Home TVEpisódio Crítica | Star Wars Rebels – 4X01 e 4X02: Heroes of Mandalore

Crítica | Star Wars Rebels – 4X01 e 4X02: Heroes of Mandalore

por Guilherme Coral
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– Contém spoilers do episódio. Confiram todas as nossas críticas da série aqui.

Depois da grande derrota sofrida no finale da temporada anteriorZero Hour, que mostrou a célula rebelde principal perdendo sua base e um dos principais nomes da Rebelião, era de se esperar que testemunharíamos uma pequena elipse entre esse quarto ano da série e o anterior, como é o costume nessas transições do seriado. Sem dar espaço para contemplar as perdas dos personagens, logo pulamos para a ação em Heroes of Mandalore, que dá início à última temporada da série, que, ao que tudo indica, será toda formada por capítulos duplos. Estratégia necessária e que vem tarde, possibilitando maior desenvolvimento de cada missão do grupo.

Como o título sugere, retomamos o conflito em Mandalore, que já ganhara destaque no ano anterior. Agora com o darksaber, Sabine, Ezra, Kanan, Chopper e outros soldados mandalorianos encontram-se na missão de resgatar o pai de Sabine. No processo o Império utiliza sua arma experimental feita exclusivamente para a guerra civil em Mandalore, um dispositivo que dispara raios atraídos pelo material utilizado nas armaduras dos guerreiros desse planeta e que fora construído pela própria Wren quando ainda era uma das estudantes da academia imperial. Sentindo-se responsável pelas mortes de seus conterrâneos, ela lidera um ataque para destruir tal arma.

Tradicionalmente o primeiro capítulo de cada temporada de Rebels conta com a duração aproximada de quarenta e quatro minutos, estrutura essa que prova ser mais do que funcional, já que muitos outros episódios da série já apresentaram certa pressa a fim de finalizarem suas histórias nos curtos vinte e dois minutos de costume. Dividido em duas partes, Heroes of Mandalore efetivamente nos traz introdução, desenvolvimento e conclusão, todos construídos no ritmo adequado, aprofundando-se em questões importantes para a construção desse universo, lidando, inclusive, com aspectos tirados diretamente de The Clone Wars.

Refiro-me, claro a Bo-Katan Kryze (dublada pela eterna Starbuck, Katee Sackhoff), irmã de Satine, que governara Mandalore durante os eventos da outra série animada e que estivera presente em alguns dos melhores arcos do desenho, chegando a ter um envolvimento romântico com Obi-Wan Kenobi. Sem se apoiar muito nos eventos do passado, o roteiro de Henry Gilroy e Steven Melching respeita a mitologia já construída, fazendo com que, de fato, enxerguemos Rebels como continuação do que vimos lá atrás em The Clone Wars, ao mesmo tempo que não prejudica o entendimento de quem apenas acompanha a série em atual exibição.

Além disso, é importante notar como o arco do darksaber, enfim, foi concluído, com Sabine passando a espada a Bo-Katan. Faltou um pouco de coragem por parte dos roteiristas, que optaram por não matar a mãe da mandaloriana, mas, tendo em mente o público-alvo da animação, conseguimos entender tal decisão. Aliás, Rebels constantemente se esquiva da violência, como podemos ver pelos golpes desferidos pelos Jedi, que sempre miram nos veículos ou armas dos stormtroopers, somente matando tais soldados quando rebatem os tiros. Essa característica limita um pouco a ação da série, tornando-a um tanto artificial em determinados momentos. Algo similar acontece quando os soldados do império, convenientemente, sobrevivem em certas ocasiões e em outras são dizimados.

Esses deslizes – quase inevitáveis – contudo, não prejudicam nosso aproveitamento geral do episódio, que nos entrega um forte première para essa temporada final de Star Wars Rebels. Ainda que o conflito em Mandalore esteja longe de acabar, sentimos como se essa fosse a conclusão de um grande arco, iniciado desde que os rebeldes lutaram em Concord Dawn, na segunda temporada. A crise mandaloriana foi, em parte, resolvida – agora resta saber onde os rebeldes irão se meter agora.

Star Wars Rebels – 4X01/02: Heroes of Mandalore – Partes 1 e 2 (EUA, 16 de outubro de 2017)
Showrunner: 
Dave Filoni
Direção:
Dave Filoni, Steward Lee
Roteiro: 
Henry Gilroy, Steven Melching
Elenco: 
Taylor Gray, Vanessa Marshall, Freddie Prinze Jr., Tiya Sircar,  Cary-Hiroyuki Tagawa, Katee Sackhoff,  Andrew Kishino, Kevin McKidd, Dave Filoni, Sharmila Devar, Tobias Menzies, Lars Mikkelsen
Duração: 
44 min.

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