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Crítica | Star Trek: Prodigy – 1X11 e 12: Asylum e Let Sleeping Borg Lie

O retorno dos párias.

por Kevin Rick
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  •  spoilers. Leia, aqui, as críticas dos demais episódios e, aqui, de todo nosso material sobre Star Trek.

Depois de um longo hiato, Star Trek: Prodigy retorna para continuar a história do bombástico desfecho de A Moral Star. Ficamos sabendo que a nave Protostar oferece perigo à Federação; que Gwyn perdeu a memória em relação ao que descobriu com seu pai; e que Janeway está efetivamente investigando o que aconteceu com Chakotay.

A segunda parte da primeira temporada da animação acompanha diretamente esses acontecimentos, meio que reiniciando a narrativa para a reta final do ano de estreia do seriado. Acabei perdendo o prazo para trazer as críticas separadas dos episódios, mas cá estamos com um artigo sobre os capítulos 11 e 12 dessa animação infantil muito divertidinha de assistir. Vamos lá!

Asylum

1X11

Nosso grupo de heróis retorna com uma pequena aventura bem típica de Star Trek: ter que ajudar um planeta sem entrar em contato com sua raça, que ainda não está desenvolvida o bastante para o primeiro contato da Federação. A sequência com os personagens salvando uma espécie de baleia é muita divertida e extremamente bem animada. O momento acabou me lembrando a cena inicial de Star Trek: Sem Fronteiras, em que Kirk e companhia precisam interromper a erupção de um vulcão sem contatar os nativos do planeta.

É visível que os roteiristas querem manter o arco dramático do grupo de heróis tentando se tornar dignos da Frota Estelar, com momentos afáveis como Janeway de holograma vestindo Dal ou a paixão de Rok pelas diversas ciências a serem estudadas. O primeiro contato (he, he) dos jovens com a Frota vem na figura de um tenente que cuida de um posto afastado da Federação, dublado com muita comicidade por conta do isolamento do personagem.

A pequena cena deles passando por um teste de DNA nos apresenta algumas subtramas dos próximos episódios, como a raça de Dal (e até do Murf), e qual é a importância do capitão da Protostar. Os mistérios continuam se desenrolando com as tentativas de Gwyn em resgatar suas memórias, nos levando ao principal molde da temporada: o perigo da Protostar.

Será interessante assistir essa dicotomia infantil com os personagens, entre serem um grande perigo para a Federação na mesma medida que querem se mostrar dignos de se tornarem cadetes. A “traição” do membro da frota estelar estabelece um conflito curioso, de como a Federação também está falhando com os jovens. Me parece que a ideia é manter os personagens como párias mesmo, se tornando heróis por conta própria. Adoraria ver algum tipo de arco do grupinho treinando como cadetes, mas entendo essa separação que o roteiro está criando.

Toda a sequência do posto indo à “loucura” por efeito da Protostar é bem dirigida, se analisarmos por um ângulo infantil, incluindo a pequena tensão com Gwyn e a belíssima cena dos personagens pulando no espaço. Além de rearranjar a aventura dos personagens e alguns mistérios narrativos, Asylum estabelece que veremos Janeway em um núcleo próprio, investigando o desaparecimento de Chakotay e interagindo com o Diviner. Gostei bastante da proposta de acompanharmos um segmento de Janeway.

Star Trek: Prodigy – 1X11: Asylum | EUA, 27 de outubro de 2022
Showrunners: Kevin Hageman, Dan Hageman
Direção: Sung Shin
Roteiro: Kevin Hageman, Dan Hageman (baseado na obra de Gene Roddenberry)
Elenco (vozes originais): Brett Gray, Ella Purnell, Jason Mantzoukas, Angus Imrie, Rylee Alazraqui, Dee Bradley Baker, Jimmi Simpson, John Noble, Kate Mulgrew
Duração: 24 min.

 

Let Sleeping Borg Lie

1X12

Não gosto de como a história é estabelecida em Let Sleeping Borg Lie. Os membros da Protostar precisam destruir a arma que afeta qualquer equipamento/nave/estação da Federação, e, muito conveniente, uma nave Borg, a única com a possibilidade de destruir uma arma do futuro, aparece de forma súbita para os personagens. Mesmo com Janeway explicando os riscos de assimilação dos Borg, o grupo decide entrar na nave inimiga.

Eu entendo que existe uma narrativa de apresentação da mitologia de Star Trek para o público-alvo infantil da animação, mas a premissa é muito preguiçosa e a execução muito simplista mesmo para o caráter do seriado. A aventura dentro da nave, porém, chega a divertir, com o leve drama da produção circulando o trabalho em equipe dos personagens e alguns desenvolvimentos com Zero.

A aventura na nave Borg acaba não trazendo nenhum desenvolvimento narrativo, funcionando quase como um episódio isolado, mas há uma consequência do grupo desistindo de procurar a frota estelar e decidindo embarcar em sua própria jornada heróica, como citei que aconteceria na crítica do episódio anterior. Me parece uma trajetória para mais episódios soltos e menos uma narrativa sequencial, mas veremos. O segmento com a investigação de Janeway aparece pouco, mas me soa mais intrigante que a aventura dos protagonistas.

Star Trek: Prodigy – 1X12: Let Sleeping Borg Lie | EUA, 03 de novembro de 2022
Showrunners: Kevin Hageman, Dan Hageman
Direção: Sung Shin
Roteiro: Kevin Hageman, Dan Hageman (baseado na obra de Gene Roddenberry)
Elenco (vozes originais): Brett Gray, Ella Purnell, Jason Mantzoukas, Angus Imrie, Rylee Alazraqui, Dee Bradley Baker, Jimmi Simpson, John Noble, Kate Mulgrew
Duração: 24 min.

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