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Crítica | Os Pinguins de Madagascar

por Melissa Andrade
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Desde que apareceram nas animações de Madagascar, Capitão, Kowalski, Rico e Recruta conquistaram não só as crianças como também os adultos. Munidos de muita ação e piadas inteligentes, foram ganhando cada vez mais destaque até conseguirem a sua própria série animada que conta com três temporadas e mais de 100 episódios. Logo, não demoraria muito para que o quarteto de pinguins espiões tivesse seu próprio longa-metragem.

Contudo, devido a uma possível alta expectativa, Os Pinguins de Madagascar, a aventura solo do quarteto não é tão divertida como deveria ser.

O longa começa com Capitão, Rico e Kowalski ainda filhotes questionando a razão pela qual os pinguins precisavam marchar sem saber exatamente para onde iriam, quando um ovo passa rolando por eles. Indignado, o Capitão quer saber porque ninguém vai salvar o ovo e descobre que os demais pinguins não se importam e que a vida é assim mesmo. Decidido a não fazer aquilo que era esperado, se une a Rico e Kowalski para salvarem o ovo, dando início assim a sua primeira missão juntos (é a melhor parte do filme). Agora, devidamente um quarteto, saem em busca de missões pelo mundo até que caem sem querer no submarino do Dr. Otavius Brine, alguém do passado que voltou para se vingar.

Por razões óbvias que são explicadas posteriormente, ninguém se lembra do Dave – um polvo e a verdadeira identidade do Doutor – que costumava estar em todos os zoológicos pelos quais o grupo passou. Bastante frustrado, bola um plano para acabar com a fofurice de todos os pinguins da face da terra o que inclui, claro, seus quatro maiores inimigos. Porém, eles não estarão sozinhos nessa, pois poderão contar com a ajuda do Vento do Norte, uma agência secreta de espiões especializada em caçar vilões, no entanto, essa parceria vai demorar um pouco para dar certo, levando Recruta a se questionar sobre seu papel na equipe.

Infelizmente, Os Pinguins de Madagascar não consegue ter a mesma desenvoltura dos episódios da série e acaba criando essa espécie de engasgo ou barriga na trama, onde demora muito até que algo verdadeiramente engraçado aconteça, o que prejudica também o ritmo do longa.

A sinopse em si é um tanto batida, mesmo para animações, não acrescentando nada de diferente a não ser a presença de novos personagens ao núcleo dos pinguins que acaba gerando certa intriga e questionamento entre eles. No fim, os velhos clichês de “olhar além da aparência” e “todo mundo possui um valor” vem a tona e acaba tudo bem. Todavia, o espectador continua se perguntando aonde foram parar as piadas inteligentes e aquele mesmo humor que foi apresentado no começo, que repito, é a melhor parte em todo o filme.

A animação ainda conta com vozes de um seleto elenco com nomes como Benedict Cumberbatch, que interpreta Agente Secreto, Ken Jeong como Short Fuse e John Malkovich como o vilão Dave que em determinados momentos chega até a assustar e seu personagem é um polvo sorridente e roxo, mas que ainda assim, impõe medo.

No fim, os momentos sem noção bastante característicos dos pinguins é o que fica de mais evidente no longa como também as cenas de ação, contudo, faltou mais do humor tão peculiar dessa equipe, uma pena.

Os Pinguins de Madagascar (Penguins of Madagascar, EUA – 2014)
Direção: Eric Darnell, Simon J. Smith
Roteiro: Michael Colton, John Aboud, Brandon Sawyer
Elenco: Tom McGrath, Chris Miller, Christopher Knights, Conrad Vernon, John Malkovich, Benedict Cumberbatch, Ken Jeong, Annet Mahendru, Peter Stormare, Andy Ricther, Danny Jacobs, Sean Charmatz, Werner Herzog, Stephen Kearin, Kelly Cooney
Duração: 92 min.

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