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Crítica | The Flash – 4X08: Crisis on Earth-X, Parte 3

Sacrifício, romance e estratégia: realmente uma trama de guerra interessante.

por Davi Lima
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– Há spoilers. Leiam as críticas dos demais episódios de The Flash, aqui.

Crisis on Earth-X tem sido um crossover interessante por conseguir pegar eventos dos quadrinhos e históricos sem perder o melodrama CW. Por incrível que pareça o novelão jovem põe consistência no que poderia ser uma bagunça coloriza, ou cinza, na mão de roteiristas de TV pragmáticos. Nessa terceira parte isso fique mais claro diante dos problemas que os outros episódios apresentaram, como as conveniências e a pouca noção de narrativa espacial das cenas com tantos personagens. Dermott Downs tenta movimentar o máximo possível com o diretor de fotografia, e extrair emoções de guerra, enquanto Todd Helbing ajusta melhor a relação dos personagens, graças também ao contexto conceitual da Terra-X.

A ambientação nazista e o campo de concentração, mais o enfoque em romances gay de Snart e Ray Terryl, dão um show de noções de mundo alternativo, mesmo quando cria anacronismos, pois são criativos. A trama em si é meio desencontrada nas referências dos personagens alterados, mesmo com o drama amarrado de Snart querendo ajudar os novos heróis da Terra 1, enquanto há um plano para a Terra-X destruir os portais que os nazistas usam.  Nisso, a personagem Felicity acaba por ficar fora do contexto diante do desespero parcial que o episódio cria, mesmo quando a ideia seja ser uma personagem fora de contexto.

Algumas conversas dos heróis depois da fuga dos nazistas prejudicam o ritmo, mas a Felicity com Iris tentando salvar Kara é uma decontextualização acentuada. Porque mesmo com essa ideia ela se torna superficial. Além do mais, Melissa Benoist, que faz Supergirl, é muito dispare em relação as atrizes Emily e Candice. Melissa interpretando a Supergirl nazista com uma caricatura maligna realmente vilanesca com alguns pontos realistas é bem impressionante. Soa até melhor que algumas vezes que ela é só inocente como heroína.

A média de ação e drama mais intensos são parte de Oliver Queen e a dupla Nuclear de Stein e Jackson. A história do disfarce de Arrow nazista, como chefão de toda a Terra-X proporciona primeiro uma tensão considerável, bem escrita em meio ao personagem de Oliver sempre muito insensível, mas sempre desenvolvendo a empatia. As cenas de ação são consequência da quebra do disfarce, com uma base objetiva para que a pancadaria seja importante como definição dos heróis da Terra 1 conseguirem o portal aberto da Terra-X. Já o que acontece com Stein e Jackson pertencem ao gancho, em que a discussão dos dois de se separarem, como sempre, cria o perigo de ponte para a parte 4. Os atores e a tragédia sentimental que eles interpretam serve para criar dramas relevantes para segurar a história.

Infelizmente, falta agilidade nesses crossovers, mesmo tendo muito material de subtramas e personagens, dando muita voz a diálogos novelescos que parecem só conversar com as séries, não com a história do crossover em si. Esse é o caso da Alex e Laura, esta que soa como uma psicóloga para uma trama que só é compreendida mesma mesma para quem assiste Supergirl, diferente da trama de Stein, que pertence bem mais ao crossover, em vista que se inicia “novo” desde a Crisis on Earth-X Parte 1, mesmo já vindo de alguns conflitos de The Flash e Legends. Pelo menos Laura quebra a lógica de: nossa, duas personagens lésbicas tem que se gostar. Isso é quase tão ridículo quanto Felicity e Barry se beijaram nas primeiras temporadas de The Flash. Snart e o Ray é um romance gay de guerra que vale mais a pena, realmente legal e torcer como história que fixa ainda mais a resistência ao contexto alternativo maligno da Terra-X.

The Flash – 4X08: Crisis on Earth-X, Parte 3 (EUA, 28 de novembro de 2017)
Direção:
 Dermott Downs
Roteiro: Todd Helbing
Elenco: Stephen Amell, Melissa Benoist, Grant Gustin, Tom Cavanagh, Caity Lotz, Dominic Purcell, Candice Patton, Franz Drameh, Danielle Panabaker, Colin Donnell, Chyler Leigh, Victor Garber, Juliana Harkavy, Rick Gonzalez, Echo Kellum
Duração: 43 min.

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