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Crítica | Glee – 5X11: City of Angels

por Rafael W. Oliveira
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Venhamos e convenhamos: quem aqui estava realmente animado para as Nacionais deste ano? Acredito que pouquíssima gente. O que seria algo compreensível, já que desde a queda de qualidade de Glee a partir da 4° temporada, as notícias de que a série iria se ambientar somente no cenário de Nova York (desde sempre com plots e situações mais interessantes) deixou boa parte dos fãs com enormes expectativas diante da oportunidade da série em se reerguer novamente. Assim, apesar de ter seus momentos pra lá de emocionantes, City of Angels foi um episódio tão desnecessário quanto obrigatório.

O melhor de tudo é ainda notar o quanto Finn era, e ainda é, uma figura essencial para a série. Mesmo morto, os momentos mais tocantes do episódio provém justamente da saudade que ainda permeia a mente daqueles que conviveram com Finn ao longo de sua vida. A presença de Burt e Carole, em especial, contribuiu muito para isso, uma vez que ambos surgem para representar a dor de perder um filho e/ou ente querido. E mesmo que tenha se tornado um personagem extremamente besta e irritante, também foi difícil não se emocionar com o senso de auto-liderança de Sam, surgindo em cena quase como um novo Finn, fazendo de tudo para honrar a memória do falecido amigo e mentor.

E de fato, nenhuma trama específica é desenvolvida no episódio, o que me pareceu um tanto estranho, mas também curioso. As Nacionais deveriam acontecer de alguma forma, mesmo que os espectadores já tenham conhecimento da inevitável derrota do New Directions, o que deixou espaço para que os roteiristas transformassem o episódio numa espécie de segunda homenagem a Finn. Sim, temos algumas revelações sobre como Mercedes, após cancelar o contrato com sua gravadora, alcançou o sucesso e popularidade na cidade de Los Angeles, assim como um certo encaminhamento definitivo entre o trio sonolento formado por Marley, Jake e Ryder. Pouca coisa de essencial acontece, o que deixa a impressão de um episódio cuja existência é justificada somente pela necessidade de vermos o primeiro passo para a desfragmentação do New Directions.

Mas como apontado, o episódio carrega sua dose de emoção e nostalgia, o que salva muita coisa. Apesar das performances pouco chamarem a atenção (o Throat Explosion performando o mash-up entre Mr. Roboto e Country Stars foi particularmente estranho), impossível não ser pego de surpresa com More Than a Feeling, um inesperado dueto entre Tina e Blaine, ou não se deixar embalar pela batida contagiante de America. Mas I Still Haven’t Found What I’m Looking For a responsável por destruir corações, pois é impossível conter as lágrimas com a apelação marota de Ryan Murphy em inserir flashbacks de Finn em meio à performance. E Sam, levantando as baquetas para o alto no final, foi o momento da noite.

No mais, só nos resta segurar a barra para aguentarmos o fim definitivo do New Directions no centésimo episódio, que trará regravações de músicas já performadas pelo clube nas primeiras temporadas. É o começo do fim para o clube, mas também uma nova chance para que a série reencontre seu caminho.

Glee – 5X11: City of Angels
Showrunner
: Ryan Murphy
Roteiro: Jessica Mayer
Direção: Elodie Keene
Elenco: Lea Michele, Naya Rivera, Chris Colfer, Darren Criss, Amber Riley, Jenna Ushkowitz, Kevin McHale, Matthew Morrison, Jane Lynch, Chord Overstreet, Alex Newell, Melissa Benoist, Jacob Artist, Blake Jenner, Becca Tobin, Mike O’Malley, Romy Rosemont, Lauren Potter, NeNe Leakes, Skylar Astin
Duração: 43 min.

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