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Crítica | Star Trek: Prodigy – 1X08: Time Amok

Um episódio fofo.

por Kevin Rick
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  • Há spoilers. Leia, aqui, as críticas dos demais episódios e, aqui, de todo nosso material sobre Star Trek.

Mais um episódio de Prodigy, mais uma semana sem desenvolvimento da situação com Chakotay e a tripulação original da Protostar. Eu sei que faz apenas duas semanas que fomos apresentados à trama, mas, poxa, continua sendo decepcionante que o roteiro continue empurrando o mistério com a barriga. Considerando que só temos mais dois episódios para o fechamento da temporada, é altamente provável que o suspense acabe nos próximos capítulos, mas sinto que o texto está perdendo a oportunidade de elaborar o pouco de suspense intrigante da obra.

Para ser totalmente honesto, há um pouquinho de progresso na trama. Descobrimos que Janeway teve sua memória apagada pelo lacaio do Diviner, então o pai de Gwyn está diretamente envolvido no desaparecimento da antiga tripulação de Janeway. É uma descoberta óbvia e esperada, mas é interessante para proporcionar algum tipo de vínculo do antagonista principal da série no clímax, considerando como o papel do vilão tem sido apático e distante por grande porção da narrativa. A falta de um antagonista mais objetivo na aventura do grupo realmente machuca a dinâmica do show.

No mais, Time Amok (referência para um episódio clássico da série original de ST), é um episódio para o grupo aprender a trabalhar junto e se tornarem uma tripulação de verdade. A desculpa alegórica é a chamada Tempestade Tachyon, que bagunça o reator da nave e mexe na linha temporal da nave. Todos os tripulantes são divididos e ficam solitários, com Janeway podendo caminhar entre a divergência temporal. O artifício usado para o aprendizado dos personagens é a construção de uma máquina em conjunto, com cada um confiando no outro para terminar o “projeto”.

Dizer que o desenvolvimento dessa linha é clichê seria um eufemismo, no que provavelmente é o episódio mais didático da animação. Continuo sentindo a falta de criatividade nas aventuras nesse sentido, mas Time Amok consegue ser bastante fofo no seu enredo comum. Os holofotes dados para Rok realmente melhoram a qualidade da história, especialmente porque a personagem é encantadora, seja por seu design de brutamontes gentil, seja por sua personalidade inocente, e também pela sutil tristeza diluída no tempo que ela passou sozinha – queria mais deste destaque para Zero, talvez a personagem mais interessante da trupe por trás do seu conceito de robô celestial/telepata.

Por fim, como uma boa lição para os pequenos, o grupo se torna uma verdadeira tripulação no abraço gostoso à Rok da imagem em destaque. Prodigy continua sem fazer nada especial, algo que eu já fiz as pazes, mas se mantém como uma série infantil de qualidade razoavelmente positiva. Apesar de ser enganado novamente com o pouco apresentado sobre o passado da nave, e de termos outra aventura visualmente sem graça e bem didática, há um certo encanto na junção da trupe e na maturidade da amorosa Rok.

Star Trek: Prodigy – 1X08: Time Amok (EUA, 20 de janeiro de 2022)
Showrunners: Kevin Hageman, Dan Hageman
Direção: Sung Shin, Olga Ulanova
Roteiro: Kevin Hageman, Dan Hageman (baseado na obra de Gene Roddenberry)
Elenco (vozes originais): Brett Gray, Ella Purnell, Jason Mantzoukas, Angus Imrie, Rylee Alazraqui, Dee Bradley Baker, Jimmi Simpson, John Noble, Kate Mulgrew
Duração: 24 min.

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