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Crítica | O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final

por Filipe Monteiro
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Ninguém é insano o suficiente para negar a importância crucial da trilogia O Exterminador do Futuro na indústria cinematográfica mundial. Além de ocupar posição privilegiada no ranking das mais lucrativas produções de cinema, a franquia serviu de alavanca para a carreira de James Cameron, à mesma media que elevou o conceito de ficção científica a um novo patamar.

Ao contrário do colega Ritter Fan, que, tenho certeza, ainda guarda sua lendária fita VHS de O Exterminador do Futuro a sete chaves, não tive o privilégio, tampouco a experiência única em assistir a nenhum dos filmes da franquia no cinema. Meu contato com os filmes da trilogia deu-se da mesma maneira que se deu, acredito, com a grande maioria das pessoas da geração Z. Não eram raras as tardes em que estive jogado no sofá da sala assistindo a um dos filmes da trilogia que reprisavam pela milésima vez na TV aberta. Agora, ao revisitar O Exterminador do Futuro 2 para construir uma análise crítica, certifico meu total respeito a filmes que atravessam anos e permanecem atuais. A sequência de O Exterminador do Futuro é exemplar neste quesito.

Após o intervalo significativo de sete anos, O Julgamento Final estreou nas salas de cinema dos Estados Unidos em julho de 1991. O pano de fundo continua sendo a investida das máquinas em impedir que John Connor venha a se tornar o líder dos humanos e, assim, passe a ser a principal ameaça na guerra travada no futuro. Após a mal sucedida operação para matar Sarah Connor (Linda Hamilton) e, desse modo, impedir o nascimento de John, a Skynet está disposta a mais uma tentativa, desta vez enviando o androide T-1000 (Robert Patrick) para, agora, matar o filho adolescente de Sarah. O que eles não esperavam (nem o público da franquia, acredito) é que as forças da resistência reprogramariam o T-800 (Exterminador para os íntimos) e o enviariam ao passado em defesa de John Connor.

Se o primeiro filme da franquia já foi suficientemente bom e surpreendente, O Exterminador do Futuro 2 consegue superar até as mais altas expectativas. O enredo do filme é desenvolvido dentro de uma narrativa impressionante. Não há tempo para respirar ou piscar os olhos. Deve-se sempre estar à espreita, porque a briga agora é de gente grande! O roteiro segue a linha bem articulada e bastante intrigante do primeiro filme. Cameron apresenta uma sequência completamente digna e nem um pouco perdida.

Schwarzenegger está ainda melhor em uma de suas mais convincentes interpretações (ok, não é tão difícil assim…). O ator vende perfeitamente a ideia de máquina, fria, sem sentimentos em busca de solucionar seu objetivo a todo custo. Linda Hamilton caminha junto com o personagem no amadurecimento de um filme a outro. A atriz nos encanta ao apresentar uma nova Sarah Connor ainda mais determinada e nada boba dessa vez.

Ainda que seja um filme muitíssimo bem construído, acredito que o grande legado de O Exterminador do Futuro 2 para o cinema é a impecável técnica ao desenvolver os efeitos visuais e sonoros. O filme de 1991 possui em 2015 uma estética impressionante e de dar inveja a outros longas contemporâneos. Não é à toa que ele recebeu uma enxurrada de prêmios, incluindo quatro estatuetas do Oscar (Efeitos Visuais, Maquiagem, Edição de Som e Mixagem de Som).

Entretanto, um dos maiores bônus que O Julgamento Final traz para o enredo é a contratação de Edward Furlong como John Connor. O jovem ator não só domina as cenas em que está presente, é extremamente carismático, como também introduz comicidade ao longa. Talvez por isso O Exterminador do Futuro 2 seja tão bem sucedido. O filme acerta perfeitamente no equilíbrio entre o cômico, o drama e, claro, a ação. A adição de comédia em um roteiro denso foi grande responsável por uma das mais emblemáticas frases do cinema. Nunca esqueceremos do clássico “Hasta la vista, baby!”.

O Exterminador do Futuro – O Julgamento Final (Terminator 2 – Judgment Day, EUA – 1991)
Direção:
James Cameron.
Roteiro:
James Cameron e Willian Wisher Jr.
Elenco:
Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick, Earl Boen, Joe Morton, Castulo Guerra, S. Epatha Merkerson.
Duração:
137 min.

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