos coreografados de fundo. Fica aquela sensação de estranhamento, de que há algo fora do lugar. Felizmente, de fato há uma coisa errada: o que vemos não é a summoner de FFX, e sim uma impostora.

Quando a verdadeira Yuna, enfim, aparece é impossível não conter o alívio, ainda que alguns elementos estranhos permaneçam. Mas antes de nos aprofundar nesses, vamos a um breve resumo dos eventos do game. Ele se passa dois anos após a destruição de Sin, Yuna, juntamente de Riku e um protótipo de Lulu, chamada Paine, são sphere hunters. Quem já jogou o primeiro game se sentira um tanto familiarizado neste setor, mas em FFX-2 há uma pequena diferença: as dress spheres. Basicamente elas garantem habilidades específicas ao portador, além de mudar sua aparência.

Ffx2-warrior

As protagonistas

Obviamente tais esferas representam o novo sistema de combate do jogo. Diga adeus às ótimas batalhas do primeiro game e receba de volta o Active-time battle. O que diferencia a batalha de X-2 são justamente as dress-spheres que permitem a mudança de classe dentro da batalha (uma evolução do sistema de Jobs de FFIII). Há, porém, um gigantesco problema: todas as vezes que efetuamos a mudança somos forçados a assistir uma cutscene à la Sailor Moon das heroínas mudando sua roupa, o que acaba tornando a batalha incrivelmente tediosa.

A progressão de personagens também voltou à maneira antiga. Vemos novamente os levels em detrimento da sphere grid. Mais uma mudança desnecessária e que acaba piorando o game. As habilidades são ganhas através das batalhas e utilização de cada dress-sphere.

Os problemas não se limitam à mecânica das lutas, a história de X-2 dificilmente prende o jogador. Ao longo da trama vamos descobrindo mais detalhes sobre a Machina War que levou a destruição de Zanarkand, mas a progressão não é bem construída e nos leva a crer que o game inteiro foi feito somente para expandir o final de seu antecessor através de um final especial (algo que não precisava ser feito de forma alguma, FFX terminou no momento preciso). Existem, é claro, os elementos fan-service, que nos mostram alguns dos personagens e localizações do primeiro game.

FFX-2_battle

Adeus ótimas batalhas de FFX

Os gráficos não deixam a desejar e representam uma melhoria em relação ao primeiro jogo, tanto nas cutscenes quanto nos momentos jogáveis em si. O trabalho de dublagem também melhorou, embora isso já fosse esperado, já que FFX foi o primeiro a apresentar vozes. Ainda no setor do som, algo que decepciona é a trilha sonora de Noriko Matsueda e Takahito Eguchi que não apresenta sequer uma faixa memorável. Tampouco há a reutilização de músicas do antecessor.

Final Fantasy X-2 definitivamente não está à altura de FFX. É uma experiência inteiramente dispensável e enfadonha que não vale sequer pelo seu final secreto. A mecânica de dress-spheres é interessante, porém mal utilizada. Nos primeiros minutos do game já fica a sensação de que ele foi feito somente para aproveitar o sucesso do anterior.

Final Fantasy X-2
Desenvolvedora:
 Square
Lançamento: 13 de Março de 2003 (Japão), 18 de Novembro de 2003 (EUA)
Gênero: Rpg de Turnos
Disponível para: Ps2

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