Home TVEpisódio Crítica | Legends of Tomorrow – 7X13: Knocked Down, Knocked Up

Crítica | Legends of Tomorrow – 7X13: Knocked Down, Knocked Up

A gentileza manipuladora e o legado garantindo dos Legends.

por Davi Lima
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Knocked Down

  • Há spoilers! Leiam, aqui, as críticas dos outros episódios da série. 

Knocked Down Guys, we got schmoozed. – Nate

 

Esse final da sétima temporada dá um verdadeiro passo para o término da série na ainda não garantida oitava temporada que pode vir a seguir. Como comentei no texto de Too Legit to Quit, a imediata aposentadoria dos Legends e a mentira de Gideon traduziam a necessidade da humanidade para se tratar com as linhas temporais e perguntavam qual o legado dos super-heróis da série. Apesar de em The Fixed Point ter sido mostrado como eles eram conhecidos no futuro e por outros viajantes no tempo, a direção que tínhamos do porvir dos protagonistas pertence muito ao presente que assistimos eles errando e nos divertindo para imaginarmos como os Legends of Tomorrow seriam tão reconhecidos. Por isso, além de termos a resolução real do centésimo episódio, que elegia Gideon como Legend, e o encerramento humanitário para salvar Alun da guerra europeia de 1914, estamos a um passo também de entrar num cenário maior que defina os Legends como além do tempo.

Knocked Down, Knocked Up finaliza o sétimo ano com a bola de neve acumulada se tornando avalanche enquanto se torna um lago depois da neve derretida. Como o início dessa temporada tinha mostrado: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Em A Mad, Mad, Mad, Mad Scientist mostrou esse ritmo de tudo poder dar certo e dar errado ao mesmo tempo. Neste final não é diferente dessa ideia, embora os personagens precisem se controlar para se sacrificarem em prol de Alun, mesmo depois de um fixador de ponto temporal traí-los, deixando-os sem Waverider e máquina de viagem no tempo. É como se fosse uma repetição trágica do final da sexta temporada e mais um pouco. Nisso, esse novo fixador chamado Booster cria a ponte para a próxima temporada, tanto em nível de consequências pelo que os Legends alteram no tempo durante a temporada, quanto por dar o gatilho de fragilidade, que o episódio vai desenvolver em pouco tempo e de maneira efetiva como propulsão de fortalecimento do grupo.

Descobrir a gravidez de Sara Lance é a descoberta que exemplifica tudo isso. Ela perde os poderes de imortalidade, uma espécie de ponto fixo que ajudava os Legends nas aventuras. No entanto, esse bebê, além de fazer Caity Lotz ter ótimos momentos de comédia, também nos ajuda a imaginar o legado da equipe também. Junto com isso, outro momento de fragilização foi Nate perder os poderes para ajudar Alun, o que também une ainda mais os personagens para despedir dele. Isso também se conecta com a história geral da temporada que foi agrupar ainda mais os Legends com a ausência da Waverider, frágeis diante da necessidade de viajar no tempo. Ou seja, esse episódio final é o efeito aglutinado do que o sétimo ano quis desenvolver. Não à toa que a referência, ou rima visual, da Waverider ser destruída de novo e Gideon com Spooner e Astra enfrentam a Gideon IA mais uma vez, como disse sobre a finalização do episódio cem da série, finalmente cessando qualquer dúvida sobre a humanidade da nova Gideon.

Assim, mais do que nunca, os Legends estão bem humanos. Mas como esse final de temporada pode definir na próxima esses personagens além do tempo? Eu digo isso no texto mediante ao legado que Booster conhece de todos os Legends – menos Gwyn – e pelo valor humano dos heróis ser o que diferencia a história deles no tempo. A discussão do paradoxo envolta do fixed point, em que Booster se dispõe a ouvir para enganar os protagonistas, fazem parte do humor que acostumamos com Legends, criando maneiras mirabolantes que funcionam apenas nessa série. Os roteiristas não tem medo de criar medidas convenientes de um bebê nascer pelo beijo entre Ava e Sara, ou Nate passar por uma bomba de mostarda e oxidar seu poder, pois o que importa é que eles estão mais humanos. Gideon foi o exemplo direto do quão importante foi isso para a temporada em como administrar o cronos.

Por fim, os nossos queridíssimos personagens serem presos é nada mais nada menos que criar o conflito do ser humano com o tempo. Ou melhor, ter mais uma oportunidade de evidenciar como o humanismo dos Legends é o que mais importa diante do tempo. Mesmo que tal ideia pareça normal para a série, quando Gwyn se enxerga na guerra, no seu passado, e Astra com sua magia salva Spooner e Gideon quando a Gideon IA se mata…esse tema tem um efeito maior.

Esperemos Legends of Tomorrow ter sua renovação confirmada, porque até o momento da publicação desse texto há nada confirmado, mesmo que a audiência tenha aumentado da sexta para a sétima temporada. Donald Faison foi uma ótima escolha para Knocked Down, Knocked Up ter um personagem que dá raiva e graça ao mesmo tempo, entregando os Legends para polícia do tempo e deixa um gancho preparado. A aposentadoria dos protagonistas foi adiada, Nate foi embora e tudo dá certo e errado por um bendito “por favor”. É o nosso pedido para que a série continue e que o legado dos heróis seja a nossa felicidade.

Legends of Tomorrow – 7X13: Knocked Down, Knocked Up – EUA, 02 de março de 2022
Direção: Kevin Mock
Roteiro: Phil Klemmer, Keto Shimizu
Elenco: Caity Lotz, Tala Ashe, Jes Macallan, Olivia Swann, Adam Tsekhman, Shayan Sobhian, Lisseth Chavez, Amy Louise Pemberton, Nick Zano, Matt Ryan, Donald Faison, Tom Forbes
Duração: 42 min.

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