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Crítica | Kamen Rider Black RX (1988) – 1X01 e 02: RX, o Filho do Sol! e O Renascer de RX!

Mesmo personagem, nova demão de tinta.

por Ritter Fan
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Bem-vindos ao Plano Piloto, coluna semanal dedicada a abordar exclusivamente os pilotos de séries de TV.

Número de temporadas: 1
Número de episódios: 47
Período de exibição: 23 de outubro de 1988 a 24 de setembro de 1989.
Há continuação ou reboot?: Sim. Foi precedida por oito outras séries e sucedida por mais de 30 séries, especiais televisivos e longas-metragens que continuam sendo lançados até hoje em dia.

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Como disse na crítica dos dois primeiros episódios de Kamen Rider Black, fiquei razoavelmente decepcionado com o que vi, já que esperava uma série bem mais corajosa, em seu início pelo menos, do que ela mostrou ser. Sua continuação direta, Kamen Rider Black RX, amplia minha sensação de decepção, pois tudo o que parece que foi feito foi a adição da sigla RX e da mudança de uniforme, agora verde e preto e não apenas predominantemente preto, mais ou menos quando lançam um modelo novo de automóvel que só é novo mesmo por causa de algum detalhe insignificante – muitas vezes uma sigla qualquer como aqui – para reempacotar a mesma coisa novamente.

Sim, sei que diversas séries da Era Showa da franquia Kamen Rider são exatamente isso, ou seja, o mesmo produto só que com leves diferenças aqui e ali para justificar um novo nome, mas é que eu realmente esperava mais de Kamen Rider Black e de seu pretenso upgrade RX, ambas estreladas por Tetsuo Kurata como Kotaro Minami, ou Issamu Minami por aqui e que, vale dizer, começou na Era Showa, mas tecnicamente acabou na Era Heisei, ainda que a primeira série da franquia a começar na Era Heisei tenha sido Kuuga 11 anos depois (ainda que os fãs não tenham ficado sem novos Kamen Riders nesse interregno). Se Black ainda conseguia se diferenciar pelo foco constante na família de seu protagonista, em Black RX isso sequer é realmente levado em consideração, com a dupla inicial de episódios sendo um exemplo de como criar uma nova origem que apenas parece complexa, mas que só é mesmo tortuosa e diria até torturante em sua lerdeza absoluta e na forma desnorteadora da montagem enlouquecida que a produção resolveu empregar como se a ilha de edição fosse um brinquedinho novo na mão de um aluno recém-formado na escola de cinema da esquina mais próxima.

Na história, um novo império alienígena chega para tocar o terror na Terra – ou, mais especificamente, no Japão -, o Império Crisis que tenta recrutar Kotaro, agora um feliz e alegre piloto de helicóptero sem preocupações nesse mundo. Com uma trinca de emissários que ecoa a trinca de Black, a pancadaria come solta, mas sem que Kotaro se transforme em Kamen Rider, provavelmente porque não tem mais essa habilidade em razão do final da série que inclusive levou à destruição da moto-gafanhoto – motonhoto? -, algo que os leitores experts na mitologia da franquia aqui do site podem confirmar ou corrigir (sintam-se à vontade!). O vai e vem é, francamente, cansativo e pouco original, ainda que os minions do Império Crisis tenham um design muito divertido que parece beber dos vilões de G.I. Joe.

E, depois de muita enrolação que parece durar bem mais do que o tempo regulamentar do episódio inaugural, Kotaro, graças à energia solar que abastece e reativa sua “bateria interna”, finalmente renasce como Kamen Rider Black RX, o Filho do Sol, fazendo renascer, também, sua sempre útil (mas não tanto, vamos combinar) motocicleta. Como é de se esperar, o segundo episódio apenas tenta contextualizar e explicar a viagem lisérgica de Kotaro pelo espaço que o leva a ser transformado, seguido das lutas padrão mais do que esperadas e sua reconfirmação como a mais nova versão do mesmo herói.

Como disse, o começo de Black RX foi decepcionante para mim e em um nível ainda maior do que o início da série anterior. Não só o que Black tinha de interessante – a família e sua importância crucial para a história sendo contada – foi extirpado, como a história é padrão e burocrática, uma continuação que tenta ser um recomeço, mas que não acaba sendo nem uma coisa nem outra direito. Pode ser que melhore adiante? Sem dúvida, mas, diferente de Black, não tive a menor vontade de continuar assistindo o gato por lebre que RX parece ser…

Kamen Rider Black RX (1988) – 1X01 e 02: RX, o Filho do Sol! e O Renascer de RX! (仮面ライダーBLACK RXKamen Raidā Burakku Āru Ekkusu – Japão, 23 e 30 de outubro de 1988)
Criação: Shotaro Ishinomori
Direção: Yoshiaki Kobayashi
Roteiro: Takashi Edzure
Elenco: Tetsuo Kurata, Jun Koyamaki, Makoto Akatsuka, Eri Tsuruma, Rikiya Koyama, Megumi Ueno, Jo Onodera, Go Inoue, Shoko Iruma, Atsuko Takahata, Tetsuya Matsui
Duração: 25 min. (cada episódio)

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