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Crítica | Liga da Justiça: Ponto de Ignição

por Melissa Andrade
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Desde que The Flash estreou e comecei a escrever as críticas, um tema tem se repetido bastante: o arco Ponto de Ignição.

Barry chega em casa no dia do aniversário da mãe para encontrá-la morta no chão da cozinha. Sem saber direito o que houve o garoto se vê sozinho no mundo e mesmo anos depois, tendo casado com Iris, ainda sente falta da mãe e se culpa por não ter chegado em casa mais cedo. Nem a entrega de flores no cemitério pode fazer em paz, pois um bipe lhe avisa que há algum problema no seu museu na cidade. Ele troca de roupa e se encaminha para o local para descobrir os Rogues lhe esperando. Capitão Frio, Capitão Bumerangue, Mestre dos Espelhos, Onda Térmica e Pião. Cada um lhe atacando de um lado e o velocista tentando fugir, até que é pego por uma estranha teia e descobre que tudo não passou de um plano do Flash Reverso para elimina-lo. Só que esse plano também vai atingir aos Rogues que ficam tão surpresos quanto o Flash, já que o Reverso prende bombas em todos eles. Felizmente, seu plano é frustrado com a chegada dos demais membros da Liga da Justiça que conseguem desarmar as bombas a tempo. Mas, Reverso afirma que aquilo é só o começo.

Barry está cochilando na mesa de trabalho e quando desperta há uma manchete anunciando uma guerra em seu monitor. Ele vai atrás da Iris e descobre que ela está casada com outra pessoa. Ao sair do prédio, tropeça nas escadas e uma senhora lhe ajuda a levantar. É sua mãe. Bastante assustado, Barry não entende o que está acontecendo e decide procurar a ajuda do Batman. Só que, quem está vestindo o manto do morcego, não é o Bruce Wayne. E isso é apenas o começo de muitos problemas.

Liga da Justiça: Ponto de Ignição é a base que o seriado tem usado. Entretanto, essa animação de 2013 possui mais informações que não são abordadas na série e nem teriam como.

Flash ao voltar no tempo, de forma involuntária, acaba alterando não apenas a sua vida, mas a de todos a sua volta (o que espero sinceramente que aconteça na segunda temporada da série). Assim todos os eventos e pessoas como conhecemos mudam. É o Bruce quem morre no lugar dos pais, sua mãe fica louca, encarnando o Coringa e Thomas Wayne veste o manto do morcego, mas bem diferente do filho, ele não perdoa os bandidos e mata-os sem pensar duas vezes. O mundo se encontra em guerra tendo de um lado Aquaman liderando os atalantes e diversos animais marinhos e a Mulher Maravilha e suas amazonas em terra do outro. Poderosos como são estão destruindo cidades atrás de cidades e daqui a pouco, não vai sobrar planeta para guerrearem. E no horizonte, nem sombra do Super Homem.

Essa é uma das animações mais prestigiadas da DC Comics. Todo o roteiro foi bem elaborado em cima dos quadrinhos e mostra um lado novo dos personagens que nos acostumamos a conhecer de uma certa maneira. Professor Zoom, como também é conhecido o Eobard Thawne não mede esforços para derrotar o Flash, ainda que isso signifique destruir o planeta inteiro e morrer no processo. Ele tem ódio do velocista e não precisa perder muito tempo explicando suas razões. Quer que o herói sofra e se satisfaz quando consegue lhe causar dor, seja ela física ou psicológica.

Interessante também é ver a importância do personagem dentro do espectro maior que é o universo da DC. Com sua habilidade de ir e voltar no tempo, pode alterar a vida de quem quiser, a hora que quiser, e mesmo elementos mais fortes, como o Super Homem, por exemplo, ficam a mercê dele. Barry não é apenas o piadista, o elo cômico entre os heróis, mas também a pedra que quando jogada no rio cria as ondas que vão balançar tudo no caminho. Gerando assim um dos arcos mais inteligentes da DC Comics. E, possivelmente, o que pensaram os criadores do seriado ao escolher justamente esse arco para basear a série, ainda que algumas mudanças tenham sido necessárias.

Liga da Justiça: Ponto de Ignição merece ser visto, principalmente para entender a relevância que o Flash tem como herói e também membro importante da liga.

Liga da Justiça: Ponto de Ignição (Justice League: The Flashpoint Paradox – EUA, 2013)
Direção: Jay Oliva
Roteiro: Bill Finger, Geoff Johns, James Krieg, Andy Kubert
Elenco: Justin Chambers, C. Thomas Howell, Michael B. Jordan, Kevin McKidd, Dee Bradley Baker, Steve Blum, Kevin Conroy, Sam Daly, Dana Delany, Grey Griffin, Cary Elwes, Nathan Fillion, Jennifer Hale, Danny Huston, Danny Jacobs, Peter Jessop, Lex Lang, Vanessa Marshall, Candi Milo, Ron Perlman, Kevin Michael Richardson, Andrea Romano, James Patrick Stuart, Hynden Walch
Duração: 75 min

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