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Crítica | Patrulha do Destino – 2X04: Sex Patrol

por Luiz Santiago
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  • Há SPOILERS. Leia aqui as críticas dos outros episódios.

É estranho falar da série a partir de agora, semanalmente, do 4º episódio em diante. Com os três primeiros capítulos vindo de uma só vez, acabamos nos confundindo um pouco na hora de medir tempo e quantidade de tramas entregues na temporada, mas vá lá, a gente se acostuma. E olha… esse Sex Patrol faz uma escalada séria, amarga e muitíssimo interessante em relação a Dorothy, num caminho de abordagem que me deixou bastante impressionado.

A colocação de Danny em destaque veio como uma ponte bem inteligente do roteiro, que de uma tacada só dá um novo rumo e uma nova forma para o personagem (e fiquei bem feliz que os Dennyzens seguiram viagem com Danny, pois assim, estão seguros!), utilizando desse processo para trazer à tona a relação complicada da Rua com Dorothy, por um longo período. O drama aqui parece simples, mas se a gente pensar bem, tem uma profundidade enorme e complica ainda mais as coisas para o lado do Chefe, agora não só com outros indivíduos, mas com sua própria filha. E o processo de justificativa é o mesmo: ele fez para proteger Dorothy (e o mundo, pelo visto). O que é verdade. Mas não justifica essa atitude por tanto tempo.

Esse tipo de trama sempre mexe bastante comigo e eu me vi lacrimejando algumas vezes aqui. A dor de Dorothy não é só a lembrança de sua prisão numa “gaiola dourada”, mas também o fato de que ela tem o contato com o Candlemaker e por isso mesmo pode fazer uma série de coisas… mas está em conflito consigo mesma. É uma adição de condição física e psicológica bem dolorosa e que se equipara aos personagens adultos da Patrulha do Destino. Todos ali sofrem de algo e, querendo ou não, há uma constante no sofrimento de cada um deles: Niles, que em si mesmo é uma fonte de sofrimento, culpa, preocupação. Pense no show insano e ao mesmo tempo absurdamente existencialista e cheio de dilemas éticos e morais em altas doses!

Gostei muito do modo como o diretor Omar Madha procurou dar uma cadência específica para cada bloco do episódio, que é um daqueles com montagem que nos faz viajar. Cada fase da festa é entrecortada por uma ação paralela de intensidade diferente, e todos os núcleos se afunilam para a mansão da Patrulha, indo para o quarto onde Rita está com Flex Mentallo. Depois de resolvido o problema com o íncubo, tendo uma ajudinha do SeX-Men (sério, Grant Morrison? Hahahahaha), o episódio ainda dá uma sólida retomada para as ações dentro da mansão, com a Patrulha. É uma trama que visita bem todos os espaços e se fecha bem. Tirando a colocação de Cliff meio aos tropeções em cada bloco, é um episódio verdadeiramente sensacional. E aqui fica a pergunta: a namoradinha do Cyborg é problema ou não?

Patrulha do Destino – 2X04: Sex Patrol (EUA, 04 de julho de 2020)
Direção: Omar Madha
Roteiro: Eric Dietel, Tanya Steele
Elenco: Diane Guerrero, April Bowlby, Joivan Wade, Matt Bomer, Brendan Fraser, Timothy Dalton, Riley Shanahan, Matthew Zuk, Mark Sheppard, Abigail Shapiro, Devan Long, Alan Mingo Jr., Stephanie Czajkowski, Michael Tourek, Michael Shenefelt, Tracey Bonner, Brad Brinkley, Lex Lang, Lana Jean Turner, Greyson Chadwick
Duração: 53 min.

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