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Crítica | Sex Tape: Perdido na Nuvem

por Melissa Andrade
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Existe diferentes tipo de comédia e cada um visa um público em específico. Temos desde a comédia pastelão, até a comédia romântica e mais recentemente, a comédia de situação, que faz piada com problemas do cotidiano como os seriados The Big Bang Theory e Modern Family.

O novo filme de Cameron Diaz e Jason Segel, Sex Tape: Perdido na Nuvem, entra um pouco num outro estilo de comédia, o chamado vergonha-alheia.

O casal Annie e Jay se conheceu na faculdade e se imediatamente se apaixonaram. Desde a sua primeira transa, notaram uma conexão bem forte, o que aumentou ainda mais a paixão. Com isso, sempre que se encontravam e o desejo aparecia, eles transavam. Fosse no pátio da universidade, na biblioteca, no carro, não importava o local. É inegável quão ativa era a vida sexual do casal. Porém, Annie engravida e eles decidem se casar. Com a chegada dos filhos veio também à rotina atribulada os deixando sem tempo para aproveitar como faziam antes.

Annie então aproveita que conseguiu fechar a possível venda do seu site e decide que é hora de comemorar. Ela surpreende Jay quando ele chega do trabalho e os dois caem rapidamente nos braços um do outro, mas, a empolgação não é a mesma de antes. Frustrados, o casal tenta de tudo e então Annie surge com uma ideia: fazer um vídeo pornô. Com pique renovado, eles decidem testar várias posições de um livro e finalmente, tudo corre muito bem. Pouco antes de adormecerem, Annie pede a Jay para deletar o vídeo.

No dia seguinte, em uma festa para comemorar a formatura do filho mais velho, Jay recebe uma mensagem de texto agradecendo o envio do vídeo. Alarmado, ele vai até seu Macbook e descobre que a gravação foi parar na nuvem e como eles tem o costume de distribuir iPads entre os amigos, agora, todos terão acesso. Dá-se início a caçada para saber quem enviou a mensagem e também, para reaver os gadgets distribuídos.

Apesar de Diaz e Segel estarem acostumados a fazer comédia e muito bem, juntos não funciona da mesma forma e Segel acaba arrancando mais risadas do público do que sua parceira, que acaba assumindo uma posição mais de coadjuvante. Ele também é o responsável pelas melhores falas e seu jeito desleixado, acaba sendo por si só engraçado. No entanto, esses momentos são poucos, pois o filme se confunde ao querer apresentar dois enredos diferentes, um de comédia e outro dramático, onde o primeiro é cortado para fornecer explicações do segundo. Como quando a personagem de Diaz ingere cocaína e tem reações hilárias, para logo em seguida começar a questionar o marido sobre coisas sérias em relação ao casamento deles. O que acaba cortando o clima e estragando a cena. Teria sido melhor se tivessem apostado unicamente na comédia, sem querer procurar outras explicações.

Os demais atores servem apenas como ponte para que o casal principal desenvolva seus diálogos e piadas. O personagem do ator Rob Lowe não faz o menor sentido em estar nesse filme. Há também uma participação especial, mas não vou estragar a surpresa. E as famigeradas cenas de nudez, não são assim tão escandalosas como andou circulando por aí.

No fim, Sex Tape: Perdido na Nuvem acaba sofrendo de um caso sério de bipolaridade ao tentar agradar a dois públicos distintos sem obter sucesso. Não é possível ser meio cômico ou meio dramático. Ao menos, não nesse caso.

Sex Tape: Perdido na Nuvem (Sex Tape – USA 2014)
Direção: Jake Kasdan
Roteiro: Kate Angelo, Jason Segel, Nicholas Stoller
Elenco: Cameron Diaz, Jason Segel, Rob Corddry, Ellie Kemper, Rob Lowe, Nat Faxon, Nancy Lenehan, Giselle Eisenberg, Harrison Holzer, Sebastian Hedges Thomas, Timothy Brenan, Krisztina Koltai, Randall Park, Joe Stapleton, James Wilcox, Melissa Paulo, Kumail Nanjiani, Artemis Asteriadis
Duração: 94 min.

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