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Crítica | Salem – 1X01: The Vow

por Melissa Andrade
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Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay – Miguel de Cervantes

Talvez nada povoe tanto o imaginário humano, mais até que vampiros, do que as bruxas. Criaturas intrigantes e complexas, que desde muito tempo fazem parte da literatura, de pinturas históricas e consequentemente do cinema. Mas, elas possuem variadas versões que podem ser boas como Glinda, Harry Potter, Samantha, Sabrina ou más como Malévola, Bruxa Má do Oeste, Voldemort e há também as versões grotescas como a da Anjelica Houston em Convenção das Bruxas, a qual me dá arrepios até hoje.

Mas, certamente, a história mais famosa já contada e recontada inúmeras vezes é a das bruxas de Salem, onde vinte mulheres foram acusadas de praticar magia negra e sentenciadas a morte de uma forma bem cruel, queimadas vivas em uma fogueira.

O seriado de mesmo nome do canal WGN America, vai retratar justamente essa história, mas de uma forma um tanto diferente, mostrando tanto o ponto de vista dos acusadores, quanto das bruxas.

John Alden (West) mora em Salem desde muito jovem. Na verdade, seu pai foi um dos fundadores da cidade, por isso ele tem tanta dificuldade em aceitar a forma como as coisas estão atualmente. Especialmente com George Sibley tomando conta das leis e aplicando penas e punições que além de injustas, são bem cruéis. Cansado de tudo e querendo melhorar de vida, decide ir para a guerra enfrentar os índios. Infelizmente, ele terá que deixar Mary para trás, o amor da sua vida. Com a promessa de que ele voltará em dois anos, os dois ficam juntos e então, John sai da cidade.

Acontece que nessa última noite, Mary acaba engravidando, mas sem John por perto, ela não tem como manter a criança e acaba pedindo ajuda a Tituba. As duas adentram a floresta e em um ritual macabro, Mary aborta.

Sete anos se passaram e Salem está muito modificada, assim como John Alden. A cidade expandiu consideravelmente e há muito mais habitantes. Não só isso, Mary, seu antigo amor, atende agora por Sra. Sibley e é uma das mulheres mais ricas e influentes de Salem. Só que ele não faz ideia do que ela precisou sacrificar para conseguir tal status. Além do que um novo terror assombra os moradores de Salem, as bruxas. No entanto, como eles imaginam que elas sejam e como elas são realmente, é bem diferente.

Com um primeiro episódio repleto de mistérios e revelações, Salem promete ser uma série bem interessante, tanto que uma segunda temporada já foi garantida. Possui uma produção visual bem marcante, com figurinos clássicos, mas cheios de detalhes; uma fotografia mais fria, com contraste elevado, principalmente nas cenas à noite, nos sendo possível distinguir o cenário.

Ainda com todo o capricho da série, o que chama mais atenção é o enredo escrito por Brannon Braga e Adam Simon. Ambos procuraram não focar em mocinhos e bandidos apenas, mas apresentar lados bons e ruins de todo mundo. Ao fazer isso, dificultam para que o espectador conheça os personagens logo de imediato, o que é excelente para a construção do suspense ao longo do episódio e também futuramente no restante da trama.

No quesito atuação, nada surpreendeu e alguns atores estão um tanto caricatos, presos a possíveis estereótipos de como devem agir e falar, o que espero sofra alguma evolução daqui para frente.

Salem – 1×01: The Vow
Showrunner
: Brannon Braga, Adam Simon
Roteiro: Brannon Braga, Adam Simon
Direção: Richard Shepard
Elenco: Janet Montgomery, Shane West, Seth Gabel, Tamzin Merchant, Ashley Madekwe, Elise Eberle, Iddo Goldberg, Xander Berkeley, Kevin Tighe, Michael Mulheren, Michael Robert Brandon, Rodger Boyce, Alexandra Daniels, J.D. Evermore, John P. Fertitta
Duração: 60 min.

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