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Crítica | Os Winchesters – 1X05: Legend of a Mind

Sonhos ruins.

por Kevin Rick
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  •  SPOILERS. Leiam, aqui, as críticas de todos os episódios da série e, aqui, de todo nosso material do universo Supernatural.

Primeiramente, gostaria de abordar como a distribuição global de The Winchesters é extremamente estranha. Seguindo a onda de algumas produções da AMC e do universo de Star Trek, a jogada de marketing é a seguinte: lançar os episódios na HBO Max uma semana após o lançamento estadunidense. Como na semana passada tivemos um hiato nos EUA, imaginei que o serviço de streaming aproveitaria a oportunidade para tornar o lançamento simultâneo, mas não foi o que aconteceu, com Legend of a Mind por aqui sendo lançado após um hiato que manteve a “semana de atraso”. Acho zoado e não vejo nenhuma vantagem, mas, bem, está aí a explicação do porquê não tivemos crítica na sexta passada – isso se alguém está acompanhando o seriado comigo…

Voltando a Legend of a Mind, acompanhamos outro típico caso da semana, mas com pequenos desenvolvimentos da história principal contra os Akrida. Ainda não sei se gosto dessa “desculpa” de que o antagonista principal está usando criaturas aleatórias para termos uma estrutura episódica com uma falsa trama sequencial, mas achei interessante a revelação de que os Akrida (basicamente aquela radialista) estão utilizando os caçadores a seu favor. Neste episódio, Mary, John e companhia caçam um Gênio/Jinn (ou pelo menos é o que parece ser inicialmente).

Curiosamente, um dos meus episódios favoritos de Supernatural ocorre em um caçada a mesma criatura, em que Dean fica preso em um sonho, enquanto o Gênio devora seu sangue. Apesar da obra nunca ter tido grandes profundidades dramáticas ou destaques narrativos, essa é uma história bem sentimental e empática na série original, explorando o trauma familiar que era tão bem valorizado por Kripke. Aqui, o roteiro de Sehaj Sethi tenta fazer algo similar com Mary, mas a execução continua limitada.

Minha maior reclamação é o pouco tempo que passamos no mundo do Gênio. Vemos algumas sequências rápidas das vítimas, incluindo um desfecho corrido e sem senso de perigo com os traumas infantis da protagonista. Até elogio a tentativa do design de produção em criar um palco onírico e fantasmagórico no universo fantasioso dentro das limitações de orçamento da CW, mas a narrativa se arrasta demais com explicações e diálogos entre os personagens que não vão a lugar nenhum. Os roteiros até agora não focam na caçada em si, caindo numa sensação de tédio mesmo em seus dramas adolescentes genéricos.

A falta de um cuidado com mitologia também me aborrece. Não quero ficar sempre fazendo comparações com Supernatural, mas o que é mais bacana no episódio do Jinn na série original é o twist de que os “desejos” concedidos pela criatura são desilusões. Em The Winchesters nunca vemos um interesse na mitologia dos monstros que não seja para contextualizações. É um problema como a equipe criativa diverge tanto da aventura e das lendas. Um pequeno destaque fica com o jovem que é metade humano e metade monstro, apesar do conflito não ter tempo para desenvolvimento.

The Winchesters falha em capturar a sua atenção com a caçada, em atiçar sua curiosidade com o lore e em criar algum tipo de simpatia/empatia com os personagens que não parta dos mesmos conflitos teen que vimos diversas vezes. Para simplificar, Legend of a Mind é um episódio chato. O capítulo também parece se sabotar, deixando de focar em suas melhores partes, como o fato de Mary ter matado uma “criança”. Vamos ver se a trama principal injeta algum ânimo na história.

Os Winchesters (The Winchesters) – 1X05: Legend of a Mind (EUA, 23 de novembro de 2022)
Criação: Robbie Thompson (baseado no universo de Eric Kripke)
Direção: Lisa Soper
Roteiro: Sehaj Sethi
Elenco: Meg Donnelly, Drake Rodger, Nida Khurshid, Jojo Fleites, Demetria McKinney, Bianca Kajlich, Jensen Ackles
Duração: 43 min.

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