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Crítica | Sex and The City: 4ª Temporada

Novos tempos, no entanto, velhos dilemas embalam a quarta temporada de Sex and The City.

por Leonardo Campos
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Novos tempos, velhos dilemas. Assim é o desenvolvimento da quarta temporada de Sex and The City, exibida entre julho de 2001 e fevereiro de 2002, sempre aos domingos, tendo como marco em seus 18 episódios, a entrada de três novos escritores na sala de roteiristas: Amy B. Harris, Jessica Bendiger e Nicole Avril. Criada por Darren Star com base nas crônicas homônimas de Candace Bushnell, publicadas nos anos 1990, esta temporada traz as personagens envolvidas em mais situações inusitadas no âmbito profissional e no bojo dos relacionamentos amorosos. A protagonista colunista, depois do término com Aidan e o fluxo de confusões com Mr. Big, decide retomar a vida sentimental com algumas tentativas frustradas, mais sexuais que do coração, mantendo os dois homens da temporada anterior como figuras presentes em seu radar no ano em questão. O mesmo acontece com as demais garotas, todas com novidades.

Interpretada por Sarah Jessica Parker, a colunista Carrie Bradshaw passa por alguns percalços com homens inadequados nos primeiros momentos da temporada, retomando a sua relação com Aidan (John Corbett), tornando-se noiva deste que foi um dos principais relacionamentos da personagem em toda a série. O problema é que o design de móveis não quer mais ficar apenas de namoro, mas reforçar a relação com um noivado, seguido da divisão do apartamento, ambos agora morando juntos. A presença de Mr. Big (Chris Noth) torna-se ameaçadora para o rapaz, criando conflitos que vão se transformar em situações divertidas, mas tensas para Carrie, ao longo da temporada que ainda traz como desafios: a chefe Enid Mead (Candice Bergen), uma editora audaciosa e exigente, o executivo Julian (Ron Refkin), um homem idoso que confunde as coisas com a colunista, além do episódio que a faz refletir o futuro depois do abandono em sua festa de aniversário e desfile numa semana especial de moda que termina em constrangimento.

Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) atravessa significativas situações nesta quarta temporada. Ao se relacionar sexualmente com Steve (David Eigenberg), fica grávida e adentra pelo dilema de fazer ou não um aborto. O ato sexual, consumado após o ex-namorado descobrir um câncer nos testículos promove toda esta mudança na jornada da personagem, ainda enlutada pela perda inesperada da mãe, do chá de bebê elaborado por uma das amigas e o preconceito divertidíssimo do episódio sobre a sensação de ter um fantasma em seu novo apartamento, algo que acontece exclusivamente com solteiras, segundo uma de suas amigas. Charlotte York (Kristin Davis), ainda focada no casamento como meta de vida, retorna para seu relacionamento com Trey (Kyle MacLachlan), o médico de ascendência escocesa que tenta de tudo para fazer as coisas darem certo, mas culmina no término definitivo. Diferente de Miranda, o seu fantasma não é a solteirice, mas a sogra Bunny (Frances Sternhagen). Além destes acontecimentos, a sua decisão de largar a galeria para ser mãe e dona de casa causa confusão nos debates com as outras garotas.

Ademais, sobre Samantha Jones (Kim Cattrall), um dos pontos altos da loira na temporada é o namoro com Maria Diega (Sônia Braga), uma artista brasileira que vai trazer, por dois episódios, a experiência lésbica para a personagem que até então, continua a experimentar de tudo um pouco. Ainda neste ano, ela conhece também Richard Wright (James Remar), um empresário milionário do ramo hoteleiro, homem que mudará a sua concepção de relacionamentos, mas que também a fará adentrar por um espiral de desconfiança e paranoia, desaguado nos primeiros episódios da temporada seguinte. Dentre as experiências adicionais, ela faz sexo a três, perde a capacidade de atingir o orgasmo no episódio da morte da mãe de Miranda e fica desesperada, além de nos fazer rachar de rir quando seduz um monge celibatário que já abandonou os prazeres carnais há bastante tempo. Numa breve participação, Lucy Liu interpreta a si mesma como cliente de Samantha, mas a parceria acaba numa confusão envolvendo uma bolsa.

Em linhas gerais, uma temporada que mantém o nível de qualidade estético e textual dos anos anteriores, abrindo espaço para a quinta jornada, de apenas oito episódios, analisada a seguir.

Sex and The City – 4ª Temporada (EUA, 2000)
Criadores: Darren Star e Karen Kirkpatrick.
Direção e Roteiro: vários.
Elenco: Sarah Jessica Parker, Kim Catrall, Kristin Davis, Cynthia Nixon, Chris Noth, David Eigenberg, Willie Garson, John Corbett.
Duração: 18 episódios (20-30 minutos cada).

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