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Crítica | Star Trek: Prodigy – 1X03: Starstruck

Cadetes com potencial.

por Kevin Rick
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  • Há spoilers. Leia, aqui, as críticas dos demais episódios e, aqui, de todo nosso material sobre Star Trek.

Seguindo a fuga do par de episódios anterior, Starstruck acompanha a primeira aventura do nosso elenco de desajustados no comando da U.S.S. Protostar. Como Lost & Found funciona como uma introdução de premissa e do grupo, além de acontecer em um ritmo mais frenético por causa da escapada, o terceiro episódio utiliza o ambiente contido da nave e a aventura mais ordinária para diminuir a velocidade da narrativa e nos situar de dinâmicas e introduzir arcos dramáticos.

Eu particularmente gosto bastante da interação cômica entre Dal e Zero, até agora a melhor química entre os protagonistas. Claro que é um humor mais infantil dado o enfoque no público-alvo dos pequeninos, mas algumas piadas são bem simpáticas, em especial a tiração de sarro com o fato de Zero poder ler a mente do mentiroso e arrogante “capitão”. Também gostei dos estágios iniciais de uma possível amizade entre Rok-Tahk e Gwyn, relação esta apresentada com uma certa profundidade dramática – o máximo possível considerando o caráter da série.

Podemos ver os primeiros indícios de culpa em um provável arco de redenção para Gwyn, que será interessante de acompanhar quando tivermos mais dimensão do seu relacionamento com seu pai – no entanto, o antagonista continua bem boboca em todo seu maniqueísmo e discurso de vilão clichê. Rok-Tahk se mostra ainda mais intrigante pensando em um desenvolvimento de amadurecimento e aprendizado fora das cavernas de mineração. A sequência na cantina é um exemplo bem singelo e bonitinho de como os roteiristas podem se aprofundar na personagem. Outros personagens como Jankom Pog e Murf continuam apenas como alívio cômico, mas não vejo problemas nisso, porque o par funciona muito bem nesse aspecto.

Contudo, o que melhor funciona em Starstruck é a continuidade da proposta que falei no episódio anterior de apresentar Star Trek à trupe desorganizada. Entra, então, Kathryn Janeway (Kate Mulgrew), um holograma que aconselha os membros da nave. Confesso que quando a personagem apareceu no final do episódio passado, eu tive um receio dela ser um artifício didático demais, mas o texto utiliza a personagem com muita naturalidade como mais uma parte cômica (e bem sarcástica) do grupo, que tem a facilidade de explicar sobre esse universo para os “cadetes”.

Starstruck é um episódio mais calmo para poder delinear quem são esses personagens, como eles estão reagindo em um novo ambiente e o começo da interação cotidiana entre eles, sempre com muito bom-humor, como Dal no quarto do capitão ou as discussões sobre como fugir de uma estrela explodindo. Mas também é um episódio de exploração, com os desajustados descobrindo mais sobre a Frota Estelar e sua missão de proteção e igualdade. O lado extremamente infantilizado de Prodigy continua me deixando pouco interessado na animação, mas continuo gostando da proposta narrativa de apresentar Star Trek aos personagens.

Star Trek: Prodigy – 1X03: Starstruck (EUA, 04 de novembro de 2021)
Showrunners: Kevin Hageman, Dan Hageman
Direção: Alan Wan
Roteiro: Kevin Hageman, Dan Hageman, Chad Quandt (baseado na obra de Gene Roddenberry)
Elenco (vozes originais): Brett Gray, Ella Purnell, Jason Mantzoukas, Angus Imrie, Rylee Alazraqui, Dee Bradley Baker, Jimmi Simpson, John Noble, Kate Mulgrew
Duração: 24 min.

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