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Crítica | The Flash – 7X14: Rayo de Luz

por Luiz Santiago
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  • Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios.

Terceiro episódio que Danielle Panabaker (Caitlin/Frost) dirige para The Flash, Rayo de Luz é um meio-filler de caráter agradável, gravado em um contexto complicado (a pandemia) e sem dois dos principais astros do show, o que em toda a sua base já o coloca no escanteio em termos de resoluções verdadeiramente importantes para a série. Aqui temos a inútil volta de Ultraviolet (Alexa Barajas) a “prima má” de Allegra, que sustenta aquilo que o episódio perde mais tempo tentando resolver. Do outro lado, temos o plot verdadeiramente importante, que é mais um avanço no jogo de gato-e-rato que Joe está/estava fazendo com Kramer.

Numa toada cômica vemos Barry partir com Iris para um pequeno descanso, onde na verdade estão tentando engravidar. Valendo-se do encontro que o casal teve com Chester nos arquivos do Star Labs, o roteiro usa (e francamente exagera) essa brincadeira toda, tornando alguém fazendo sexo no trabalho algo muito mais constrangedor do que verdadeiramente é (e com isso só quero dizer que… bom, você entenderam). A questão é que Barry e Iris estão fora de cena e o laboratório agora está nas mãos do restante do time, o que é a porta aberta para um problema, já que sem uma “voz da razão”, todo mundo parece querer que seu desejo seja atendido na formulação de um plano de ataque à vilã da semana, tornando a missão ainda mais caótica, em condução, do que aquela que tivemos em Masquerade.

Pra ser muito sincero, eu não acho que ninguém do restante do Time Flash tem simpatia o bastante para guiar um episódio sem Barry. Mesmo Grant Gustin estando com cara de morto em inúmeros episódios dessa temporada, ele tem um baita peso em cena e sua presença muda toda a dinâmica do grupo. Quem também tinha esse poder era Cisco. Mas agora, ninguém tem. Chester deveria seguir os passos de seu antecessor, mas os roteiristas estão forçando esse domínio nerd/cientista dele, então em vez de torná-lo alguém interessante e agradável, capaz de cimentar a dinâmica de grupo (aliás, Danielle Panabaker, como Frost, conseguiria também; mas nunca como Caitlin), está colocando-o na esfera das pessoas chatas. Espero imensamente que saibam escrever os textos para ele nos próximos episódios, especialmente agora que vai ganhar mais destaque, com a saída de Cisco.

A missão de Allegra é um desastre, em concepção e execução. Eu gostei das cenas de luta, então não vou dizer que foi um desperdício total de bloco narrativo, mas não consegui gostar de fato do que foi desenvolvido. O texto ainda tenta dar um ar mais familiar para o problema, pra combinar com a temática vindoura da série, e só faltou dizer literalmente que Allegra utilizou “o poder do amor” para vencer a maldade da prima. Como dizem os xófens de hoje em dia: cringe (seja lá o que isso quer dizer… não me julguem, sou Millennial). O peso verdadeiro do episódio, apesar de ser algo muito simples, é a investigação de Joe e a “revelação” de Kramer. Como eu tinha previsto, a personagem serviu de ponte para trazer um vilão maior. Agora o que me fica é a dúvida: será que ela não está inteligentemente jogando com Joe? Ou será que é isso mesmo, ela não é uma bandida, apenas uma policial durona e de mente fechada em relação aos mutantes? O que vocês acham? Em tempo: os produtores vão mesmo seguir com o romancinho de Frost com Mark Blaine, hein? Não sei bem o que pensar sobre isso não.

The Flash – 7X14: Rayo de Luz — EUA, 22 de junho de 2021
Direção: Danielle Panabaker
Roteiro: Jonathan Butler, Gabriel Garza
Elenco: Grant Gustin, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jesse L. Martin, Natalie Dreyfuss, Carmen Moore, Alexa Barajas, Jon Cor, Jonathon Young, Alexander Moonie, Erika Soto
Duração: 43 min.

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