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Crítica | Supergirl – 6X03: Phantom Menaces

por Davi Lima
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Phantom

  • Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios.

 

Phantom You’re not useless. You’re resourceful Kara Zor-El/Supergirl (para Myxlgsptinz)

Com uma vibe minimalista Star Trek entre os super-amigos super-heróis, com um “desjogo” familiar pela Lexcorp e com uma reflexão inspirativa, digna da Supergirl, no drama interessantíssimo e sci-fi da Zona Fantasma; esse episódio Phantom Menaces engata a organização do episódio anterior e valoriza ainda mais a protagonista.

O mistério mais dramático e focado em como vai Supergirl voltar, e como os seus amigos enfrentam a ausência dela, continua. A diferença de A Few Good Women, é que nesse episódio, quanto mais se descobre algo na Zona Fantasma com a Supergirl, mais a ausência dela provoca conflitos, sejam emocionais dos seus amigos, ou com os fantasmas soltos da Zona Fantasma para criar cenas de ação. Além disso, a centralização do drama em Kara, que na última temporada foi periférico, criam outras questões que tornam esse episódio recheado, resolvido e intrigante.

De primeira, o Supercorp, o shipp, se esmorece quando há essa separação espacial e narrativo de Lena e Kara, colocando Lena Luthor para trabalhar com os Super Amigos independente de Supergirl, após negar as artimanhas mortais do jogo de xadrez de Lex Luthor; segundo, os dramas dos marcianos, Caçador de Marte e Miss Marte, que remonta a dinâmica que J’onn J’onzz tinha com Kara na primeira temporada; Alex Danvers tem seu conflito eterno com a sua missão de proteger a irmã Kara, tendo uma boa cena de ação no episódio como resolução dos seus problemas; e talvez a questão mais importante foi colocar Brainiac-5 em ênfase interpretativa do ator Jesse Rath na cena que ele grita “I hate him“, evidenciando mais que nunca o ódio que todo fã tem com Lex Luthor, assim como o personagem tem. Tal ódio nem é algo incondicional, e sim um efeito decidido pelos showrunners de construir um deus ex-machina como Lex nas duas últimas temporadas, e agora tentá-lo destruir com a dupla Lena Luthor e Brianic-5, os super gênios que entregam uma das melhores cenas de drama, sentindo a falta de Supergirl e odiando Lex.

Fora isso, por falar de gênios, agora maléficos, os fantasmas da Zona Fantasma, ameaça principal do episódio Phantom Menaces, alá A Ameaça Fantasma de Star Wars, congelam bem o suspense do episódio, não ficando só na referência do título. Com uma trilha sonora inspirada de Blake Neely e Daniel James Chan para a atmosfera do perigo, quando Brainiac faz referência a Star Trek III: À Procura de Spock, tudo faz sentido num contexto sci-fi de atribulação. E na volta do sci-fi, além das referências, o melhor de Supergirl também volta, valorizando essa mitologia intergaláctica que sempre diferenciou a série, desde a época que passava no canal CBS (repito).

Toda a trama da Zona Fantasma entra nesse balaio de qualidade, com uma mistura de realismo de atuação, muito bem entregue por Melissa Benoist e com uma ambientação bem desenhada em design em CGI. Zona Fantasma não é só um drama de Kara rever seu pai e sair de lá transformada, e sim um material audiovisual que valoriza a atriz protagonista nessa última temporada, em que ela parece mais dramática, com um arco imponente. A Zona Fantasma durante esses primeiros episódios serve como um descanso necessário para série que tanto subjugou a protagonista a revezes coadjuvantes, e a aparição de uma nova amiga da quinta dimensão chamada Myxlgsptinz, da mesma raça do antigo Sr. Mxyzptlk, parece simbolizar esse toque de mágica da temporada para a protagonista, que ajuda a duende emocionalmente e a duende ajuda Kara fisicamente.

Se no episódio anterior se estabeleceu os arcos na marra, com Supergirl aprendendo mais sobre a Casa de El com seu pai Zor-El e Lena Luthor mais sobre os Luthors, ambas aprendendo mais sobre família, e o arco do meio dos super amigos, encaixado na preocupação entre esses extremos mais dramáticos familiares da história; esse novo episódio Phantom Menaces abre margens para resoluções sem precisar de imediatismos, em que a diretora Sudz Sutherland pegou o trabalho sacrificial de Jesse Warn e deu progresso belamente nesse episódio. Fica ainda mais claro isso no arco de Lena Luthor, que da água para o vinho voltou ao conceito da personagem que só tem Luthor no nome, seja para desajustar o irmão Lex, seja para não se subjugar a concorrência da LexCorp com o irmão (embora a conversa dela com a Andrea do episódio anterior guarde um mistério).

Agora é esperar a volta de Kara para Terra com seu pai e sua nova amiga da quinta dimensão, enquanto Lex Luthor tenta criar problemas para ele mesmo resolver, novos jogos que Lena Luthor não quer jogar. E o bom de tudo isso, nessa jogada para o próximo episódio, os super amigos estarão prontos emocionalmente para o que der e vier. Entretanto, a calmaria dramática da temporada ainda pode esconder uma cartada dos showrunners com a Legião dos Heróis, a importância de Brainiac-5 e a inspiração de Supergirl além do tempo-espaço.

Supergirl – 6X03: Phantom Menaces – EUA, 13 de abril de 2021
Direção: Sudz Sutherland
Roteiro: Dana Horgan, Emilio Ortega Aldrich
Elenco: Melissa Benoist, Chyler Leigh, Katie McGrath, Jesse Rath, Azie Tesfai, Staz Nair, David Harewood, Jon Cryer, Sharon Leal, Claude Knowlton, Jason Behr, Peta Sergeant
Duração: 43 minutos

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